segunda-feira, 15 de maio de 2017

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (40)


VOCÊ NÃO ESCREVE MAIS DE BAURU?

Ando um tanto acabrunhado com Bauru. No jornal de hoje tecem rasgados elogios para o cara criticado ontem por mim: senador Magno Malta. Estaria eu, mais uma vez errando e quem acerta, sempre, são todos esses investindo numa evangelização monetária e enchendo os bolsos e os tubos?

Não vejo as manchetes que gostaria de ler neste exato momento sobre a cruel sequência de mortes a ocorrer lá pelos lados da Maternidade. Ouço dizer que, elas não ocorrem como deveriam por um simples e único motivo: envolvem o Governo do estado de São Paulo e o propalado governador do mesmo estado, o sr Geraldo Alckmin, dito o Santo. Ocorressem nas hostes municipais ou até mesmo federais, talvez a coisa alcançasse outro patamar.

Leio entristecido que o prefeito, o Gazzetta senta lá na capital paulista e o vai cheio de esperança falar com o mesmo Alckmin e acompanhado do nosso inodoro, insípido e insonso deputado estadual Pedro Tobias. Faz-se necessário para qualquer governante esse beija mão, do contrário, a grana, que já míngua será cortada de vez. Volta com mais promessas e isso merece manchete de primeira página.

Não tem como não se acabrunhar com o fato da Polícia Militar estar pedindo para a população apoiar a ação deles na próxima semana quando irão derrubar casas e mais casas, botar baixo um grande conglomerado de residências, tudo para restituir a paz para o poder financeiro, econômico e donos de nossas vidas. Não me cola esse papo de serem eles, a PM, apenas o executor de uma ordem judicial. Cumprem todas quando advindas dos donos do poder e fazem cara de muxoxo quando tem que, por exemplo, acompanhar uma passeata por justa reivindicação. São dois pesos e duas medidas, bem perceptíveis para quem ainda tem olhos para enxergar.


Como permanecer contentinho diante do início das demissões lá pelos lados da Unesp Bauru, quando, primeiro lista de servidores são feitas em vários setores e as demissões começam, mesmo todos sendo concursados e com estabilidade. Na sequência virão os professores e tudo o mais, até aquilo tudo ficar com a cara que eles, os governantes golpistas dos tempos atuais, cruéis e insanos, querem. Na bacia das almas, o que restará de segurança para todos os que trabalham no serviço público? Tudo sendo reduzido a pó e muitos ainda apoiando as medidas como necessárias, pois tudo o que existia até então era coisa de petista.

Não é nada interessante ver o pessoal da direção lá da Cohab se explicando e contornando tudo o que falam deles pelos corredores, vielas, esquinas e rodas de conversa. Tem dossiê rolando para lá e para cá, mas tudo já foi devidamente acalmado, paz selada e a disputa judicial já aquebrantada para o bem de todos que por lá continuam a dar sequência ao que sempre fizeram: nada.

Portas se fecham a cada instante, mas no noticiário, o economista de plantão, sempre o mesmo, afirma categoricamente que, os empresários paulistas estão mais confiantes. No rádio ouço que se deve confiar, pois um dia a crise vai acabar e daí, tudo voltará a vicejar novamente. A receita é todos abaixarem a cabeça, resignados e contritos no que fazem, sem reclamar, espernear ou querer ter de volta direitos perdidos. Isso nem pensar, enfim, tudo está sendo feito para o nosso bem, eu e uns outros é que nunca estaremos contentes com nada. Somos mesmo do contra.
Ana Lellis envergando camiseta do bloco.

Falta remédio no posto de saúde, mas o bom mesmo é se calar, pois reclamando os caras cortam de vez e daí piora ainda mais. O médico cubano vai embora e o zé povinho vai ficar sem aquela assistência com esmero, algo até então nunca visto pelas beiradas da cidade, mas os médicos brasileiros estão contentes, pois mesmo não querendo trabalhar nos postos, a concorrência desleal para com eles não mais ocorrerá. Vão nadar de braçada, como sempre gostam de fazer. As ruas estão mais do que esburacadas, mas não adianta reclamar, a resposta já está dada: recape só em 2018 e olhe lá. Aguardemos sentados, como indica o procedimento.

Reclamar do que, agora teremos um bispo nascido em Bauru, gente do bem, escritor lançando seu livro, mas cujo sapato nunca vi pisar num dos muitos becos sem saída desta cidade. A reforma lá do hospital Manoel de Abreu e da escola Brizola lá no Geisel nem começaram e dizem que nem nunca o serão, pois preferem levantar novas edificações, muito mais lucrativas do que fazer reforminhas. E por fim, o Centrinho restringindo atendimentos, com uma justificativa pra lá de xumbrega, a de que a verba é estadual é não podem atender gente de outros estados, daí precarizar é parar com tudo é o que resta. Insanos, insensatos e bestiais. São mais que criminosos. Tudo isso em Bauru, assim de uma só vez, tudo ao mesmo tempo. 


Como se animar diante disso tudo? Daí confirma-se o cantado no carnaval passado: A CASA DA ENY AINDA É AQUI...

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