segunda-feira, 9 de agosto de 2021

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (156)


ESCREVI NO COMEÇO DO DIA SEM GRANDES ESPERANÇAS
HOJE TEM VOTAÇÃO DAS MAIS DEPROPOSITADAS NA CÂMARA DOS VEREADORES DE BAURU
Quando o mundo inteiro já tem a mais absoluta certeza do Brasil ter um presidente da república totalmente desajustado, despirocado, perigoso e mesmo corrupto, ele e os seus familiares envolvidos em diversos tipo de macacutaia, algo de surreal ocorre na cidade vita e vista como Sem Limites. Um vereador de primeira viagem, Eduardo Borgo, querendo se mostrar mais realista que o rei, mesmo quando esse encontra-se num estado mais do que putrefativo no poder, apresenta projeto para torná-lo Cidadão Bauruense. Não existe nada mais vergonhoso e vexatório neste momento do que algo assim ser aprovado, pois além da vergonha sem fim, como o mesmo deve sofrer em breve vários processos criminais, será uma pitada a mais no processo degenerativo sofrido por Bauru. A votação ocorrerá hoje na Câmara dos Vereadores e, como é mais do que sabido hoje dentro do que ocorre do emburrecimento da nação, sem pressão nada ocorre. Portanto, não basta ficar atento ao que irá ocorrer hoje na Casa de Leis bauruense, mas se faz necessário enfrentar mais esse embate e de peito aberto. Só assim venceremos o Grande Mal que se apossou do país e que, quer ir minando as garantias individuais do cidadão, restringindo a legislação que o defenda e se possível mantendo-o calado, contido e aceitando tudo pacificamente, como gado indo para o matadouro. Hoje é um desses dias onde RESISTIR É PRECISO E NECESSÁRIO.

ESCREVI NO FINAL DO DIA COM A ALMA LAVADA
REJEITADA A PROPOSITURA DE CIDADÃO BAURUENSE AO CAPIROTO, BORGO DEVE ESTAR INCONSOLÁVEL E COMPARO O FEITO A ALGO TAMBÉM CONSEGUIDO UM DIA NA MESMA CÂMARA POR ROQUE FERREIRA
Eu ouvi a fala dos vereadores e mesmo a da vereadora Estela Almagro PT, ser bem contundente, não creio ter sido esse o fator principal para alguns vereadores terem optado por não sacramentar o título para o capiroto. A fala dela foi precisa, límpida e bem colocada, mas com a mentalidade da maioria dos vereadores, creio que eles não compram aquilo tudo ali ouvido. Estão em outra, fazem um jogo onde muito do que ela falou é prática usual de muitos deles. Precisavam ouvir um algo mais e ouviram depois. Borgo foi nojento em sua fala. Ao insistir em chamar Lula de ladrão, além de saber estar falseando com a verdade, faz um jogo sórdido, premeditado para tentar se tornar uma espécie de referência da ultra-direita na cidade. Talvez até consiga, mas de um restrito grupo, bem retrógrado, em franca decadência e pior, provavelmente tendo seu mentor muito em breve que se defrontar com a lei, por tudo o que já comprovadamente fez de seguidos atos danosos. Enquanto Lula se livra de todos os penduricalhos contra ele, comprovando que a Justiça foi no mínimo inconsistente em suas condenações, com Bolsonaro ocorrerá o contrário, pois em breve, deverá estar as voltas com explicações que não possui, pois de fato cometeu muitas irregularidades em toda sua vida parlamentar. O ladrão, pelo que se verá não é Lula e sim o mentor do Borgo, Bolsonaro, o miliciano presidente. Do Borgo algo bem simples, falando do jeito que o vi hoje na tribuna da Câmara, destilando ódio e proferindo mentiras com a cara mais deslavada do mundo, é dessas pessoas que qualquer pessoa de bom senso deve manter muita distância. Contratar alguém assim como advogado, com uma verve tão fora de propósito, argumentos tão baixos é algo que só mesmo desavisados podem fazê-lo. A cada sessão ele se apequena e creio, se ainda não percebeu, em breve a ficha deve cair, pois essa é a segunda fumbicada que leva em menos de duas semanas. Na primeira, perdeu feio e se calou quando ganhou na Justiça que Bauru teria Hospital de Campanha, gritou, esperneou e depois nada veio, comprovando que com Bolsonaro nada de bom acontece. Enfiou o rabo entre as pernas e agora leva a segunda pernada, quando perde feio. Poderia ter honrosamente ter retirado o pedido do Título, mas preferiu bancar e pagando pra ver, deu no que deu. Está sendo desmascarado, sessão após sessão. Continuando neste ritmo vai acabar isolado e com a brocha na mão.

Volto ao que escrevi lá no começo deste texto. A fala do Borgo foi a comprovação de sua baixeza e a de Estela não foi o fiel da balança da derrota da titulação do capiroto. Segalla foi mais contundente, quando colocou uma minhoca na cabeça do vereador indeciso. Ele disse que, em tempo idos, quando um vereador tinha em mente propor um título para alguém, antes de apresentar a proposta, colocava primeiro para seu pares e estes discutiam em reservado, para só depois isso vir a público. Isso já balançou os em cima do muro. Depois vieram outros, com mais estocadas minando o voto favorável, quando na mesma linha, disseram que, pega para mal até para a família do homenageado e para ele mesmo, não ter a aprovação unânime e com fatos desabonadores ao seu nome sendo revelados. A pá de cal veio do presidente da Câmara, que para que uma pessoa receba tal honraria, é necessário que ela tenha prestado relevantes serviços ao município e como Bolsonaro não prestou nenhum, não teria motivo para ser concedido a ele o Título. A fala do Meira também, quando se absteve de votar e na sua justificativa para não se dar título para pessoas no exercício de cargos públicos, mesmo sacana, serviu para alguma coisa. Na junção disso tudo, a propositura de Borgo dançou, pois os vereadores começaram a se questionar do enrosco onde estavam metidos, sendo obrigados a se posicionar e demarcar estar de um dos lados, quando a maioria preferiria, neste momento, ciente do que ainda pode acontecer com o presidente, se manter indiferente. Creio a gota d’água ter ocorrido justamente quando colocaram tudo isso na balança. Daí, teve início a votação e deu no que deu, um resultado auspicioso e oxigenador para a credibilidade da Câmara, a Casa de Leis de Bauru.

Esse resultado foi para desopilar o fígado, desses para se dar uma sonora gargalhada ao final, soltar a voz da garganta e gritar em alto e bom som, contra esse momento insano e cruel ainda vivido pelo país, mas espera-se em breve, jogado no lixo da História. Olhando para o passado me recordo de algo parecido e faço aqui a comparação. Dos tempos de Roque Ferreira como vereador, creio no seu segundo mandato, a Câmara estava para decidir o nome do viaduto inacabado, o tal que liga a Nuno de Assis ao começo da vila Falcão, desembocando ali na Campos Salles – inacabado para todo sempre – e o nome escolhido pelos vereadores daquela legislatura recaia sobre o engenheiro Marinho Lutz, que havia sido Superintendente da NOB. A discussão estava praticamente selada e o nome em vias de ser aprovado, quando Roque pede a palavra e lê na tribuna um texto previamente preparado, com currículo do homenageado o desqualificando em gênero, número e grau. Foi uma ducha de água fria em todos e até o boquirroto Segalla se vergou e acabou declinando que o nome de Lutz, assim sendo, não seria o mais adequado. Aquele momento propiciado por Roque foi inesquecível e entrou para os anais – ui! – da Câmara, assim como o de hoje, quando votações estavam praticamente decididas e num pluft mudam de rumo. Hoje, não existe quem não enxergue na composição da atual Câmara uma maioria bolsonarista, mas tiveram que enfiar a viola no saco, engolir em seco e aceitar a derrota. Creio que, no fundo, a maioria, mesmo bolsonarista, estava envergonhada em lhe dar um desmerecido título, pois o danado nada fez e nada fará por Bauru. Todos sabem muito bem disso. O negócio do capiroto é outro e de seu desgoverno não se espera nada para a cidades, nem para Bauru, nem para qualquer outra, daí, a solução que foi sendo costurada, para muitos serviu como uma luva, na exata medida e assim, Bolsonaro fica sem a titulação de Cidadão da Sem Limites.

Essas minhas impressões do ocorrido no começo da noite de hoje. Demorei para escrever este texto e só o publico quase na virada do dia. Esperei a poeira baixar, pensei muito e ao fazê-lo, creio ter conseguido me fazer entender da melhor forma possível. Durmo hoje com a alma lavada...

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