quinta-feira, 5 de agosto de 2021

COMENDO PELAS BEIRADAS (106)


GRUPO DE ESTUDOS DE MENTIRINHA, PARADEIRA GENERALIZADA, ESPERANDO SENTADOS POR VERBAS PÚBLICAS E INEFICIÊNCIA COMPROVADA, EIS O RETRATO DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO
Ouço a 94Fm agora pela manhã e lá a discussão era sobre a falta de projetos e valores advindos destes para auxiliar a cidade neste momento difícil, quando crise e pandemia caminhando juntas tornam tudo mais complicado. Todos sabemos que uma cidade não pode ser dependente de Emendas Parlamentares e precisa criar mecanismos próprios para ir tocando sua vida, pois do contrário, além de ficar na mão de parlamentares, alguns nada sérios, demonstra não ter noção nenhuma, ou mesmo diria, Programa de Governo e só toca a vida com subterfúgios, paliativos nada honrosos, muito menos dignos. Pelo que se vê, a atual administração é tocada assim, por impulso e vai tentando resolver as coisas conforme acontecem, sem nenhuma mediação ou antecipação dos fatos. Despreparados e ineptos, diria, no mínimo.

Tem mais. No início do desGoverno, começo de 2021, fizeram alarde para anunciar a criação de um grupo de estudos, que segundo li e ouvi, teria reuniões regulares para estudar a cidade, ir detectando seus problemas e juntos buscariam a melhor solução para resolvê-los a contento. Ótimo, mesmo não sendo inciativa inédita, nem gozando de credibilidade, pois isso, pelo que sei, sempre existiu, ou ao menos deveria ter existido. Outros grupos tivemos e com resultados também inexpressivos. Deste então, pífio, zero à esquerda. Ninguém sabe, ninguém viu. Também pudera, a administração da incomPrefeita Suéllen Rosim é fechada em copas, tudo discutido entre quatro paredes e entre só apaniguados, "chegados" e dentro da mesma linha de pensamento e ação da alcaide. Não podia dar em outro resultado, o fracasso.

Hoje se sabe tudo ficou no campo das ideias e nada foi colocado em prática. O grupo não existe de fato e foi feito só para as fotos promocionais. A cidade continua e continuará ao "deus dará", pois se nem projetos chegam, imagine esse pessoal fundamentalista reunido em torno de uma mesa propondo algo construtivo. O máximo que pode surgir é o que se vê, o poder público de mãos atadas e aceitando receber benesses de entidades privadas, a maioria de cunho religioso fundamentalista, querendo reformar ao seu modo e jeito, sem fiscalização, algumas edificações públicas, como se viu no caso das UPAs e Postos de Saúde.

Gostaria muito de ter informações sobre os últimos encontros desse grupo de trabalho e se de fato trabalhou, pensou a cidade e se reuniu mais alguma vez além daquela onde vi fotos deles, todos bem comportadinhos em torno de uma ampla mesa. Projetos ainda existem, verba e grana para ser cavada também, mas no mundo de hoje, quem espera sentado, além de cansar, perde o bonde da história. Não esperem mais projetos como o Minha Casa Minha Vida, que construiu muito aqui e país afora e mesmo algo grandioso como o dinheiro para viabilizar a sempre inacabada Estação de Tratamento de Esgoto, pois com Bolsonaro, as torneiras estão fechadas e para conseguir algo, só mesmo com equipe eficiente, sabendo o que quer, de onde buscar, como e por quais caminhos. Esperando sentados como agora, teremos os piores quatros anos de uma administração pública na cidade. Além de tudo, destroem e engavetam projetos existentes como o do Mercadão Popular e o da revitalização do entorno da praça Machado de Mello e Estação da NOB - já deveria estar funcionando com Câmara Municipal e Secretaria de Educação -, que se continuados seriam alvissareiros para a cidade. Enfim, o que esperar de uma administração que nem consegue entregar ou ao menos fiscalizar a obra de um conjunto habitacional como o Manacás, todo recheado de problemas estruturais e uma pista de skate com falhas estruturais, que a inviabilizam antes mesmo da inauguração. Incompetência tem nome e sobrenome. Precisaria dizê-lo?


AUTODIDATA JÁ ERA, AGORA SÓ COM ENSINO SUPERIOR
Os vereadores de Bauru, muitos sem curso superior deram um tiro no próprio pé e aprovaram na última sessão um projeto de autoria da Mesa Diretora da Casa, instituindo que para a contratação de assessores parlamentares, a partir da próxima legislatura, só sejam admitidos pessoas com curso superior. Balela e conversa fiada, como se ensino superior fosse o passaporte para alguém ter dignidade, sapiência e desprendimento humano. Mais uma iniciativa elitista, de cunho preconceituoso e banal, privilegiando interesse dos mais abastados ali dentro, que se achando donos da razão, incutiram na maioria que, o diploma universitário é a solução para os problemas existentes. Conduta humana não se resolve com diploma, uma vez que, vemos hoje imensa legião de diplomados completamente indiferentes à triste condição humana do povo brasileiro. Triste ver decisão como essa sendo decidida pelo voto e muitos dos que ali estão e sem diploma universitário, votam a favor da iniciativa. É o mesmo que se vê hoje no Congresso Nacional, quando deputados, a maioria não advindo das camadas mais abastadas, mas quando ali inseridos e com direito a voto, o fazem ao lado de interesses que não os seus, mas da minoria excludente. Neste país, estamos acostumados a nos apunhalar a nós mesmos, daí algo assim ser aprovado, mesmo que com alguma discussão, polêmica, mas passando é mais uma dessas coisas, que na junção com outras tantas, desanima a existência do ser humano. Se a lei tem vigência imediata ou só na próxima legislatura, para mim é o que menos importa, quando o fato principal, mais uma lei excludente para com a maioria do povo brasileiro é votada favoravelmente. Não é por causa de um ou outro sem curso e produzindo barbaridades dentro do ambiente legislativo que se deve fazer algo impedindo todos os demais de continuarem exercendo seus cargos. De boas intenções o inferno está cheio, diria meu anjo da guarda, que na verdade possui chifres e cospe fogo. E quem me diz que amanhã não irão propor que o mesmo ocorra para ser vereador? Além da inconstitucionalidade, um inaceitável embutido preconceito.
OBS.: As fotos aqui publicadas são da legislatura passada, onde a discussão foi iniciada, porém, ressalto, votada e aprovada agora, anteontem e a partir de então, sacramentada.

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