domingo, 1 de agosto de 2021

BAURU POR AÍ (193)


BAURU, 125 ANOS, QUE ANIVERSÁRIO QUE NADA
1.) CONFIRMAÇÃO, NO DESGOVERNO DE SUÉLLEN NADA PRA CIDADE, MAS ELA ESTÁ REPAGINADA NAS FOTOS, IMPECÁVEL E LINDA, COMO DEVERIA ESTAR FAZENDO COM BAURU
Escrevi ontem um texto para o semanário de Santa Cruz do Rio Pardo, o DEBATE, cujo título era este, "SÓ A MÁQUINA DE COMUNICAÇÃO FUNCIONA NOS DESGOVERNOS FUNDAMENTALISTAS" e a confirmação do que escrevi consegui ontem mesmo, final do dia, quando li o post do amigo jornalista Ricardo Santana, quando escreve sobre o triste momento da cidade de Bauru às voltas com seu aniversário, comemorado hoje, 125 anos de existência e com nenhuma inauguração, nada de novo no horizonte, a não ser claro, a incomPrefeita, essa se renovando a cada dia, com uma postagem dela toda maquiada, quando nem maquiar a cidade ela consegue mais - e para se vangloriar, diz dos elogios que recebe pelo visual apresentado, não o da cidade, mas o dela. Ou seja, cuida de si, mas nada da cidade. Descalabro mais do que evidente. Quando não existe nada para ser citado com louvor de bem para a cidade nestes 125 anos, agora desgovernado por pessoas com linha de pensamento fundamentalista e negacionista, nada melhor do que o elogio ser feito a si mesmo. É o que se tem para comentar neste aniversário, que nem bolo no Vitória Régia tem mais, não temos mais o samba do Quintal do Bras no lugar e se algo tivesse, tenha certeza seria uma banda gospel de gosto duvidoso, bem ao estilo da atual administração. Fico contentíssimo em ver comprovado o que escrevi ainda ontem. A única coisa que funciona é a comunicação pessoal da mandante da atual administração e os dois prints comprovam. Nada mais, ou seja, tudo "contingenciado" para ela, olhares todos voltados para a reluzente alcaide. Ela que se cuide, pois nem com a substancial ajuda que a indefectível rádio Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan passou a lhe dar assim de forma graciosa nos últimos dias, não terá como ocultar o horrendo do que está sendo feito com Bauru. Não existe o que comemorar neste momento em Bauru e o que nos resta enquanto cidadãos é pregar o FORA BOLSONARO e o FORA SUÉLLEN.
2.) SEM SAÍDA, A CARA DESTES TEMPOS
"A gente luta tanto pra conquistar as coisas, aí somos obrigados a vender pra pagar contas e comer, porque foderam com a economia do país depois que um bando de imbecis votaram com o cu", esse o post de um amigo, Wagner Fatore, alguém que conheci anos atrás quando tentava montar um bar nos Altos da Cidade, pequena porta onde vendia sonhos e ilusões, a de vencer e conseguir sobreviver, ser feliz ao seu modo e jeito. Não deu certo, veio a pandemia e ele e a esposa fizeram pães - os mais gostosos que já comi nestes últimos tempo -, mas depois de insistir até não mais poder, viu estar dando murro em ponta de faca e gastando tudo no giro da coisa. Tentou de tudo, fez lanches, entregas e tudo o que pintou. Quebrou mais a cara, mas não podia desistir, pois tem que continuar comendo e as contas não esperam. Desesperado vendeu suas preciosidades, os instrumentos musicais, além de outras peças domésticas. Uma hora até isso acaba e as contas continuam batendo á sua porta. E daí, o que se faz quando não se tem mais o que vender? Ele não sabe e questiona com o post.

No mesmo post a também amiga cabeleireira Bia Bassan, passando por problemas similares, também desabafa, "Pois é. Chorei tanto quando meu marido teve que vender quase todos os instrumentos dele pra gente comer. Passou 5 anos guardando para comprar, e em um dia vendemos tudo para comer e pagar aluguel... nunca perdoarei quem votou nesse imundo". Wagner lhe responde: "Pior que isso é que a gente quase morreu de Covid-19 por causa desse desgoverno negacionista que incentivou a imunidade de rebanho. Jamais vamos perdoar esses assassinos". Bia conclui: "Aqui tb quase morremos . 4 meses sem trabalhar. Não conseguia andar meia quadra. Fiquei com sequelas. E o povo ainda apoia esse nazista".

Num comentário no mesmo post, Wagner diz mais: "Tá complicado, dívidas acumulando e quando entra algum dinheiro a prioridade é abastecer a geladeira. Eu acabei com meus equipamentos de som da época que era músico e agora está indo embora meus vídeo-games. Minha previsão mais otimista é a economia dar uma melhorada daqui a 2 anos, mas não sei como vamos sobreviver até lá". Enfim, a desesperança reina na casa da imensa maioria dos brasileiros e os culpados são os que tomaram conta deste país, algo em curso desde o conluio golpista de 2016. Com estes continuando no poder, milicianos e negacionistas, tudo piorando, caos absoluto. Vamos colocar abaixo o quanto antes esse desGoverno, antes que seja tarde demais e tudo também se torne irreversível.

3.) MANCHETE UFANISTA, SEM SE DAR CONTA DA REAL SITUAÇÃO DA MAIORIA DA POPULAÇÃO
Abro o Jornal da Cidade, edição de aniversário, enfim, hoje comemora-se 125 anos desta insólita Bauru e lá, manchete de primeira página, "Bauru faz 125 anos, renova as energias e supera dificuldades". É um olhar vesgo, mais do que enviesado para o que de fato se passa nas hostes municipais, para mim, nada mais do que TAPAR O SOL COM A PENEIRA. Isso vem sendo tentado não é de hoje, mas neste momento, algo mais, com o agravamento do abandono da cidade pela pífia, inconsistente e inadequada gestão, totalmente desajustada da incomPrefeita Suéllen Rosim. A mídia massiva ora critica, ora elogia, em algo ainda pouco explicado. Ora tem anúncio público vicejando por aí, ora a ajuda se dá por debaixo do pano e em outras formas, mas no frigir dos ovos, não se espera nada de quem é dito e visto como "forças vivas", ou seja, os que nunca ousaram botar olhares e ações voltadas para a defesa e interesse dos povos sem grana. A máxima vigente continua sendo apregoada por estes lados como nunca se viu, enfim os bacanas não admitem a bordo da embarcação os brasileiros remediados. Tudo é pensado sem eles. Os cosmopolitas, cidadãos do mundo das finanças e seus asseclas - a bancada de "maria vai com as outras" - só fazem cálculo em dólares.

Li o que o jornal diz ser uma melhora no que se passa na cidade, mas nada - nadica de nada - para a situação dramática dos desempregados e renegados. Muitos destes, infelizmente caíram no conto da carochinha e seguem sonhando em ser patrões de si mesmos, seguem pedalando pelas ruas e avenidas para garantir o pão de cada dia, fazendo de tudo e mais um pouco para garantir o que comer hoje, pois o amanhã é incerto e não sabido. Para a avaliação dos mandarins da cidade, todos citados pelas matérias da edição especial do JC de hoje, o que vale é a opinião dos detentores da grana, estes nas matérias de vulto e ao povo simples, fotinhos mascarados e com opiniões dispersas, desencontradas e sem nenhum aprofundamento. Não é só o JC, mas para os "donos do poder", o indivíduo é o único responsável por suas desditas. Se quebrou a cara é porque não teve competência para fazer melhor, não soube vencer os competidores, nem ultrapassar as suas circunstâncias. Já os graúdos, estes todos citados, exemplos vivos, começam a vislumbrar algo, entenda-se, não para o todo, mas para si. No mínimo, pensando só nos seus botões, creio poderiam ser mais explícitos e deixar bem claro que, com a dizimação dos incautos pelo caminho tudo seria mais fácil. Os com grana neste país não estão nem aí para a maioria que se estatela no chão. Nem um pio no jornal sobre a constante retirada e reiterada dizimação dos direitos sociais.

O que vejo exposto - para mim como chaga - na edição de hoje do Jornal da Cidade, único jornal ainda impresso em Bauru, não é a exposição do lado saudável da cidade, este buscando sua recuperação, mas a demonstração cada dia mais presente de uma chaga, tipo de fratura exposta. Para mim, essa busca sem freios da riqueza monetária, dita e vista pelos seus adeptos como "natural" e "irreversível" em direção do progresso - qual mesmo, hem! -, não visa o bem estar de todos. Enfim, nítido e o vejo só de bater os olhos nas matérias ufanistas da edição de hoje que, quem não recebe as bênçãos do mercado não tem o direito de existir. E se existem, que se satisfaçam com as migalhas, só que precisam entender que, essas estão cada vez mais escassas e sem algo pensado coletivamente, a desigualdade poderá nos levar em breve a um inevitável confronto entre os dois lados dessa contenda. Não tem como "renovar energias e superar dificuldades" olhando só para a felicidade e realização dos sonhos de um só dos destes lados. O povão pode acordar no meio disso tudo e acabar com o festim de uma recuperação que só atende aos interesses de uns poucos. A culpa do que leio não é só do JC, pois toda a mídia massiva tem o mesmo discurso. Vesgos são todos estes, defendendo interesses dos donos do negócio e sem se atentar para o que se passa de fora do lado de fora, nas calçadas e ruas, principalmente na periferia e subúrbios. Querem saber de fato se algo melhorou ou está em vias de melhorar? Basta perguntar para Maria Inês Faneco ou Tatiana Calmon, que com seus projetos sociais pelos cantos mais esquecidos desta cidade fazem algo que nenhum jornal cita em suas edições especiais.

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