Tem coisas que não entram na minha velha e carcomida cachola. Ontem tentei entender dos motivos do presidente miliciano estar tentando desconstruir a legitimidade e honestidade do pleito eleitoral como o temos e tentar impor o voto impresso. Daí, em entrevista para a Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan - sempre ela -, depois uma outra rádio carioca, quando requenta um caso de hacker que invadiu o sistema. Ou seja, faz de tudo para tentar golpear o país, pois sabe que, pela via normal já perdeu o pleito, mesmo antes dele acontecer, pois seu tempo na frente do país foi de uma desgraça nunca vista. Me espanta ver gente como esse Coffani aqui na Jovem Pan em Bauru, advogado que já militou causas sociais, até no Vidágua, o Olavo Pelegrina, advogado, se juntando ao discurso bolsonarista, não só conservador, como de ultra-direita, totalmente fora da casinha. O Rafael Moia Filho, tentando tapar o sol com a peneira, como pode se dizer no mínimo justo e ser colunista dessa rádio? O discurso não bate com o que sai da boca, a prática. Do Pittolli e do ideário da rádio, sei a serviço do que estes estão, mas quando vejo alguns se juntando a estes, não consigo me conter, enfim, como pode esses, se dizendo liberais batendo pau pra gente como o ex-ministro Abraham Weintraub ou mesmo a queridinha do Planalto, Carla Zambelli. Por que se deu tamanha transformação na mente e ação destes, hoje de um lado onde tudo é indefensável? O que os move, fico a pensar??? E não são os únicos, hoje cumprindo um papel dos mais degradantes. Jogam todo seu currículo na lata do lixo num piscar de olhos e insistem, pois continuam. Sabem estar do lado podre no momento, mas insistem, movidos por algo que tento, mas não consigo entender no todo.
DONA MARIA É DO TIME QUE DEU TOTALMENTE A VOLTA POR CIMA – DA QUIMIOTERAPIA PARA A LINDA CABELEIRA QUE VI OSTENTANDO HOJEDona Maria tem um restaurante popular lá nos Altos da Cidade, bem defronte o supermercado Pão de Açúcar, na quadra 22 da rua Araújo Leite. Já escrevi dela por aqui tempos atrás, sua saga saindo da pequena Cabrália Paulista e se instalando por aqui, o filho rodando o mundo com mestrado e doutorado bancado pelas comidas que faz e ela encantada e encantando o pessoal daquela região, pelo menos a imensa maioria dos que precisam se alimentar a preços módicos e dentro de região abastada, dita e vista como chique na cidade. Ela e o marido descobriram um filão e centraram fogo nele, ou seja, viram que, existia um nicho de mercado a ser ocupado justamente ali, no meio dos cheios de pompa, mas para atender os como ela, com identidade mais popular e precisando pagar mais pela refeição. Com sua simpatia e comida boa venceu e segue em frente. Nem a pandemia a segurou, pois todos os que precisaram continuar trabalhando, também precisavam se alimentar e daí, ela permaneceu aberta, correndo todos os riscos, mas mantendo também toda segurança.
Nem tudo foram flores para dona Maria por estes tempos e em algumas da últimas passadas por lá – a última se deu há uns cinco meses -, ela careca, de cabelo bem rente, típico de quem estava com problemas de saúde. Dona Maria é do time que não pode entregar os pontos, pois se parar a coisa desanda. Ela precisou sim dar um breque, diminuir a aceleração e deixar por algum tempo o comando da casa e da cozinha, mas foi por pouco tempo. Fez quimioterapia, se tratou, seguiu a dieta, tomou todo o medicamento e hoje, quando passo por ali junto de minha irmã e ela, quase 14h, quer levar uma marmitex pra casa, entro com ela e já de cara a grata surpresa. O movimento da casa já tinha arrefecido e ela com o celular ligado nos fundos, tocando um funk e dançando sozinha ao som eletrizante de uma música que, pensava ela desconhecida, quanto mais gostava. Ela havia terminado de almoço e no único tempinho livre, não quis ficar nas redes sociais, que diz não ter acesso, mas sabe acessar o youtube. Sabe escolher músicas de sua preferência e dança na frente dos fregueses, sem nenhuma vergonha.
Disse rindo a ela que, com certeza deve estar melhor que eu, pois eu corto meu cabelo rente e o danado não cresce mais, continua sempre curto, enquanto o dela, com quimio e tudo, está com uma baila cabelo lindo, reluzente no cocorutcho, toda pimpona e esbanjando alegria e vitalidade. Ou seja, dona Maria deu a volta por cima e continua fazendo o que sabe, gosta e atendendo sua vasta clientela, todos os que gravitam em serviços variados e múltiplos lá nos Altos da Cidade. Ela, me vendo com os olhos marejados de água, pois ainda não havia almoçado, disse que queria provar uma coxa de frango e sair comendo pelo caminho, ou seja, pela rua. Minha irmão leva a marmitex e eu, sai segurando a coxa pelo ossinho e desfruto do tempero de inestimável gosto de tão dadivosa cozinheira. Não quis receber o dito cujo como mimo e pago regiamente o valor registado na balança.
Disse rindo a ela que, com certeza deve estar melhor que eu, pois eu corto meu cabelo rente e o danado não cresce mais, continua sempre curto, enquanto o dela, com quimio e tudo, está com uma baila cabelo lindo, reluzente no cocorutcho, toda pimpona e esbanjando alegria e vitalidade. Ou seja, dona Maria deu a volta por cima e continua fazendo o que sabe, gosta e atendendo sua vasta clientela, todos os que gravitam em serviços variados e múltiplos lá nos Altos da Cidade. Ela, me vendo com os olhos marejados de água, pois ainda não havia almoçado, disse que queria provar uma coxa de frango e sair comendo pelo caminho, ou seja, pela rua. Minha irmão leva a marmitex e eu, sai segurando a coxa pelo ossinho e desfruto do tempero de inestimável gosto de tão dadivosa cozinheira. Não quis receber o dito cujo como mimo e pago regiamente o valor registado na balança.
O gostoso da vida são estes reencontros, ainda possíveis e acontecendo no meu dia a dia, tão logo consiga sair para as ruas. A vida para mim é feita e constituída dessas histórias, dessas pessoas mais que imprescindíveis e insubstituíveis, pois para todas, mesmo existindo gente de igual quilate e teor de brio e fibra, são daquelas que verdadeiramente dignificam essa cidade, os coringas, que batem um bolão em todas as posições e quando em campo, não existem peças de reposição para ocuparem seus lugares. Dona Maria é dessas que, quem não a conhece, precisa passar lá e filar – melhor pagar, viu, pois ela não é dada a fazer fiado – uma bóia. Depois me contem, não só da comida, mas do astral e do clima do ambiente. Ali o astral é bom logo de cara e na placa na frente algo mais, ela precisa de duas auxiliares de cozinha. Sua empresa segue altaneira e vencendo as barreiras destes tempos mais que ingratos e duros.
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