sábado, 9 de novembro de 2013
MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (253 e 254)
A BOLSA OU A FOME – publicado edição de 02.11.2013
Leio besteiras mil sobre o Bolsa Família, uma atrás da outra. Repare, a maioria provem de pessoas com ligação umbilical a algo contrário à esquerda, Governo Federal do PT ou afins. São os oposicionistas por osmose. Tentem analisar o programa sem o ranço dessa insana disputa. É evidente que não sou totalmente favorável ao mesmo, pois preferiria vê-lo inserido a uma postura natural no sistema vigente. No capitalismo o atendimento dos anseios das classes menos favorecidas só é conseguido a fórceps e daí algo assim é muito bem vindo sob o tacão de uma lei. Imagina que num Estado onde o poder advém da força do dinheiro, alguém daria grana de mão beijada para os explorados. Nunca. Alguém mais sensível tem que propor algo assim e conseguir aprovação numa árdua batalha. Um amigo me envia uma foto de dona Ruth Cardoso e me diz ter sido ela a criadora do negócio. O intuito dele é um só, alfinetar o PT. Fujo disso e lhe respondo, ótimo, se ela criou, parabéns também a quem o colocou em execução e o fez ser o que é hoje, quando consegue retirar 22 milhões de brasileiros da miséria e dinamiza a economia nos grotões do país. E por que não aceitam essa grandiosidade a olhos vistos? Nesse país ninguém quer dar mais o braço a torcer. O pau come na disputa pelo poder entre os que lá estão e não querem sair e os que querem voltar ou nele adentrar. Se ocorreu um aumento de consumo entre os pobres e a economia prosperou, isso é o que menos importa. Tem também os que não aceitam ver esses exigindo seus direitos, deixando o regime da semiescravidão e adentrando o de possuir alguma coisinha, por mínima que seja. Daí é claro, fazendeiro, latifundiário e explorador de mão de obra barata odeiam o que está sendo feito. A transferência de renda deveria ser algo natural, feito sem traumas, equitativa divisão entre tudo e todos. Mas já que a insensibilidade viceja em tudo o que nos rege e ninguém cogita na mudança do regime político, que ao menos pela imposição ocorra uma fração de justiça social. E olha que o distribuído é pouco demais diante do tanto que se arrecada nesse país.
GUERRA DOS TRONOS – publicado edição de 09.11.2013
A semana não foi nada fácil aqui pela nossa Bauru. Explosões em adutoras continuam atormentando a cidade e questionando dos motivos detrás de tantas ocorrências, inexplicáveis e mais do que questionáveis. A Saúde Municipal continua, infelizmente com a saúde debilitada. Com seus procedimentos nada usuais, alguns médicos lotados no serviço público parecem fazer questão de aumentar o descrédito da categoria junto da população. O caso do suposto balcão de negócios instalado no coração das liberações para novos empreendimentos na cidade foi até ofuscado diante de novas ocorrências. Quando tudo acontece ao mesmo tempo sempre é assim. Não existe como uma ocorrência segurar a outra, daí as manchetes serem quase todas voltadas para a nova. Tem quem se beneficie com isso, pois no surgimento de outra, o esquecimento dessa onde estiver atolado. Viajo por todos esses assuntos sempre levando em consideração algo aprendido nos bancos escolares: a chave para entender o Brasil (e consequentemente, Bauru) está em compreender sua origem. Matutando sobre a origem das coisas, a história de nosso país nos revela claramente que na quase totalidade das ações de poder, as canetadas que decidem os rumos a serem tomados, quase nunca inclui em si a população, o que é muito revelador do Brasil atual. Ou seja, a roda do poder girou , mas nunca saiu do lugar. É o que sempre ocorre, desde quando aqui aportou Cabral. Nada mais espanta, tudo é mera repetição de algo já vivenciado. A mais nova, pouco divulgada e feita também na “moita” é uma decisão intramuros da novíssima diretoria do Esporte Clube Noroeste, refletindo bem como são, na verdade, Bauru e o Brasil. Acaba de ser descartada pelos detentores do poder de mando por lá a possibilidade de torcedores integrarem a Diretoria ou seu Conselho Deliberativo. A justificativa é igual a dada no meio social, político, religioso ou mesmo em mero agrupamento para decidir ações no âmbito do seu quarteirão: “É preciso separar uma coisa da outra”. E a patuleia fica de fora. Alguma novidade?
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Um comentário:
Caro HPA, meu querido amigo!...
Desculpe!... Somente hoje tomei conhecimento deste texto maravilhoso. A sua forma de escrever é clara, objetiva e coloquial. Parabéns camarada é que se responde para os malas de plantão, que criticam por criticar, porque não gostam do partido do momento.
Graças ao Bolsa Família, como você bem expôs em seu brilhante texto, 22 milhões de pessoas, que viviam à margem de tudo, puderam respirar e começar a vivenciar a cidadania, não na sua plenitude, mas um pouco dela. Talvez, um dia, surja um Estadista que possa exercer uma liderança política com sabedoria e sem se importar com as famigeradas siglas partidárias. O que irrita as pessoas de bem neste país é a roubalheira e falta de punição. Que o diga o safado do Paulo Salim Maluf.
Para aqueles que buscam justiça... Há 20 anos corre o processo contra o calhorda do Maluf, agora que poderiamo colocá-lo na cadeia e fazê-lo devolver tudo o que roubou dos brasileiros, não será possível. O safado. através dos seus advogados estado conseguindo se safar. Eu, este que vos responde, fui condenado a revelia pela justiça eleitoral, por não ter prestado conta dos gastos de campanha. Fui condenado a cumprir 36 horas de trabalho ou pagar um "x" em dinheiro para se livrar. Não tive chance de me defender. Esta justiça brasileira é de doer. Quanto mais o tempo passa, caro HPA, mais injusta vai ficando. Depois querem empurrar goela abaixo de nós brasileiros, o Joaquim Barbosa, como homem correto e que seria o presidente ideal... Faz me rir, néééééééééééé!... Meu riso de desprezo para esse magistrado e para aqueles que o querem jogar essa bucha para no cidadãos injustiçados... Dá licença!... Fuiiiiiiii!... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
ADEMAR ALEIXO
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