Hoje, segunda, 16/08 não foi um dia normal, principalmente na vida dos que lutam e labutam por uma Cultura municipal mais ativa, presente de fato na vida dos artistas. Enquanto isso não acontece - e dificilmente ocorrerá no desGoverno da novíssima (sic) incomPrefeita Suéllen Rosim -, com o dia praticamente tomado em atos e seus desdobramentos, decido não escrever nada na correria e assim posto hoje as cenas que movimentaram minha agitada cabeça nestes últimos dias. Eis algo de como enxergo a cidade nas ainda poucas andanças que tenho feito, enfim, a pandemia não acabou e todo cuidado continua sendo pouco. Tenho 61 anos, algumas comorbidades já legitimadas, daí melhor continuar se cuidando, mesmo como tudo o que se faz necessário fazer para desalojar os capirotos dos tantos governos brasileiros, desde os municipais, estaduais e o federal.
01. Publiquei em 27/07/2021: "Foto do grupo História de Bauru, detalhe do casarão que um dia abrigou Getúlio Vargas, na estrada de terra que liga até a abandonada estação rural de Val de Palmas".
02. Publiquei em 29/07/2021: "Eu vinha sentindo Baixada do Silvino para o Centro, cruzo o rio Bauru, ao lado do Centro Pop e muitos sem teto quaram ao sol, este um deles, aparentando idade avançada, ofegante, todo encapotado, subindo muito lentamente a quadra da Araújo Leite, dando três, quatro passo e parando, mal conseguindo andar. Estaciono e vou conversar, ele muito feliz por ter ganho mais uma blusa e um pano para o pescoço. Diz morar por aí e me diz, ter sido a noite passada das piores, mas agora está melhor preparado. Esse só um dos tantos na mesma situação, perambulando pelas ruas sem ao menos saber que o frio chegaria".
03. Publiquei em 30/07/2021: "Mauro Landolffi é um fotógrafo como poucos e nestes tempos de reclusão tira fotos pela janela de seu carro, algumas vezes até em movimento. Eu adoro todas e gileteio algumas delas, como essa de um sobrevivente das ruas, num dos tantos semáforos da cidade, vendendo seus caraminguás e tendo ao seu lado, como todos nós, seu fiel escudeiro, o celular, objeto inseparável, fruto de amor e ódio, creio um dos males necessários nestes tempos insólitos".
04. Publiquei em 31/07/2021: "Agosto de 2014, tínhamos uma apresentação artística na gare da estação da NOB, em comemoração ao aniversário da cidade de Bauru e neste 2021, nenhuma atividade comemorativa e a estação devidamente lacrada, pelo menos até o final do mandato da atual incomPrefeita, pois diz estar contingenciando (sic) tudo em prol de algo que ninguém sabe, ninguém viu. Quanto anos Bauru terá que esperar para algum alcaide sensível possibilite a recuperação, restauro e reutilização da mais bonita estação do interior paulista?".
05. Publiquei em 01/08/2021: "Existem muitos pombais espalhados pela cidade de Bauru, um destes é essa moradia em forma de pequenas quitinetes, localizada pertinho do Bar do Português, numa curva na esquina da frente, local de moradia de muita gente conhecida, renovados de temporadas em temporadas e de muita efervescência, palco de histórias, encontros, esbarrões e mesmo boas aproximações entre vizinhos tão próximos, paredes meia. Enfim, num pombal tudo é mais do que possível".
06. Publiquei em 03/08/2021: "Algo me intriga neste pequeno portal instalado dentro do parque Vitória Régia, bem próximo às instalações da FOB USP. Na verdade, gostaria imensamente de saber sua origem e finalidade, até hoje por mim não desvendada, mas agora vejo aquele apetrecho com uma inscrição me intrigando com um algo a mais: "Morra!"".
07. Publiquei em 05/08/2021:"Essa casa caixote, esquina da Rubens Arruda com Quinze de Novembro, em cima de restaurante, foi durante décadas famoso ponto e palco de encontro de amigos de Claudio Amantini, onde se reuniam sempre no período da tarde para o tradicional baralho. Impossível não passar por ali e não lembrar das tantas histórias ali ocorridas, hoje com tudo renovado, novos personagens ocupando o lugar, nem sombra do ali já vivenciando. Tantos lugares já em outra, nos trazem eternas lembranças"08. Publiquei em 09/08/2021: "Lado a lado na mesma foto, os dois primos, o pobre e o rico. O pobre é o Esporte Clube Noroeste, sempre vilipendiado, sofrido, apedrejado e em andrajos, hoje com luz cortada e prestes a iniciar Copa Paulista, como na maioria das vezes, sem que tomemos conhecimento de como consegue, ainda mais que neste momento não existem mais próceres como seu Cláudio Amantini, que ciente de uma dívida de luz, como a atual de R$ 28 mil reais, acabava pagando do bolso e do outro, a Panela de Pressão, vivendo seus últimos respiros, ainda sublocada para jogos de basquete e vôlei - pelo menos enquanto novo ginásio na cidade não ficar pronto -, supostamente com as contas em dia, pois tais campeonatos não podem parar. De um lado tudo apagado, do outro luzes continuam acesas e tudo funcionando, eis os dois lados da mesma moeda, enfim, essa a situação do time do coração dos torcedores da aldeia bauruense, nada diferente da maioria dos antes viçosos times de futebol do interior paulista, hoje todos, quando não falidos, muito próximos e de pires na mão".
09. Publiquei em 10/07/2021: "A imponência da velha senhora na esquina das ruas Araujo Leite com Amadeu Sangiovane, Altos da Cidade, mesmo demonstrando sua incontestável idade, soltando cascas, se mantém toda pimpona, senhora de si, dona do lugar".
10. Publiquei em 12/08/2021: "Rua Primeiro de Agosto, quadra dois, logo abaixo do Cemitério da Saudade e na parede interna, dentro de terreno aguardando ocupação, algo me faz parar e clicar o ali exposto, antes que desapareça para sempre do cenário visual bauruense".
11. Publiquei em 16/08/2021: "Essa senhora estava sentada desde muito tempo um pouco afastada e escutando todas as intervenções e pedindo para aumentar o som quando ficava mais baixo... foi quando ela levantou e passou na frente dos músicos para ir embora que tomaram a decisão de comprar todos os doces dela", Eric Schmitt. No ato de sábado, 14/08, "Silêncio, a Cultura dorme", na Esquina da Resistência, o ato corrida solto e essa senhora parou para ouvir a música e deixou de vender seus doces. Quando tentou se levantar para ir embora, um dos músicos parou o som, se dirigiu a ela e perguntou quanto custava todos os que tinha na caixa de papelão. Ela disse o preço, ele se abaixou e pegou a grana que alguns depositavam numa capa de violão na frente da cantata e a pagou. Depois foi um tal de gente querer provar o quitute, que creio eu, acabou muito rapidamente. A foto é do Eric Schmitt".
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