* 25º texto deste mafuento HPA para publicação no semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo:
O Brasil sempre foi – continua sendo - terra instável, onde uns se dizendo mais e ungidos pelos deuses, daí acima do bem e do mal. No caso de alguma turbulência, se colocam como condutores da dita normalidade. Ao longo de nossa história deixamos isso ser ocupado pelo detentor da força, ou seja, as Forças Armadas. Deram exemplos, não de civilidade, mas de estarem à serviço da classe dominante e fazerem o serviço a eles atribuídos desde a criação de suas instituições, ou seja, defender a minoria endinheirada deste país. Hoje mais do que nunca, as três armas que compõem as Forças Armadas acabaram por aceitar compor o desgoverno do Senhor Inominável e, mais de seis mil militares ocupam cargos públicos, muitos deles sem qualificação para tanto e alguns envolvidos em perdições corruptivas de grande monta. Ou seja, meteram os pés pelas mãos e por grana, por um soldo substancioso estão do lado decrépito da nação, junto de outra facção bem atuante, a dos milicianos. Formam a dupla de ataque bolsonarista.
Enquanto o ex-capitão prega abertamente o golpe para tentar continuar no comando do país por mais quatro anos, destruindo tudo o que vê pela frente, mesmo com seus índices de popularidade terem despencado, outro tanto de golpistas, golpeadores e batedores de carteira se juntam a estes por todas as localidades e num grande conluio nacional, depredam o país até a última gota. O que acontece hoje no país é exatamente isso, um bande de saqueadores está em plena atividade e fazendo a limpa ou como diria, o ex-ministro, passando a boiada. Esse passar a boiada tem para todos os níveis, desde os planaltinos lá em Brasília como o das mais modestas e escondidas aldeias e rincões desta terra tupiniquim.
Não pensem que as cidades onde moramos está livre do achaque, pois guardadas as devidas proporções, o festim se faz presente de alto abaixo, sem tirar nem por. Citro exemplos. Se lá em Brasília, o capiroto mor vendeu vacinas por intermédio de um pastor neopentecostal, viceja hoje nas cidades, entidades de cunho religioso propensas a sanar deficiência do poder público municipal e se prestam a executar obras em seu nome, sem nenhuma fiscalização. Foram criadas entidades de fachada, se passando por religiosas e de assistência social, mas lavando dinheiro adoidado. O pessoal lá do rei da rachadinha ensina e libera para todos os do seu lado se apropriarem do ensinamento e colocar em prática, tudo pelo fim da corrupção.
Não dá mesmo para entender como alguém em sã consciência consegue, depois de tudo o que já foi mostrado, comprovado e retificado de falcatrua palaciana, ainda querer defender a prática, ou querer sem corar a face dizer defender um governo prezando pelo bem da família brasileira. Quando alguém vier com uma conversinha dessas, não só desconfie, como proteja os bolsos, a carteira e bata em retirada ou chame a polícia. Eles, os que tomara, conta do país não estão para brincadeira. Ainda mais agora, quando percebem que a mamata pode estar chegando ao fim, pois o descrédito está escancarado e para continuar se beneficiando só mesmo com um golpe, rasteira na Constituição e a instituição da bandalheira como forma de governar.
Sim, este país tem jeito, mas com tudo o que resvale em bolsonarismo longe de qualquer atividade política pública, pois tudo já ficou mais do que claro, estes vieram para dilapidar, extorquir, manipular, conchavar, enfim, encher os bolsos. De agora até o fim deste triste governo, eles aprontarão uma nova a cada dia. Precisam tirar o atraso e tentam algo fatal, o grande lance, a grande jogada que, na verdade, nada mais é do que um jeito só deles, de driblar e continuar dilapidando tudo. Os golpistas não estão só lá em Brasília. Muitos estão aqui bem do nosso lado, na nossa cidade e são fáceis de serem identificados. Ou a gente se une e dá um fim nessa mamata ou eles aniquilarão até os que os denunciam, pois vieram para isso, lesar ao máximo. Este o momento de dar um basta nestes que, quase destruíram essa nação. Para que o serviço não ser completado, depende da união dos ainda lúcidos. O mal não pode vencer.
Hoje pela manhã fui num reunião do CSA – Comunidade que Sustenta a Agricultura, na escola Flor de Lótus Jardim Wardorf, no Jardim Imperial, depois do cemitério Jardim do Ipê e lá dentre tantas coisas boas envolvendo a todos por lá, onde nos foi apresentado algo bem significativo para um trabalho coletivo junto dos assentados rurais do Assentamento Laudenor dos Santos, também conhecido como Fazenda Santo Antônio, mais precisamente estes localizados em Brasília Paulista, Piratininga, tive o prazer de bater os olhos em algo a me chamar bastante a atenção. O motivo do nosso encontro, de estar junto de assentados e poder fazer algo de concreto para viabilizar um algo a mais por estes é por si só, mais que grandioso e irei discorrer sobre isso em breve, após visita pessoal onde vivem, plantam e tocam suas vidas.
Hoje meu ababolhamento se deu com outra coisa, algo bem simples, mas é justamente disso, de pequenos detalhes que a gente percebe alguém grandioso por detrás de tudo.
A escola Flor de Lótus está localizada meio distante do acesso mais frequentado pelas pegadas humanas e para ir lá, o meio menos usual é caminhando. Observei um destes chegando por lá de bicicleta, seu meio de transporte. Trata-se do estudante de Arquitetura na Unesp Bauru, o ANDERSON FABRI, mas a bicicleta por si só não é nada tão fora do usual. Quando tudo terminou, a conversação estava se dando entre rodas de conversas, todos irmanados e se conhecendo melhor, me aproximo e peço para tirar uma foto de sua bicicleta. Outros se aproximam e entendem dos meus motivos, enfim, ele produziu uma caixa diferente de tudo o mais, um bagageiro de madeira, todo feito por ele e fixado no banco do carona. Já havia visto caixas feitas de tudo quanto é material e quando vislumbro algumas diferentes, me aproximo e quero saber algo mais, pois quem faz algo diferente, com certeza deve ser também pessoa diferenciada.
Anderson é e na conversa a gente percebe a sensibilidade humana ali aflorada. Conta detalhes do caixote e muitos nos rodeiam. Tiro as fotos e aqui as publico. Muitos podem querer me perguntar dos motivos de tanto alarde. Nenhum, mas assim mesmo, muita coisa. A caixa me chamou a atenção e daí, aproveitei da danada para conhecer melhor quem a produziu. Isso tudo gerou uma conversa sem fim, dessas longas, onde já queríamos saber algo mais, detalhes de como foi a concepção propiciando sua fabricação, feita de forma única, ou seja, exemplar ainda sem cópia existente no mercado. Isso aqui pode muito bem ser entendido como uma boa “conversa pra boi dormir”, mas foi a forma como encontrei para me aproximar do criador da criatura e assim, desde hoje ganhei mais um amigo aqui pelas redes sociais. Ou seja, não foi nem a reunião com os assentados o motivador dele agora ser mais um amigo por aqui, mas a tal da caixa, que neste caso foi também o gerador, o imã aproximador. Era isso, nada mais, fiquem com as fotos e delas, a de alguém bolando isso para sua bicicleta, deve com certeza já ter ou estar maquinando outras tantas coisas legais, utilidades práticas para o dia o dia, bem próprio de quem leva a vida pelas beiradas, sem estar devidamente plugado nas loucuras dos que se jogam de corpo e alma para as facilidades desta vida.
O Anderson e sua caixa bicicletista me fizeram a cabeça hoje. Amanhã, outro com algo diferente me fará parar o carro na rua e ir conhecer quem cria algo diferente pela aí. Conheci por lá hoje uma pá de gente legal, cada qual com suas histórias, uma mais envolvente e cativante que outra. Espero contá-las em breve, uma a uma, pois gosto muito de estar com gente assim, com os pés no chão e rodando por aí sem se importar com nada além da praticidade de como dá seu jeito de chegar nos lugares. Em breve por aqui, histórias do pessoal do MST lá do Assentamento de Brasília Paulista, gente da melhor qualidade. Ganhei o dia, mês e ano ao conhece-los. Todo o pessoal que por lá me encontrei hoje já são velhos conhecidos uns dos outros, eu sim era um novato, forasteiro e deslumbrado com tudo o que vi. Adoro quando me deparo com gente e lugares assim, onde os olhos deles brilham e, no meu caso, se tem a certeza de quem nem tudo está perdido. É com estes que quero, lado a lado, continuar tocando o que me resta de vida.
CHAMADA APERITIVO PARA O 57º LADO B, NESTA SEMANA COM O FRANCÊS ERIC SCHMITT, DIRETAMENTE DA "COLINA DOS PARDAIS" E ALGO MAIS DESTE REVOLUCIONÁRIO CIDADÃO DO MUNDO, HOJE NO EPICENTRO DO CONSERVADORISMO FUNDAMENTALISTA.
Será domingo, 08/08, 11h aqui pelo facebook deste mafuento HPA. Eis o link da chamada aperitivo: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/516912659610999
A escola Flor de Lótus está localizada meio distante do acesso mais frequentado pelas pegadas humanas e para ir lá, o meio menos usual é caminhando. Observei um destes chegando por lá de bicicleta, seu meio de transporte. Trata-se do estudante de Arquitetura na Unesp Bauru, o ANDERSON FABRI, mas a bicicleta por si só não é nada tão fora do usual. Quando tudo terminou, a conversação estava se dando entre rodas de conversas, todos irmanados e se conhecendo melhor, me aproximo e peço para tirar uma foto de sua bicicleta. Outros se aproximam e entendem dos meus motivos, enfim, ele produziu uma caixa diferente de tudo o mais, um bagageiro de madeira, todo feito por ele e fixado no banco do carona. Já havia visto caixas feitas de tudo quanto é material e quando vislumbro algumas diferentes, me aproximo e quero saber algo mais, pois quem faz algo diferente, com certeza deve ser também pessoa diferenciada.
Anderson é e na conversa a gente percebe a sensibilidade humana ali aflorada. Conta detalhes do caixote e muitos nos rodeiam. Tiro as fotos e aqui as publico. Muitos podem querer me perguntar dos motivos de tanto alarde. Nenhum, mas assim mesmo, muita coisa. A caixa me chamou a atenção e daí, aproveitei da danada para conhecer melhor quem a produziu. Isso tudo gerou uma conversa sem fim, dessas longas, onde já queríamos saber algo mais, detalhes de como foi a concepção propiciando sua fabricação, feita de forma única, ou seja, exemplar ainda sem cópia existente no mercado. Isso aqui pode muito bem ser entendido como uma boa “conversa pra boi dormir”, mas foi a forma como encontrei para me aproximar do criador da criatura e assim, desde hoje ganhei mais um amigo aqui pelas redes sociais. Ou seja, não foi nem a reunião com os assentados o motivador dele agora ser mais um amigo por aqui, mas a tal da caixa, que neste caso foi também o gerador, o imã aproximador. Era isso, nada mais, fiquem com as fotos e delas, a de alguém bolando isso para sua bicicleta, deve com certeza já ter ou estar maquinando outras tantas coisas legais, utilidades práticas para o dia o dia, bem próprio de quem leva a vida pelas beiradas, sem estar devidamente plugado nas loucuras dos que se jogam de corpo e alma para as facilidades desta vida.
O Anderson e sua caixa bicicletista me fizeram a cabeça hoje. Amanhã, outro com algo diferente me fará parar o carro na rua e ir conhecer quem cria algo diferente pela aí. Conheci por lá hoje uma pá de gente legal, cada qual com suas histórias, uma mais envolvente e cativante que outra. Espero contá-las em breve, uma a uma, pois gosto muito de estar com gente assim, com os pés no chão e rodando por aí sem se importar com nada além da praticidade de como dá seu jeito de chegar nos lugares. Em breve por aqui, histórias do pessoal do MST lá do Assentamento de Brasília Paulista, gente da melhor qualidade. Ganhei o dia, mês e ano ao conhece-los. Todo o pessoal que por lá me encontrei hoje já são velhos conhecidos uns dos outros, eu sim era um novato, forasteiro e deslumbrado com tudo o que vi. Adoro quando me deparo com gente e lugares assim, onde os olhos deles brilham e, no meu caso, se tem a certeza de quem nem tudo está perdido. É com estes que quero, lado a lado, continuar tocando o que me resta de vida.
Será domingo, 08/08, 11h aqui pelo facebook deste mafuento HPA. Eis o link da chamada aperitivo: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/516912659610999
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