A DIFERENÇA DE UMA PASSEATA NA GETÚLIO E UMA NO CENTRO DA CIDADE Adoro manifestações, passeatas e andanças coletivas, mas escolho as que participo. Evidente, todos o fazem. Vamos naquelas onde bate a empatia. Ontem com o rádio ligado na entrevista matinal do programa radiofônico da Unesp FM, pouco antes do almoço, uma delas estava sendo anunciada. Numa entrevista, a organizadora de um evento a ocorrer pelos próximos dias e buscando interessados no tema da adoção. A adoção é algo instigante e precisa mesmo ser divulgada, pois pode ocorrer não só para casais formalmente constituídos. Uma pessoa solteira pode adotar uma criança, um casal homo afetivo idem e assim por diante. Faltam muitas informações a respeito e juntar gente para uma concentração e ampliar as informações a respeito, mais do que louvável. Tudo a favor.
Tenho cá comigo que os locais diferenciam cada ato e evento. Onde estão se realizando, pelo menos para mim, são cruciais para aglutinar os públicos pretendidos. Não quero me ater a identificar o específico grupo que vai se encontrar, primeiro numa concentração e depois numa espécie de passeata, pois escrevo um pouco mais sobre outro tema. Escolheram o largo criado pela árvore copaíba, lá defronte o prédio da Polícia Federal, na avenida Getúlio Vargas. De lá, pelo que ouvi na entrevista dada para Pedro Norberto, sairão em seguida por um passeio pela citada avenida. O que me desconforta é ouvir que o passeio ocorrerá por aquela artéria, pois quando de sua realização ela estará já com impedimento de trânsito e, assim “não causará transtornos”, segundo ouço.
Não sou chato, impertinente, mas confesso, não iria/irei. Diante de tudo o que vi ocorrendo por lá quando da destituição da presidente Dilma Rousseff participar de algum ato neste local, que não seja em desgravo ao ocorrido, para mim me embrulharia o estomago. Diziam estar lá pelo fim da corrupção e hoje, golpe sacramentado, ela só aumenta, mas não mais comparecem com este propósito. Referendar aquele local é como dar meu aval para utilização dali em atos pelos quais não concordei e nunca aprovarei. Quer queiram ou não, o lugar ficou marcado por um tipo de ocorrência e procedimento. Primeiro, não sou favorável a isso de só ocorrer atos em locais onde o trânsito possa fluir e aos domingos. Por que isso deve ocorrer dessa forma e jeito? Não somos e nem devemos ser cordeirinhos. Sou adepto de algo assim pelo centro da cidade e num horário de grande frequência popular. Pelo que vejo o evento citado ocorrerá no domingo pela manhã e num lugar a beneficiar um tipo específico de público? A periferia não participará deste evento. Já no centro, no Calçadão, na praça Rui Barbosa, com descida pela sua mais importante artéria comercial, acredito teríamos possibilitada maior participação popular.
Não quero e não irei polemizar a respeito. Deixo só registrado minha opinião. Deixo claro meu ponto de vista: se ocorre na Getúlio, escolheram um tipo de público, quando na área central, opção por outro. Fico com os de baixo, sempre.
ANDO MEIO PARADO, PRECISANDO DE UNS SERVICINHOS, ARRUMA UNS AÍ, VAI...
Nelson Xavier, falecidos dias atrás, no seu último filme um western do interior brasileiro, um road movie desses com muita poeira, estrada e bares das quebradas do mundaréu. Gosto muito de ver coisas deste tipo, enfim, quem não gosta de fazer um COMEBACK. Filmaço com a volta de um matador de aluguel, do aposentado voltar ao antigo ofício, enfim, ninguém consegue permanecer parado muito tempo e tentando se recolocar no mercado de trabalho. Eu, já alquebrado pelo tempo, preciso me recolocar ao trabalho, mas nem sei se ainda existe gente exercendo a profissão que mais gosto: a de sair vendendo bugigangas mundo afora, pegando estradinhas pouco frequentadas. Ainda existe espaço para um velho querendo vender miçangas e lantejoulas por aí? Esse meu Comeback...https://www.youtube.com/watch?v=jIiCwgADTqI
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