Charles é meu cão, guardião do Mafuá do HPA. Está sumido desde ontem. Alguém deixou o portão de lá aberto e ele escafedeu-se para à noite bauruense, isso por volta da 1h da manhã e não voltou mais. Quando a vizinha Edivirgens Fernandes foi tratar dele hoje pela manhã, ele lá não estava. O amigo Izaías Silva, hoje trabalhando com Uber, guardando o seu carro ali na garagem, chegou por volta da 1h da manhã e estranhou que o cão não veio até o seu encontro no portão. Achou que seria por causa do frio e só hoje, quando o alerto, ele me conta isso. O fato é que, CHARLES, mais ou menos uns oito anos de convivência mafuenta, figura presente em todos os eventos, festas, convescotes, presença obrigatória, sondando e me contando tudso o que ali acontece - e até o algo mais -, está na rua e como pouco acostumado a ruar, assim sendo, estou à caça do danado por tudo quanto é lugar. Já avisei todos os que pude encontrar, o pernambucano e palmeirense Luciano Santos, que foi meu vizinho e está já na caça. O vizinho, o garçom Luiz Maffei, morador da casa do lado me acalenta: "Ele volta". Sai à caça, percorri trechos da Nuno de Assis, Bela Vista, rodoviária, feira, igreja Aparecida e todo o entorno. Ana Bia controla minhas idas e vindas para a rua, mas hoje estou na lida, tomando todos os cuidados, escarafunchando ruas, becos e vielas. Peço informações e ajuda. O Mafuá já está uma penúria de dar gosto, com tudo fechado, juntando poeira há mais de um ano e agora, sem o cão, que dá alegria e VIDA ao lugar, hoje, acabrunhado e sem conseguir pensar em outra coisa, estou à procura do fugitivo. Todos sabem onde me encontrar, daí lanço essa garrafa ao mar com um pedido de socorro. OBS.: Por enquanto todos meus escritos estão suspensos, pois estou em busca de uma de minhas fontes de inspiração, o Charles. Amanhã, dependendo dos acontecimentos, tudo volte ao normal.
Macacos me bloguem. Aderi. Estarei juntando aqui, direto do meu mafuá particular, translucidação da minha bagunça pessoal, uma amostra de escritos variados, onde cabe de tudo (quase!) um pouco, servidas sempre, de forma desorganizada, formando um mural esclarecedor do pensamento de seu escrevinhador.
Pegue carona aqui e ao abrir a tampa do baú, constate como encaro tudo isso. Deixo cair rostos, palavras; alguma memória. O diálogo se instaura.
Abracitos do
Henrique Perazzi de Aquino - direto de Bauru S.P.
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