PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (66)

A SEMANA POLÍTICA BAURUENSE RESUMIDA EM DOIS TEMAS

No primeiro todos esperaram com ansiedade o que o vereador Arildo Lima Jr – PSDB, no comando da Comissão de Fiscalização e Controle apresentaria como resultado da provável instalação de uma Comissão Processante (Por que não de Inquérito?) para apurar as denúncias envolvendo o denominado “balcão de negócios” na Seplan – Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Bauru em relação ao empreendimento imobiliário Spazio Comendador, da Aiello Construtora. A ansiedade foi rapidamente substituída por outro estado de espírito, o de uma velada revolta. O discurso já não era mais incisivo como dantes, estava amainado, suavizado e contemporizando. Procurava palavras para dizer que já não era bem assim, que os rumos deverão ser outros. O relator Arildo foi adiando sua resposta e quando a deu, disse haver divergências em pontos e jogou tudo mais para frente, mais uma semana. Talvez busque o consenso entre os membros da Comissão, o que acredito difícil. Talvez o plenário da Câmara é quem irá decidir esses rumos e aí quase certo, a processante não ocorrerá. Arildo tem que ser claro, objetivo e direto: Ocorreu ou não a possibilidade de estar ocorrendo o que o pecuarista denunciou? Ou ele brincou com a cidade e também com os vereadores, ou Arildo é quem está brincando com a cidade e com a população. Recuando será motivo de piadas, assim como um outro vereador, cujo apelido já está mais do que incorporado a ele e toda vez que desponta na esquina já lhe apontam o dedo dizendo: “Lá vem o Doutor Mixaria”. Arildo não vai querer ir pelo mesmo caminho...

No segundo algo que li somente num texto do publicitário Renato Cardoso, sobre surreal ocorrência que teria, segundo ele ocorrido quando da eleição para o Diretório Municipal do PT – Partido dos Trabalhadores. De um lado do ringue, dona Estela Almagro, vice-prefeita e meio que brigada com a atual administração municipal e com os “donos da cidade”, representada pelo candidato Batata, por coincidência seu marido. Do outro lado do ringue Sandro Bussola, discípulo de Estela, tendo aprendido tudo em política com essa e hoje presidente por osmose (a presidência caiu em seu colo para não ser entregue a outros, foi por exclusão) da Câmara dos Vereadores, esse representado pelo Cláudio da Construção Civil, também até horas atrás fiel escudeiro da dona da sigla na cidade. Renato diz como se verdade fosse, de uma reunião envolvendo gente graúda do staff da Prefeitura e os tais “donos da cidade”, tramando (ou conspirando, sei lá) para conjuntamente fazerem o possível e o impossível para Estela perder o pleito. 757 petistas (sic) estiveram nas urnas e Sandro, arregimentando bem o ensinamento dado por Estela trouxe gente às pampas para votar (todos os evangélicos possíveis e também os não possíveis), vencendo a contenda e trazendo para o seio petista o fundamentalismo religioso. Por outro lado, dizem que a intenção da reunião era dobrar o PT e torna-lo mais flexível aos interesses da administração e dos “donos do poder”. Queria que o Renato Cardoso me desse mais argumentos, fundamentasse mais o que escreveu, mas sua resposta não veio a tempo. Daí entra o que Estela diz da participação até de partidos de direita (O PT comandado por ela é o que, hem?) para conseguir os objetivos. Qual o fundo de verdade dessa reunião anterior ao pleito? Seria bom isso ser esclarecido de uma vez por todas. Aconteceu isso mesmo? Será que a maleabilidade petista pretendida foi conseguida?

Estaria esse mafuento escrevinhador metendo pé na jaca?