A escola atual pouco superou da estrutura opressora e antidemocrática da época da ditadura, sendo que a ameaça e assédio ainda fazem parte da rotina de muitas escolas.
Os professores estão infelizes com sua valorização (social e econômica), falta profissionais para o pátio, os alunos estão sem perspectiva dentro desta sociedade e são obrigados a estudar conteúdos esvaziados, as direções não são eleitas pela comunidade e transformam as escolas em seu pequeno feudo de poder.
Os problemas das escolas são bem mais complexos e na condição que estão são verdadeiras bombas relógio",
MARCOS CHAGAS, PROFESSOR REDE PÚBLICA ESTADUAL E DIRIGENTE APEOESP BAURU
"Eu que sempre amei dar aulas. Fiquei imaginando se distraída levasse uma facada de morte de um dos meus alunos.
O ódio seria contra mim, ao que represento? E na distração, por que não pensaria ou sentiria ameaça? Por que estou na escola? Mas a escola está do mundo, é um mundo, é do mundo, o ódio é sobre ela ou a ultrapassa? E a surpresa do ataque? É por que estamos em solo sagrado? Uma fronteira de pureza no meio da corrupção extrema? Vivemos em uma pastoral, revolucionária, otimista, projetiva, um local de paz, a escola? O problema seria local? Seria comigo mesma? Bullying? A violência é desta escola, daquela escola? Já passou o território da escola?
Levar uma facada de um dos meus alunos? Enquanto fazia a chamada, do 8• ano? Não é possível que isso seja um assunto só meu, da minha escola, do meu aluno assassino.
Não no Brasil, no estado de São Paulo, nas bordas de sua capital. Todo mundo sabe como tem sido tratado o ensino público da capital. Todo mundo sabe a beligerância armada de nosso país.
Não é caso de “melhoria na harmonia da escola”. Que analise mais rasa a deste jornal da manhã. Sinto-me ofendida. E pelo texto, morta", PROFESSORA KATYA BRAGHINI.
SE NA FACILPA DE LENÇÓIS TEM ESPAÇO PRA MPB, POR QUE NA EXPO BAURU NUNCA TEM???
Nem um, nem dois, mas vários artistas bolsonarizaram depois do golpe de 2016, influenciados também por tudo o que foi feito em matéria de disvituar a verdade dos fatos desde o golpe de 2016, o que destituiu Dilma Rousseff, colocando em seu lugar Temer e logo a seguir Bolsonaro. Assim como parte significativa da população se deixou levar, principalmente pela quantidade absurda de fake-news neste período, muitos artistas entraram na onda. Lobão foi um dos primeiros e quando se bandeou para o outro lado, o do conservadorismo mais pueril e perverso, o fez de forma violenta. Depois veio Fagner, também com uma fala agressiva.
Estes dois encabeçaram uma lista de cantantes e essa cresceu. Ivan Lins e Djavan demonstraram em algumas falas defender Sergio Moro e hoje, depois de tantas trapalhadas do ex-juiz, não sei se sustentam o que disseram ou estão, como muitos envergonhados. Outro destes, Toquinho fez o mesmo. A obra de Toquinho, tanto na sua parte solo, como principalmente na em dupla com Vinicius de Moraes é algo sem máculas, disso que não dá para deixar de ouvir, porém, a pessoa, o cidadão Toquinho andou pisando na bola e isso é também inquestionável. Hoje, ele tenta se redimir e se diz isento, não pendendo nem para um lado, nem para outro. Abomino os que ficam em cima do muro. Não sei se é este o caso dele, mas diante de tudo o que vimos sendo feito nestes quatro anos de Bolsonaro, quem ainda o defende, inevitavelmente ou é conivente ou é muito inocente. E sei que, Toquinho não é nem um pouco inocente, sabendo muito bem discernir o joio do trigo. Pewlo que leio, se redimiu, mas não jogou totalmente a toalha. Uma pena.
Dia 1º de abril ele estará cantando em Bauru, show gratuito, acompanhado de portentosa orquesta. Me perguntam se irei. Sim, respondo. Não deixei de gostar dele e de tudo o que já fez, mas também confesso, estou ainda um tanto chateado por ele - justamente ele -, não ter percebido onde estava se metendo. Daí, faço a pergunta clássica: "Até tu, Brutus?". Issi de ocorrer máculas na carreira, trajetória de vida é algo inerente ao próprio ser humano. Normal a gente pender para isso ou aquilo, mas quando a pendência se dá para algo muito perto do fascismo, daí, o pé tem que permanecer bem atrás mesmo, pois aí já se torna algo mais do que perigoso. Quero presenciar o show dele e compartilho aqui uma entrevista dada recentemente, onde mostra seu atual posicionamernto. Ele, enfim, é mais um que balançou, mas pode estar fazendo a mea culpa e de reposicionando. Pretendo enteder desta forma. Já outros, até o presente momento, continuam afiados com discurso mais do que perigoso. Para este, pelo menos para mim, não existe perdão.
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