quarta-feira, 19 de maio de 2021

ALGO DA INTERNET (176)


A CPI DE LÁ E AS CPIs DE CÁ – A NOSSA SE MOSTRA COMO JOGO DE CARTAS MARCADAS
Hoje em Brasília mais uma acareação da CPI no Senado, buscando soluções sobre a demora do Governo Federal na compra de vacinas e utilização de tratamento precoce, algo inqualificável no contexto mundial. O clima esquenta em vários momentos e os questionamentos são contundentes, reveladores, fortes e incisivos. Procuram encostar os depoentes na parede, até para tirar o máximo de informações, pela omissão, descaso e inoperância, junto de crueldade e irresponsabilidade. Lá em Brasília teve quem quase saiu preso e em alguns casos, como no depoente de hoje, o ex-ministro da Saúde, general Pazzuello, este depõe com segurança de não sair de lá preso. Quando diante de informações falsas, pessoas querendo esconder o jogo e se fingindo de morto, o melhor é ir pra cima, desmascarar e mostrar a crapulice evidenciada com algo mentiroso. Portanto, lá tudo dentro da normalidade. Convocar pra pegar leve, ficar dourando a pílula não faz sentido. Ou se extrai o que se quer, ou fica uma cara brincadeira, não de gato e rato, mas de amiguinhos brincando de detetive.

Faço nesse momento uma necessária comparação com as CPIs que acontecem em Bauru, ambas solicitadas por vereadores do atual mandato e bem diferente do que ocorrem em Brasília, aqui as perguntas me parecem leves, algumas até levantar a moral do inquerido. Bauru tem essa pegada de não constranger alguns e pegar pesado com outros. Dois pesos e duas medidas. O Jornal da Cidade faz constantemente isso, quando da passagem de políticos por Bauru, a maioria caba passando lá pela sala do Café com Política, são entrevistados e no dia seguinte sai um resumo na edição impressa do jornal. Se não repararam, lhe digo que, em pouquíssimos casos estes são inqueridos, mesmo quando estão sob fogo cruzado em seu lugar de atuação. Não é só o JC que age assim. A 94FM tempos atrás, lembro bem, entrevistou Alckmin enquanto governador e depois Dória e todas as perguntas fáceis de responder, nada na veia. Parece que o entrevistador agradece ao entrevistado por ter lhe cedido seu precioso tempo. O Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, age assim, quando convida semanalmente deputados com títulos militares e com todos uma babação de ovo. Trazem estes para levantar a bola dos caras, só isso, nada mais. Jornalismo chapa branca.

A classe política da atual legislatura age sempre da mesma forma. Trazer alguém, como vi nestes dias com dois depoentes, o ex-prefeito Rodrigo Agostinho numa e o atual presidente da Emdurb, Luiz Carlos Valle noutra e ficar com perguntinhas cerca-lourenço, denota tibieza de propósitos. Rodrigo responder desconversando na maioria dos casos e ainda se deu ao desplante de indicar procedimentos, orientar e sempre saiu pela tangente. Ou seja, não foi apertado. Por fim, deu sua opinião, a mesma corroborando com o que quer a CPI, mostrar para a população que o DAE é inviável. Todos saíram satisfeitos, ou seja, missão cumprida. Na outra, Valle fala do transporte urbano, lotado em todos tempo, agora mais, pois menos ônibus nas ruas, mostra números, mas nenhuma disposição para encurralar as empresas sobre obrigações contratuais. Saiu do jeito que entrou, sem que ninguém lhe cobrasse responsabilidades.

Essa minha impressão do que está em curso nas duas CPIs bauruenses. Numa, tudo vai se afunilar para tentar cravar a estaca nos costados do DAE e noutra, como a maioria dos atuais vereadores são do time fundamentalista e também bolsonarista, portanto, suélistas, ainda ocultos, diria mesmo, dentro do armário, pelo que se vê a culpa será toda de Dória e do Gazzetta, nunca da jornalista cantora gospel e do seu Jair, o Senhor Inominável. Não existe seriedade na forma como de procede apuração e o resultado será o mesmo do encontrado na investigação que os vereadores fizeram do Caso Cohab. Vão chegar a lugar nenhum, ou até mesmo ao lugar que desejam, nunca na solução dos reais problemas desta cidade. Cansa ter que ficar prestando a atenção em algo que já começa dando a entender um resultado de pouca valia. Bauru não merece entrevistas como acontecem hoje na imprensa local e apuração tão débeis, a ponto de todos já saberem do resultado antes mesmo dela começar a acontecer. Não seria o caso de dizer que tudo é um JOGO DE CARTAS MARCADAS.

A PREFEITA COMUNISTA DE SANTIAGO DO CHILE É SOCRÁTICA
Ela acaba de ser eleita e já começa com tudo, envergando no peito estufado a imagem de alguém que, como ela, luta por dias melhores para tudo, todas e todos desta América Latina. O post compartilhado é de alguém que gosto demais da conta, a jornalista e escritoras Marilene Felinto, cuja leitura me conforta e estimula. Sou amigo internético e desses, loucos para conhecer pessoalmente tão instigante pessoa. Quando achei o que postou, foi imediato, clico o dedinho pra compartilhar, pois nem tudo está devidamente perdido. Bauru, a aldeia onde moro, um dia já teve um prefeito comunista e nem tudo deu certo, ele morreu pouco depois da posse, mas seu vice foi o melhor prefeito dessa cidade, Tuga Angerami. Quem sabe, com muito trabalho, consigamos reverter a bosta onde estamos metidos nos tempos atuais e em breve um alcaide com esse perfil. Quando a gente não sai da luta, dá até para acreditar...
Eis o texto da Marilene:
"Karina Oliva, candidata ao governo da Região Metropolitana de Santiago, no Chile, comemorou a sua ida ao segundo turno das eleições com uma camiseta de Sócrates, ex-jogador do Corinthians.
Sean Jacobs
A candidata pertence ao partido Comunes, que representa a esquerda - mesmo posicionamento político do ídolo alvinegro, conhecido pela militância e atuação política.
https://www.uol.com.br/.../politica-chilena-comemora-ida...
Sean Jacobs"

GENOCIDA E O CUMPRIDOR DE ORDENS
Minha amiga, que se intitula astróloga, a paulistana Rosa MAria Martinello posta algo sobre o dia de hoje, o depoimento mais esperado da CPI do Senado, nos calcanhares do genocida e aqui reproduzo com louvor, não só endossando, mas passando recibo, carimbando e rubricando em três vias: "Pela manhã:
- Chefinho hoje vou depor.
- Depõe porra nenhuma. Depor é pra maricas! Já me viu depondo?
- É que me dá gagueira só de pensar na pergunta da Venezuela. Todo mundo viu os camaradas mandando oxigênio.
- Que mané oxigênio? Quem viu? Esquece êsso aê. Diz que foi fiqueção. FI-QUE-ÇÃO!
- Boa! Ficção! Que tirada hein Bozinho?
- Precisa de treino Arnesto! Onde já se viu um capacho das relações exteriores e mais tudo essoaê achando que Venezuela é exterior?
- Me treina?
- Empossivel! Precisa nascer como eu.
- Imbrochavel? Incomivel?
- Não. Enteligente!".

ENCONTREI O DANADO E O TROUXE NA MARRA PARA O MAFUÁ
Simony, enfermeira da Beneficência Portuguesa achou meu cão
O telefone celular toca às 3h30 da manhã desta quarta. Atendo e do outro lado uma mulher pede para ver foto que acaba de postar no meu whatts e pergunta se não é o Charles. Vejo e desperto na hora. Ela volta a ligar e me diz que ao sair do seu plantão, vê o cão encolhido num canto do estacionamento, com frio e acha que podia ser o meu, cujo anúncio do desaparecimento havia visto. Vou voando e ao chegar, seu Jair, segurança noturno, já sabendo do caso, subo pela rampa e adentro estacionamento e lá Simony está tomando conta dele. Foi uma festa, nos abraçamos muito. Agradeço muito aos dois, conto algo da saga dele por esses dias e ele, ainda meio molengão, cansado de tanto ruar, fome e frio, fica até quieto no retorno de carro até o Mafuá. O danado assunta no quarteirão, vai e volta no campo e entra pra dentro do quintal sem pestanejar. Abro a casa, preparo uns acepipes para ele, troco água e nos curtimos até ele, deitar e demonstrar querer descansar. Já acomodado em sua casinha, apago as luzes e com a adrenalina ainda em alta, creio não conseguirei mais dormir. Ufa! Graças a essa divinal Simony o fugitivo foi repatriado e pelo que percebi, cansou mesmo da rua e quer voltar pra sua rotina mafuenta. Tão logo clareie o dia, ele visitará um veterinário e vida que segue, com todos no seu entorno muito mais cuidadosos para não deixar o quatro patas escapulir sem rumo. O Mafuá em festa nesta quarta!!!

"EU VOLTEI AGORA PRA FICAR, TUDO ESTAVA IGUAL COMO ERA ANTES"
Depois de três dias sumido, recebo ligação 3h30 da manhã e vou ao encontro do meu cão Charles. Reencontro auspicioso, inesquecível. Muitas histórias para contar e também quero ouvir as dele, as que me contará com o passar dos dias. Volto pra casa depois de alimentar e deixá-lo descansando, chego e boto pra rodar a única canção possível para este momento, O PORTÃO, da dupla ROBERTO CARLOS e ERASMO CARLOS. É a mais apropriada para o momento desse retorno. Faz parte do LP "Roberto Carlos", 1974. Não tenho quase nada do Roberto, mas muitas de suas músicas, cantarolei durante anos e essa lembro de boa parte de memória.
Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=wyCKbyTCNLc
"Eu cheguei em frente ao portão/ Meu cachorro me sorriu latindo/ Minhas malas coloquei no chão/ Eu voltei/ Tudo estava igual como era antes/ Quase nada se modificou/ Acho que só eu mesmo mudei/ E voltei/ Eu voltei agora pra ficar/ Porque aqui, aqui é meu lugar/ Eu voltei pras coisas que eu deixei/ Eu voltei/ Fui abrindo a porta devagar/ Mas deixei a luz entrar primeiro/ Todo o meu passado iluminei/ E entrei/ Meu retrato ainda na parede/ Meio amarelado pelo tempo/ Como a perguntar por onde andei/ E eu falei/ Onde andei não deu para ficar/ Porque aqui, aqui é meu lugar/ Eu voltei pras coisas que eu deixei/ Eu voltei/ Sem saber depois de tanto tempo/ Se havia alguém à minha espera/ Passos indecisos caminhei/ E parei/ Quando vi que dois braços abertos/ Me abraçaram como antigamente/ Tanto quis dizer e não falei/ E chorei/ Eu voltei agora pra ficar/ Porque aqui, aqui é meu lugar/ Eu voltei pras coisas que eu deixei".

Como percebem, cantarolo sozinho hoje pelo Mafuá e começo a colocar os escritos em dia. Amanhã o bicho recomeça a pegar fogo...

Um comentário:

Garoeiro disse...

Em meio ao desabamento geral de notícias ruins, Henrique consegue achar o seu queridíssimo amigo, o Charles!
Pelas fotos vemos que ambos emagreceram por conta desse incidente.
Esperança é uma força construtora de vitórias.
Garoeiro