01.) O QUE É DE FATO O AGRADECIMENTO DO AGRONEGÓCIO AO DESGOVERNO BOLSONARISTAAcabo de ler matéria do Jornal da Cidade, edição dominical, 29/08, escrita pela minha amiga Tânia Morbi, “Cavalgada da Família agradece o apoio de Bolsonaro ao agronegócio”, com entrevista do deputado estadual Frederico D’Ávila PSL, quem estava à frente da organização e realização do Ato. Cito entre aspas a fala do deputado: “É a primeira vez em 36 anos, que nós (empresários do agronegócio) somos realmente ouvidos pela administração federal e o homem do campo passou a ser valorizado pelo governo em sua integralidade, o que não acontecia em outros governos. (...) Uma das nossas principais causas é nos livrar dos grilhões que foram colocados ao longo de 30 anos, principalmente nas questões ambientais, impedindo o desenvolvimento do Brasil em várias áreas, inclusive na geração de energia e reservação hídrica. (...) Estamos vivendo um momento de crise hídrica e não temos condições técnicas e burocráticas de armazenar água por conta de legislações absurdas que foram colocadas no passado. (...) Esse é o principal ponto que temos que lutar hoje, uma vez que a reservação é a água propriamente dita, para animais e para a irrigação da agricultura, é energia elétrica e também a reserva das águas das chuvas, para o período de estiagem como este”.
Fiz questão de citar quase tudo o que li dito pelo deputado e contesto item por item. O que na verdade eles, os tais do agronegócio estão comemorando é o LIBEROU GERAL, pois desde que Bolsonaro assumiu o país, a legislação existente passou a ser desrespeitada, vilipendiada, ultrajada, negada e modificada – para pior, como se verá a seguir. O que existia e era defendido por legislação era área de preservação ambiental, hoje devastada e invadida a cada dia por novas ocupações, nada mais impedindo a devastação. Os níveis de devastação hoje estão muito acima dos permitidos e o agronegócio sempre querendo mais. Como com Bolsonaro tudo é permitido para eles, só podem estar aplaudindo mesmo. Na verdade, quem é ouvido não é o homem do campo, mas o grande proprietário do campo. O homem do campo continua ultrajado e contido, porém o grande agricultor, este é hoje quem dá as cartas e altera tudo ao seu bel prazer. Os grilhões que o deputado diz estar se libertando é a permissão para fazer o que quiser com suas terras, sem controle ou fiscalização. Estocam água sem controle e fiscalização, construindo barragens perigosas, como as que anos atrás, numa chuva muito forte lá pelos lados de Lençóis Paulista, ruíram e devastaram o centro daquela cidade e Bauru. Ninguém até hoje foi culpado e é isso que eles querem e fazem. A liberdade deles é o dane-se para o resto da população. Pensam somente nos seus botões e se não forem contidos, além de restringir cada vez mais a atividade do pequeno agricultor, farão de tudo e mais um pouco só visando altos lucros, sem nenhuma consciência ecológica. A natureza para esses pouco importa. Não pensam no coletivo e sim, neles, somente neles. São perversos até a medula e precisam ser contidos, pois a reação da natureza se dá neste momento exatamente por causa do trabalho insano e sem controle destes junto da natureza. Nossas reservas naturais correm sérios riscos de serem totalmente aniquiladas prevalecendo essa mentalidade do agronegócio sobre todas as demais. Tratam-se de pessoas mais do que PERIGOSAS. Ou seja, o Agro não é nem um pouco POP.
Agora vejo outro, o da mesma linhagem, defensor intransigente do capirotismo em curso, fundamentalista e golpista até não mais poder, o deputado federal que se intitula como capitão, Augusto, oriundo de Ourinhos, meio que expulso de lá e abrigado aqui na Sem Limites. O gajo estava também ontem em cima de um potro e tecendo loas a tal da cavalgada, sem citar do fracasso, quando tinha mais gente em cima do palanque das autoridades do que na frente dele. Foi uma decepção e tentaram encobrir, mascarar o fato nas fotos divulgadas pelas redes sociais e imprensa massiva. O balão de ensaio do dia também ficou por conta dele quando anunciou um Emenda Parlamentar para – pasmem – o Recinto Moraes e não para cidade. O agronegócio como gosta de anunciar é bom de grana e assim mesmo merece mimo do deputado negacionista. O pior não é só isso. Tem mais. Trata-se de mais uma promessa, nada oficializado, só da boca pra fora. O Jornal da Cidade já deu em manchete, “Durante inauguração de pista coberta, deputado prevê R$ 500 mil ao Recinto”. A jornalista Marcele Tonelli foi honesta e conseguiu emplacar um “prevê” no seu texto, pois deve conhecer bem as peças. Aconselho, assim como na promessa do trator do Salles, agora do derrame para o Recinto, acompanhamento, pois esse pessoal vive de promessa, poucas cumpridas. Seria até o caso de perguntar para o nada nobre deputado: “Previsão para quando deputado? Poderia nos adiantar”.
O fato é que o evento não conseguiu atrair a atenção da cidade e levar público para presenciar algo que, na verdade, não lhe dizia respeito. Pra começo de conversa, eles devem ter percebido – tardiamente, creio – que, esse negócio de cavalgada não atrai assim tanta gente, pois poucos possuem muares em cidades. Quem os possuem são os donos do agronegócio e eles lá estavam, impondo aos seus funcionários a participação, nada espontânea, diga-se de passagem. Via-se pela expressão de muitos, a contrariedade em ali estar. Mas o tal do Leonardo se mostrou o quanto é um jornalista a serviço do que lhe manda fazer sua empresa e tentava mostrar o copo vazio como cheio. Foi um dos atos mais lamentáveis e grotescos do jornalismo bauruense e algo assim, convenhamos, só conta negativamente no currículo do profissional. Uma pena para ele, tão novo na profissão e tendo que se sujeitar a algo tão constrangedor. Percebia-se que, o que falava não condizia com a verdade, pois falava de muita gente, mas não entrevistou ninguém no caminho. Foi um blá blá blá desses para fazer corar qualquer um. Senti vergonha por ele, enfim, trata-se de um ser humano e não precisava passar por tamanha humilhação. Mais um ponto negativo para a tal da Velha Klan, campeoníssima em falta de credibilidade.
OBS.: Todas as fotos publicadas são do Jornal Dois de Bauru.
ENCONTROS E REENCONTROS DOMINICAIS
Amigo Paulo Betti, te reencontro hoje, domingo, na Feira do Rolo de Bauru:
Você estava lá no meio de tanta coisa, todas interessantes e me provocando coceira, comiseração, loucos para irem dar com os costados em minha casa. A Banca do Carioca, nosso livreiro de rua, preciosidades espalhados no chão de paralelepípedos nas manhãs dominicais é um deleite para os amantes de livros e música. Hoje chego e ele me mostra seu livro: "Achei que iria querer". A cada semana, logo na chegada ele sempre tem uma novidade, enfim, sabe meus gostos e preferências. Não resisti a tentação e te arrematei por R$ 5 reais. Neste momento, garoando aqui na Cidade Sanduíche, tenho bons motivos pra sentar na varanda, botar na vitrolinha uma Maria Creusa ou Simone, ficar variando a leitura entre um Oscar Niemeyer e sua biografia, escrita por Teté Ribeiro. Assim passo meu domingo, eu, Ana Bia Andrade, afazeres domésticos, algum jogo na TV e, é claro, tramando como vai se dar a necessária resistência pra esse bestial golpe tramado contra nossos costados.
Amigo Paulo Betti, te reencontro hoje, domingo, na Feira do Rolo de Bauru:
Você estava lá no meio de tanta coisa, todas interessantes e me provocando coceira, comiseração, loucos para irem dar com os costados em minha casa. A Banca do Carioca, nosso livreiro de rua, preciosidades espalhados no chão de paralelepípedos nas manhãs dominicais é um deleite para os amantes de livros e música. Hoje chego e ele me mostra seu livro: "Achei que iria querer". A cada semana, logo na chegada ele sempre tem uma novidade, enfim, sabe meus gostos e preferências. Não resisti a tentação e te arrematei por R$ 5 reais. Neste momento, garoando aqui na Cidade Sanduíche, tenho bons motivos pra sentar na varanda, botar na vitrolinha uma Maria Creusa ou Simone, ficar variando a leitura entre um Oscar Niemeyer e sua biografia, escrita por Teté Ribeiro. Assim passo meu domingo, eu, Ana Bia Andrade, afazeres domésticos, algum jogo na TV e, é claro, tramando como vai se dar a necessária resistência pra esse bestial golpe tramado contra nossos costados.
Resistir é preciso...
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