sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

CENA BAURUENSE (261)


no último dia de janeiro
CENAS PUBLICADAS NO DECORRER DO PRIMEIRO MÊS DE 2025
01 - Publicado em 01.01.2025: Vendo estes eucaliptos perfilados na rua Itororó, muro detrás de onde um dia funcionou o Sanbra, vila Independência, todos no mais perfeito estado, impossível não se lembrar com muita saudade e dor no coração de outros, os que existiam dentro do estádio Alfredo de Castilho, o do Noroeste e dirigentes, acharam por bem fazer dinheiro fácil, vendendo-os. Perdeu-se tudo por lá, desde a sombra até parte da História, essa ignorada e trocada pelo imediatismo, que não salvou os cofres do clube em nada.

02 - Publicado em 02.01.2025: O tronco desta seringueira localizada num dos cantos da praça defronte a ITE é um dos maiores da cidade e sempre fico a imaginar, quantas pessoas seriam necessárias para, unidas, conseguirem abraçá-la?

03 - Publicado em 03.01.2025: A Banca do Samir está há exatos 52 anos localizada na praça Rui Barbosa, centro de Bauru, bem defronte a Catedral católica, já tendo seu funcionamento oficalizado numa espécie de usucapião e o Munir, filho do Samir, está há oito anos tocando em frente um negócio popular, montado e desmontado todo dia, faça sol ou chuva. Muita coisa vai e volta na praça, esses permanecem.

04 - Publicado em 04.01.2025: No centro de Bauru, uma lanchonete recentemente aberta, na Rodrigues Alves, bem onde um dia funcionou uma famosa pastelaria, junto ao ex-Liceu Noroeste, revoluciona no preço dos salgados, todos vendidos a R$ 2 reais a unidade, causando o maior rebuliço nos demais oferecendo o mesmo produto. Dizem que, os chineses, dominando o segmento bares e lanchonetes do centro, tiveram que abaixar o preço, mas não conseguiram chegar no ousado comerciante, que pelo movimento, percebe-se ganha na quantidade de fregueses fazendo fila em seus balcões.

05 - Publicado em 05.01.2025: Na loja da RR Sports da Comendador, venda exclusiva dos ingressos do jogo Noroeste X Palmeiras e no varal na entrada, logo de cara, homenagem ao BAC, antigo e não mais existente rival, porém rendendo eternos dividendos.

06 - Publicado em 06.01.2025: Quando a comunidade e a direção da escola estão unidas, passam adiante uma boa imagem já no seu primeiro cartão de visitas, o muro frontal, como na EE Henrique Bertolucci, começo da vila Independência.

07 - Publicado em 07.01.2025: Na florida avenida das Laranjeiras, no Geisel, árvores recheiam seu canteiro central, porém, quase nenhuma é propriamente laranjeira - se é que existe alguma ali plantada.

08 - Publicado em 08.01.2025: Seguindo em frente na avenida Getulio Vargas, depois da entrada dos residenciais Flamboyant e Samambaia, chega-se no seu ponto final, onde antes da interrupção, causada pela ampliação da rodovia Bauru/Ipaussu, por uma estrada de terra, muito movimentada, era o caminho mais conhecido para se chegar até um dos locais mais frequentados em Bauru, décadas atrás, a famosa Casa da Eni e adjacências. Hoje é o final da estrada, mas antes foi a continuidade para se atravessar e adentrar este icônico lugar.

09 - Publicado em 09.01.2025: São muitas as lojas que fecham as portas e suas marcas perduram ainda por longo tempo nas paredes, até quem sabe um dia, outros aluguem o mesmo espaço e retirem o letreiro e cartazes, como neste, marcante, quase na esquina da Agenor Meira com a Rodrigues Alves.

10 - Publicado em 11.01.2025: Da saudade sentida pelo que fizeram com a ferrovia e da importância que os trilhos tiveram para o progresso desta cidade, não posso ver alguém envergando algo como isso de vestimenta que, já quero tirar foto e puxar conversa. É o que fiz dias atrás, na feira, mais precisamente no Pequeno's Bar da Gustavo, quadra 5, com o ferroviário aposentado Jesus Adriano dos Santos, morador da vila Dutra, também ainda reduto de centena de ferroviários, infelizmente, a maioria aposentados, já que na ativa mesmo, atividade em decréscimo.

11 - Publicado em 13.01.2025: O IML, o Instituto Médico Legal, funcionou - ainda funciona - em Bauru por décadas neste local, avenida Nações Unidas, muito próximo das enchentes do rio Bauru e vimos ao longo do tempo até corpos boiando n'água e instalações vencidas pelo tempo, mas pelo que se vê algo muito próximo de mudança, com edificação nova, quase pronta, na avenida Luiz Edmundo Coube, Geisel, entre Unesp e Hospital Estadual.

12 - Publicado em 14.01.2025: Em foto de Marcelo Ryal Dias, a constatação de que, pela quantidade dessas placas espalhadas cidade afora - cidade adentro, também -, essa a única providência que a gestão da incomPrefeita Suéllen Rosin toma diante das frequentes enchentes na área urbana de Bauru, a colocação de uma indicativa placa. Nada mais. Seria mais ou menos assim: "Se virem".

13 - Publicado em 16.01.2025: Meu amigo de longa data Antonio Carlos Pavanato é reconhecido fotógrafo e dias atrás, neste incessante trabalho de registrar os mínimos detalhes desta insólita Bauru, nos apresenta essa contundente imagem, com a legenda: "...quem vende(o) quem???".

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (180)


PEGOS PELA MENTIRA
Guardião, que de bobo não tem nada, foi por mim questionado dias atrás da validade da continuidade insistente e persistente de tantas críticas pra cima dos costados de gente como a alcaide, denominada por mim de incomPrefeita e mesmo do governaAdor Tarcísio de Freitas. Ele, abrindo bem sua capa, rindo me disse: "Adianta sim, mas pouco. Talvez estejamos empreendendo algo de pouca eficiência prática. Ela, a comunicóloga internética sabe muito bem como ir produzindo seus diários vídeos e isso vai calando fundo na mente dos incautos, dos que compreendem superfialmente tudo e ainda se deixam levar. Creio que, o melhor mesmo é mostrar para estes que, nem tudo o que é dito é verdade. Quando pegos em mentiras, talvez os que acreditaram no que está sendo distribuido, cairão na realidade e, percebendo o embuste, percebem o quanto foram enganados".

Isso me calou fundo e hoje, Guardião aqui comparece exatamente para demonstrar algo neste sentido. Corre um vídeo pela aí onde o Tarcísio diz que não ocorreria aumento no preço da cobrança da água no pós privatização. E foi exatamente um absurdo aumento o que se viu já no primeiro mês. O mesmo ocorrendo aqui em Bauru, quando Suéllen Rosin, fez de tudo e mais um pouco para aprovar a privatização da água na cidade e, praticamente o fim do DAE como o tínhamos até então. E os aumentos já começam a ser sentidos no bolso do cidadão bauruense. Para tanto, basta algo simples, uma comparação das contas antes e o agora. Ou seja, mentiram.

Guardião não perdoa: "É isso. Eles mentem muito e se ficarmos só criticando, sem mostrar este lado, creio, choveremos no molhado. Precisamos ser mais assertativos, indo direito no ponto nevrálgico, no tendão de Aquiles. Ou seja, contou mentira, se faz necessário ser rápido, imediato e vir a público, não só contestar, mas mostrar onde a mentira ocorre. É o melhor jeito de desmontar a farsa. No caso bauruense do DAE, até por tudo o que já foi visto em outras situações, quando chega uma empresa privada, ocorre exatamente o contrário do que foi apregoado. Acabam por negligenciar com o aparato profissional existente, tudo é precarizado e, evidente, essas empresas visam em primeiro lugar o lucro, daí o preço sobe".
Isso tudo é muito lógico, como dois e dois são quatro - ou seria cinco?. "E mais, tem tanta mentira, tanta promessa de campanha que, sabemos não irá se concretizar. Na hora de se eleger, tudo é prometido, falado e reverenciado e depois, quando eleito, a coisa é bem outra e tudo é feito para que aquilo dito antes caia no esquecimento. Todo cuidado é pouco. Criticar é mais que válido, mas pegar no ponto crucial, onde mais sentirão é algo primordial. Quando perceberem a população não mais caindo no conto dito como verdade, terão que mudar de tática e com todos mais conscientes, uma mudança não só de mentalidade, mas de perspectiva de condução de uma administração. Para mim não existe isso de 'tudo dominado', quando podemos ir minando, mesmo que lentamente, mostrando mentira por mentira, como se dá de fato uma ação, mais danosa que proveitosa para a cidade", conclui o nosso intrépido capa e espada.

OBS.: Guardião é publicação mensal de Leandro Gonçalez, com seu preciso traço e com pitacos escrevinhativos do mafuento

*MANIFESTO!!!*
Conclamo os Eleitores Brasileiros para um *GIGANTE* protesto virtual, em toda a Nação Brasileira, para redução dos salários dos magistrados, senadores, representantes nas Câmaras Federal e Estaduais, assim como os representantes das Câmaras Municipais, em 60%.
Retirar seus benefícios de telefone celular, pois eles podem pagar do seu próprio bolso qualquer plano.
Tirar direito a passagens aéreas gratuitas e veículos blindados.
Privilégio de apartamentos.
Despesas de viagens desnecessárias, nesse momento em que tudo se resolve pelo virtual.
Que não se pague mais horas extras.
Nem alimentação em dias contínuos.
Que eles paguem por sua saúde e pensão como todos os Trabalhadores Brasileiros.
Não haja mais regimes especiais, só os criados por eles e para eles, que funcionem para todos os brasileiros 12 meses por ano.
Toda mamata deve acabar.
Ninguém é especial, todos somos iguais e todos desfrutam de 30 dias de férias, por ano.
Enviemos essa mensagem para *MUITOS* contatos eleitores, assim conseguiremos que não haja mais tantos privilégios alimentados com dinheiro de nós contribuintes.
Vamos também exigir a redução do número de parlamentares para cada unidade administrativa do Brasil. *NÃO SÃO NECESSÁRIOS TANTOS.*
*VAMOS LUTAR POR UM BRASIL MAIS JUSTO E EQUILIBRADO!!!*
Se você concorda, compartilhe esta mensagem.
A Câmara dos Deputados é formada por 513 *ELEITOS* por *NÓS*, e cada Deputado Federal recebe:
R$ 47.700,00 (Salário);
R$ 94.300,00 (Verba de Gabinete);
R$ 53.400,00 (Auxílio Paletó);
R$ 5.000,00 (Combustível);
R$ 22.000,00 (Auxílio Moradia);
R$ 59.000,00 (Passagens Aéreas);
R$ 17.997,00 (Auxílio Saúde);
R$ 12.100,00 (Auxílio Educação);
R$ 16.400,00 (Auxílio Restaurante);
R$ 13.400,00 (Auxílio Cultural);
Auxílio Dentista...
Auxílio Farmácia...
Já o Trabalhador R$1518,00 (2025), para sustentar a família.
Será que o problema do Brasil são os Trabalhadores? Os Aposentados?
*COMPARTILHEMOS.*
Obs final deste HPA: Milton Epstein é o autor deste manifesto e muito meu amigo. Hoje me envia este seu Manifesto, buscando incentivo para publicá-lo. Leio e o apoio, pois quanto mais estiverem circulando pela aí , melhor. Não podemos esmorecer, nem claudicar, se esconder e muito menos se omitir. Miltão quer fazer algo e o faz desta forma e jeito. Belo texto, belo motivo e tomara (toc toc toc) sensibilize quem de direito. Na segunda foto, o Miltão, que um dia foi proprietário em Bauru do O Mió - Restaurante.

reconhecimento
NADA MELHOR DO QUE ISTO
Chego no Confiança da vila Falcão e sou abordado num dos corredores por esta simpática senhora, que diz me ler e gostar muito do que escrevo. Sensibilizado, conversamos e ela me conta ser dali de perto, mora no coração da vila Falcão, ela e o marido, seu Wilson, que tudo observa. Ela, Roseli, funcionária aposentada da Prefeitura e ele, bancário e se aposentando na Perdigão. Conta ter sido vizinha da querida Márcia Pestana - trabalharam juntas na Prefeitura - e com saudade falamos dela, do marido e de como estão as coisas nos tempos atuais. Uma longa conversa, de alguém como eu, adentrando o mercado para comprar umas meras coisinhas, coisa rápida e instigado, acabo numa gostosa conversação, dessas que vão se prolongando de forma saborosa. Me disse mais - sempre me tocando profundamente -, pois confessa que um dos incentivos, tempos atrás, para continuar seus estudos, veio de meu pai, num banco escolar do então Colégio Stella Machado. Uma conversa puxa outra e relembramos muita coisa de meu pai, seu Heleno Cardoso de Aquino. Junto tudo e não tenho como deixar de publicar uma foto tirada deles, pois são estes pequenos detalhes, dentro do dia a dia, algo transformador e também incentivador para a continuidade do que venho fazendo. É muito mais que uma delícia ser abordado como o fui e, a partir daí, um papo e conhecer mais duas pessoas. Ganhei o dia. E só de saber que, alguém me lê e mais que isto, gosta, isso não tem preço.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

RELATOS PORTENHOS /LATINOS (141)


VOCÊ REPARA NAS PESSOAS DORMINDO PELAS CALÇADAS? ALGO PUBLICADO NO DIÁRIO PÁGINA 12, DA ARGENTINA ou COMO GOVERNOS DE DIREITA PRODUZEM AUMENTO DESMEDIDO DA MISERABILIDADE HUMANA
A história por trás da foto viral que expôs o crescimento do problema. - A rua, o destino dos caídos do modelo. Como resultado da crise, cada vez mais pessoas estão desabrigadas. A imagem da esquina de Callao com Corrientes, centro de Buenos Aires, expôs uma realidade palpável que os dados oficiais confirmam:
“Saí da livraria para a rua procurar uma coisa, levantei a cabeça e vi uma coisa que não acreditei, então tirei uma foto”, conta Alfredo Suhring à Página/12 : ele está falando do bairro de Corrientes e Callao, onde fica seu local de trabalho, a livraria Zivals. A foto que ele tirou mostra a longa fila de corpos de quem mora na rua. É dia, sexta-feira de manhã, a onda de calor está a todo vapor e os sem-abrigo dormem o melhor que podem, muitos com a cabeça virada para a parede como único gesto possível de proteção do exterior. A foto se tornou viral; Suhring postou nas redes junto com alguns parágrafos. “Este é o lugar onde trabalho há mais de 20 anos, nunca vi nada assim, parecemos zumbis, somos cegos. Esse quadro é muito doloroso e se repete em quase todos os quarteirões da Capital.” “Não gosto dessa liberdade ”, concluiu. É inegável o aumento explosivo do número de pessoas em situação de rua nos últimos meses. é muito claro, muito evidente”, confirma Horacio Avila, da organização Projeto 7, que trabalha no problema há quase 20 anos. “ Antecipávamos que isso aconteceria no início do governo Milei, quando ele. assinou o DNU que desregulamentou o. O aumento de todos os preços, o agravamento da pobreza e da miséria estão a ter essas consequências ”, descreveu.

Ávila diz que a maioria dos que ficam nas ruas são pessoas que vieram de empregos no mercado negro, numa altura em que o Governo promove a eliminação das protecções laborais mais mínimas. “Por exemplo, alguém que trabalha num lava-rápido, assim que a demanda cai, é avisado que acabou”, disse. “As chagas, as respigas independentes, também são afectadas pela queda do consumo”, acrescentou.

Como sempre aconteceu, a Cidade de Buenos Aires acrescenta aos seus moradores de rua aqueles que chegam da Província de Buenos Aires e do interior do país por uma questão de sobrevivência. Eles têm a expectativa de que na Capital consigam o mais básico, um emprego, um banho ou um prato de comida. Suhring diz que “sempre houve pessoas que pararam na calçada da livraria”. “Tento ajudá-los, mas desta vez a situação me oprimiu”, disse ele. Os arredores de Zivals estão cheios de ranchadas e gente solta tentando sobreviver no pior dos mundos. Rubén tem 30 anos e está sem teto há seis meses. Ele chegou de Rosário. “O que Buenos Aires tem é que sempre há algo para comer nas ligas”, diz ao Página12. A poucos quarteirões de distância, Lucas, 36 anos, diz que se mudou de Lugano para o centro para fugir de problemas familiares e vícios. Ele junta papelão e come três vezes por semana no refeitório da UTEP de Constitución. Depois, ele pede sobras aos comerciantes do centro da cidade. “É uma merda conseguir um emprego de novo”, diz ele, que é pedreiro e está deitado sobre a mochila na esquina da Uruguai com a Corrientes.

“Nunca vi tanta gente nova na rua que chega todos os dias como agora”, resume Carlos, que está na rua há vários anos, quase uma década. Ele sabe vasculhar como poucos. Antes morava em Avellaneda, mas não quer mais voltar. Andrés, um dos garçons do La Giralda, confirma: “Nos finais de semana explode com gente na rua, que vem fazer pedido, nunca vi nada parecido, a crise está batendo forte”, afirma.
Eis o relato completo da matéria de um dos locais mais movimentados da famosa Corrientes, esquina com Callao: https://www.pagina12.com.ar/799901-la-calle-el-destino-de....



FALTAM SÓ 50 NÚMEROS PARA FECHAR A RIFA DA AMANDA - UM QUADRO DO BACCAN
Amanda Helena é minha amiga, dessas intermitentes batalhadoras, dandso muito murro em ponta de faca, mas sabendo como ir tocando sua vida e extraindo de tudo algum néctar para continuar sobrevivendo. Hoje ela tem propósito na vida, que é o de reformar um quarto onde mora, ali atrás do supermercado Spani, parte baixa do bairro São Geraldo. Ela é minha escritora preferida, pois quando senta e solta o verbo, o faz com "sangue, suor e lágrimas". Escreve com um sentimento periférico inigualável. Para vencer mais essa barreira e ter este cômodo quitadso, precisa terminar de vender essa rifa, começada por meu pontapé inicial e com ajuda da Rose Barrenha, que doou um quadro do Baccan, a premiação. Ela vendeu metade e faltam mais 50 números, vendidos a R$ 10 reais. Volto à carga, compro alguns números e marco meus diletos amigos, pois se é para a Amanda, tudo vale a pena. Ela, além de merecer, precisa ter uma lugar mais confortável para ir produzindo mais e mais escrevinhações, dessas de entornar o caldo. Anotem aí o seu PIX, "poesiabelicamarginal@gmail.com" e vamos depois comemorar lendo mais e mais seus escritos perfuro cortantes. Faltam só 50 números...

REGISTRO DA 1ª MARCHA TRANS DE BAURU, NA NAÇÕES, DOMINGO PASSADO
No meio da tarde do último domingo, algo diferente do que se transformou a Parada da Diversidade, quando antes descia a Nações e hoje, estática e lá no Recinto da Expo. Nessa, um protesto dos mais valorosos, dando luz para o caso específico ocorrido recentemente quando da morte de uma mulher trans, LUANA LEON. Muitos do mundo LGBT morrem em situações pouco explicadas e acabam por cair rapidamente no esquecimento. No ato, além da marcha, uma parada providencial bem no meio da avenida, quando duas mães de pessoas trans fazem uso da palavra e expressam o sentimento de ser mãe nessa situação. Na sequência, a caminhada até o parque Vitória Régia e lá mais algumas apresentações, com marcantes posicionamentos. Ou seja, um feito para dar visibilidade para a questão do que se passa, efetivamente, dentro deste universo e, pelo que percebo, algo muito represdentativo do que poderá vir pela frente, até para fazer frente à forma como hoje é conduzido a Parada da Diversidade, que perdeu ao longo do tempo, seu significado principal. 
Clique no link de gravação feita por mim, com uma das falas de mãe com filha trans:https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/video/1260114061734776

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

MÚSICA (243)


SAÍMOS EM 20 DO DIRETÓRIO MUNICIPAL, MAS A MILITÂNCIA PETISTA CONTINUA MAIS AGUERRIDA QUE NUNCA
Matéria na edição de hoje do JC - Jornal da Cidade. Ou seja, a luta continua, sempre, ininterruptamente. Se tem algo contrário, mais forte, porém com incompatibilidades incontornáveis, não vamos perder mais tempo, seremos mais úteis fora da direção, militando dentro de um arrojado, vibrante e qualificado Núcleo de Base. Estaremos todos pela aí...

A TUUMM EU CONHECI HOJE E SAI DE SUA CASA JÁ COM UM PRESENTÃO
Conhecer pessoas é sempre algo grandioso, ainda mais quando essas são, de cara, expoentes de uma luz dessas com baita energia positiva. Senti isso hoje quando bati os olhos em Gysele Tuumm, em sua casa, lá naquela parte da cidade, onde ainda não existe um elo de ligação entre os bairros - a parte detrás do ex-Wal Mart, hoje Sam's e os costados lá dos altos da Getúlio Vargas. Fui até lá buscar a mana Helena, que havia me pedido carona e ao chegar, uma casa já preparada para se transformar num point de gente como eu. Olhei em volta e disse para ela, que é minha amiga no facebook e não a conhecia: "Isso aqui parece o meu lugar, é um verdadeiro Mafuá". Ou seja, ela junta coisas e vai espalhando pela casa, paredes cheias e tudo muito colorido. Astral divinal e rodeada de outras com o algo parecido. Me junto a elas e na mesa da sala duas caixas cheias de CDs. Fui arrebatado, não conseguindo me controlar. Fiquei a vasculhar, ela só observando. Disse ter ganho e vais espalhar num espaço quando abrir um bar ali. Ela já foi dona do Shiva, depois outros e agora, pensando num nome para manter a chama acesa. Me deixou lá, eu contando de minha coleção, os milhares juntados ao longo do tempo. Termino, ela vê que havia separado uns e disse se não quer me vendê-los. Não me deixou nem concluir a frase e me deu todos. Pronto, gamei. Prometo ser frequentador assíduo de seu novo bar e mana já arquiteta com ela um bazar para março. Agora conheço a Gysele e tum, tum, tum, gente que não sei nem porque demorei tanto para conhecer. deve ser uma dessas ótimas conversas, as quais a gente tem começo, meio e nunca tem fim.

PARTE DA BIBLIOTECA DO AMIGO TUIM PASSANDO PELAS MINHAS MÃOS NO DIA DE HOJE
Márcia Ferreira é minha velha conhecida. A conheci décadas atrás, esposa de meu finado e saudosoamigo Wilson Tuim. Tuim foi meu contador, estudamos História juntos, noroestinos e muita coisa vivenciado de luta e enfrentamentos nesta vida. Márcia ali sempre junto dele. Ele se foi há dois anos, no mesmo dia da posse do Lula em seu terceiro mandato. Dias atrás ela me contata e diz se não quero ir ver uns livros, que a sua filha Thaís separou para doação, depois se saber do projeto lá do Caixote no terminal rodoviário. Ligo para a ela e vou hoje lá buscar. Falamos muito do Tuim e não reencontro Márcia, pois agora está trabalhando numa clínica próxima do shopping. Quando boto os olhos nos livros, são todos da biblioteca do Tuim, algo que para mim, possuem valor inestimável. Tuim foi comunista católico, daí muita coisa de uma biblioteca versando sobre estes dois temas. Lemos muita coisa em comum e para minha surpresa trago de volta um que havia dado a ele mais de duas décadas atrás. É pra chorar. Coloco tudo no portamalas do carro e ao ir olhando um por um, perdi a respiração. Como este mundo dá voltas e neste vai e vem, reencontros inimagináveis. Thaís é quase da idade do meu filho, ambos passando dos 30 e ao conversar com ela, carregando ali em seu portão os livros que foram de meu baita amigo, impossível não passar um filme na cabeça. Alguns deles, com o carimbo da Biblioteca Tuim estarão agora lá no meu Mafuá, outros levarei para o Caixote. Essa vida me apresenta surpresas que nem sei como explicar.

BERGOCCE E EU NA RODOVIÁRIA, PROSA SEM FIM
Meu amigo reginopolense e hoje, guarulhense, Fausto Bergocce, toda vez que vai se reegernizar em sua cidade natal, Reginópolis, chega vindo de Sampa, nos reencontramos na rodoviária, enquanto aguarda seu horário de embarcar no pinga-pinga e assim colocamos as conversas em dia. No último domingo, ele, corintiano como eu, perdeu o jogo de seu time - perdemos também o jogo - e sentamos lá no Fran's Café, quando me trouxe mais uma baletalada de livros de Reginópolis, pois os meus já se evaporaram. Ele foi conhecer o Caixote de Livros, que eu e a Rose Barrenha abastecemos com livros, toda semana, faça sol ou chuva e creio, teremos que inscrever seu nome junto deos demais autores de Bauru e região. Com duas horas pro seu embarque, falamos de tudo e a prosa é dessas de ir esquentando com o passar do tempo e, por fim, quase ele perde o horário. Dono de um refinado traço, este meu amigo, conquistado nos meus tempos quando atuei na Cultura Municipal, foi se fortalecendo e se revigorando com o passar dos anos. Agora, ele deve estar lá batendo perna, revendo amigos, circulando nos bares e conhecendo o novo prefeito de sua cidade, recém empossado, após a cassação do anterior. Voltará cheio de novas histórias e na próxima quinta, quando passará novamente por aqui, sentaremos novamente, quando me atualizará de tudo o que foi acumulando na cachola nestes dias. E se bobearmos, até perde o ônibus para seu porto seguro, lá em Guarulhos. Pelos amigos a gente vai e vem, conversas que nã oacabam mais.

desvendadando e destrinchando REINALDO CAFEO
O ORÁCULO DE BAURU: QUANDO SE TROCA O ECO DA BOLHA À HONESTIDADE INTELECTUAL, texto de Fernando Redondo
Reinaldo Cafeo, economista de renome local, se posiciona como uma voz influente no debate econômico regional e nacional. Mas, é curioso observar como sua narrativa parece cuidadosamente alinhada ao gosto de uma audiência específica – aquela que prefere a previsibilidade de críticas ao governo atual e a omissão de qualquer ponto que possa sugerir avanços ou conquistas.
Enquanto se apresenta como um arauto da “austeridade fiscal”, silenciosamente poupa o governo anterior, que multiplicou emendas parlamentares e explodiu o orçamento em negociações políticas para se reeleger. Um exemplo claro é sua omissão diante da polêmica envolvendo a possível tentativa do atual governo de taxação do PIX, que era Fake (mentira), deixando de informar que tal proposta partiu na "verdade" do governo Bolsonaro, feita pelo seu então ministro da Economia, Paulo Guedes. Apesar de agora criticar qualquer suposição de gastos ou mudanças no sistema fiscal, Cafeo evita mencionar que Guedes, fundador de empresas como Pactual, JGP e BR Investimentos, foi quem primeiro sugeriu medidas que onerariam o sistema financeiro utilizado massivamente pelos brasileiros.
A controvérsia Paulo Guedes
Vale lembrar que, além de sua gestão como ministro, Paulo Guedes carrega em seu histórico a polêmica da BR Investimentos, que captou mais de R$ 1 bilhão de fundos de pensão como Previ, Petros, Funcef, Postalis e BNDESPar. Esses investimentos, destinados a aplicações em educação, ainda são alvo de investigação da Operação Greenfield, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, que apuram indícios de gestão fraudulenta ou temerária. Apesar de negar qualquer irregularidade, Guedes permanece sob o escrutínio de investigações que lançam dúvidas sobre sua conduta ética.
Curiosamente, Reinaldo Cafeo nunca se debruça sobre esses temas em suas análises. Em vez disso, prefere perpetuar a narrativa de que o mercado e seus “heróis” são infalíveis, praticando um jornalismo que omite informações essenciais e distorce o debate público.
O economista “independente”
Cafeo gosta de se vender como um analista imparcial, guiado apenas pelos números. Mas as escolhas de suas narrativas dizem o contrário. Sua parceria com a elite econômica local, simbolizada pela atuação junto à Fundação Dom Cabral, reflete um alinhamento com os interesses daqueles que preferem ver o estado reduzido a um serviço de manutenção de seus próprios privilégios.
Quando o assunto era o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por exemplo, a adulação é quase caricata. Para Cafeo, não há espaço para questionar a independência de uma instituição que, em teoria, deveria equilibrar interesses públicos e privados. Afinal, qualquer sinal de crítica poderia desagradar àqueles que ele busca agradar.
A bolha que sustenta o economista
O que torna Reinaldo Cafeo relevante não é sua capacidade analítica, mas sua habilidade em repetir aquilo que sua audiência espera ouvir. Ele não apenas ignora contextos – como o impacto global de crises econômicas e sanitárias –, mas também amplifica narrativas que reforçam o medo e a incerteza. O resultado é um discurso que, ao invés de esclarecer, obscurece.
Cafeo critica o governo Lula por ser “analógico em um mundo digital”, mas sua própria narrativa é um clichê que poderia ter saído de qualquer editorial conservador dos anos 1990. Sua visão econômica está presa a dogmas que ignoram soluções inovadoras e inclusivas. No fundo, seu discurso não é sobre economia – é sobre preservar uma hierarquia social que o beneficia.
Conclusão: O analógico no mundo digital
Reinaldo Cafeo é o retrato de uma elite econômica que prefere viver em uma bolha, alimentada por discursos que validam seu status quo. Ele não é um economista no sentido pleno do termo; é um artista da conveniência, um orador que entrega à sua audiência exatamente o que ela quer ouvir.
Mas a pergunta que fica é: até quando? Até quando a sociedade aceitará análises superficiais que só servem para perpetuar um ciclo de desinformação? Talvez seja hora de substituir os oráculos de sempre por vozes que realmente desafiem o status quo – e não apenas o critiquem quando convém.
Por enquanto, é isso que temos: um discurso previsível para uma bolha que se recusa a estourar.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

AMIGOS DO PEITO (234)


O ZÉ TÁ BEM, PODIA TER SIDO PIOR PRO NOSSO "HOMEM ARANHA"
Essa história eu tenho que contar. Tudo nessa vida tem uma explicação e fundamento. Tudo acaba se encaixando, mesmo que o mundo dê muitas voltas e, trinta anos depois, tudo se interliga novamente, divinalmente. Todos os personagens desta história são pessoas mais que grandiosas, diria mesmo, espetaculares.

O Zé Roberto Reginato é de Pederneiras, trabalhou uma vida quase inteira na Oficina de Fotografia da FAAC/Unesp e após a aposentadoria pratica a mercenaria na garagem de sua casa. Segue sua vida e vez ou outra bate cartão por aqui, amigos por todos os lados. Duas semanas atrás foi subir num telhado, numa festa com gente amiga e caiu lá de cima, altura de quatro metros. Ficou bonitinho por fora, mas por dentro um estrago. Não conseguiu mais fazer nada sózinho, nem andar. Foi pro hospital, teve todo atendimento lá por sua cidade e depois em casa, não conseguia sair da cama. Muitas dores, banho com panos e fraldas. Situação complicada. Tudo por querer dar uma de "homem aranha", sem a agilidade deste, quando nem idade tem mais pra essas aventuras com escadas.

Quem lhe socorreu prontamente ao saber do ocorrido? O filho, que mora com ele, tem trabalho diário em Bauru e outro mora no Rio Grande do Sul, impossível permanecerem ao seu lado. Quem para Pederneiras se deslocou foi sua ex-esposa, a Rosi Janice Momberger Souza, que deixou seus afazeres lá no sítio rural, onde mora, no paraíso de Iguape, deixando o cão aos cuidados do vizinho e vindo fazer o que tinha que ser feito, cuidar do danado.

Acabou tendo que voltar para Santa Casa de Pederneiras, de lá para o Hospital de Base, aqui de Bauru e na UTI, fez todas as radiografias necessárias, pelo santo e eficiente SUS, o que verdadeiramente salva a vida das pessoas no Brasil. Constatada a fratura de nove pequenos lugares, agora só sairá do hospital quando a Sorri entregar pronto um colete de aço, confeccionado um a um, sob medida, pago pelo SUS, onde deverá permanecer por até uns 10 meses, até tudo voltar ao normal dentro dele.

Por enquanto, ele sai hoje da UTI, vai pro quarto e aguarda o colete ficar pronto, com atendimento de primeira linha, na UTI, mais de oito médicos, todos ali no batente e a todo instante e no quarto, eficiência para fazer tudo o que Rosi vinha fazendo sózinha, dar até banho no grandão, pois além de tudo, ele é pesado pra dedéu. O Zé está bem, cheio de dores, mas vai sair dessa. Vai demorar um bocadinho, vai ter que permanecer no estaleiro por ainda um bom tempo, mas graças a Rosi e também ao Mauricio Dos Passos, que já veio de Pederneiras pra cá um monte de vezes, indo e voltando com a Rosi, cuidando do amigo de longa data, mais de 40 anos, tendo até morado juntos, bem lá atrás, numa república na capital. Inseparáveis em tudo. Isso sim é rara amizade.

Hoje, domingo, parei tudo e fui prosear com os dois, a Rosi e o Maurício, quando me contaram detalhes de como anda de fato meu amigo Zé. Muito bom ter notícias boas e mais, ter notícias de como se dá o tratamento médico no Brasil - viva para o SUS - e de como é isso dessas relações humanas perdurando ad eternum, com gente realmente disposta a se doar para o semelhante. O Zé está lá agora curtindo sua estada no Base em Bauru e nós aqui, podendo até rir de tudo o que aconteceu, mas preocupados com isso de querer envelhecer e achar que ainda podemos fazer coisas como antes. Não podemos e o que aconteceu aqui é um belo exemplo. Abracei muito a Rosi e o Maurício. Só não fui visitar o Zé no hospital por causa de uma forte gripe, que me dana por inteiro, mas irei, ainda mais já ciente de que ele escapou dessa. A história da Rosi é encantadora, que baita mulher e já queria escrevinhar mais e mais dela e de tudo o que possibilitou ao seu ex, não medindo esforços para ajudá-lo neste momento. A vida é mesmo bela quando estamos frente a frente com gente como estes três aqui do meu relato dominical.

COLOMBIANO PETRO RESPONDENDO TRUMP - AULA DE LATINIDADE
Carta aberta do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para Trump - 26/01/2025
“Trump, não gosto muito de viajar para os EUA, é meio chato, mas confesso que tem coisas que valem a pena, gosto de ir aos bairros negros de Washington, lá vi toda uma briga na capital dos EUA entre negros e latinos com barricadas, o que me pareceu estúpido, porque deveriam se unir.

Confesso que gosto de Walt Withman e Paul Simon e Noam Chomsky e Miller
Confesso que Sacco e Vanzetti, que têm o meu sangue, na história dos Estados Unidos, são memoráveis ​​e os sigo. Eles foram assassinados por líderes operários com a cadeira elétrica, pelos fascistas que estão dentro dos EUA e também dentro do meu país.

Não gosto do seu petróleo, Trump, vai destruir a espécie humana por causa da ganância. Talvez um dia, tomando um whisky, que aceito, apesar da minha gastrite, possamos conversar francamente sobre isso, mas é difícil porque vocês me consideram uma raça inferior e eu não sou, nem nenhum colombiano é.

Então, se você conhece alguém que é teimoso, sou eu, ponto final. Com a sua força económica e arrogância, pode tentar levar a cabo um golpe de Estado como fizeram com Allende. Mas eu morro na minha lei, resisti à tortura e resisto a você. Não quero traficantes de escravos perto da Colômbia, já tínhamos muitos e nos libertamos. O que quero ao lado da Colômbia são os amantes da liberdade. Se você não puder me acompanhar, irei para outro lugar. A Colômbia é o coração do mundo e vocês não entenderam, esta é a terra das borboletas amarelas, da beleza dos Remedios, mas também dos coronéis Aurelianos Buendía, dos quais sou um deles, talvez o último.

Você vai me matar, mas eu sobreviverei na minha cidade que é anterior à sua, nas Américas. Somos pessoas dos ventos, das montanhas, do Mar do Caribe e da liberdade.

Você não gosta da nossa liberdade, ok. Eu não aperto a mão de traficantes de escravos brancos. Aperto a mão dos herdeiros libertários brancos de Lincoln e dos meninos camponeses negros e brancos dos Estados Unidos, em cujos túmulos chorei e rezei num campo de batalha, ao qual cheguei, depois de caminhar pelas montanhas da Toscana italiana e depois de salvar eu mesmo de cobiça.

Eles são os Estados Unidos e diante deles eu me ajoelho, diante de mais ninguém.
Faça-me presidente e as Américas e a humanidade responderão.
A Colômbia agora deixa de olhar para o norte, olha para o mundo, o nosso sangue vem do sangue do Califado de Córdoba, da civilização daquela época, dos romanos latinos do Mediterrâneo, da civilização daquela época, que fundou a república, democracia em Atenas; Nosso sangue tem os negros resistentes transformados em escravos por você. Na Colômbia é o primeiro território livre da América, antes de Washington, em toda a América, lá me refugio nas suas canções africanas.

A minha terra é da ourivesaria existente na época dos faraós egípcios, e dos primeiros artistas do mundo em Chiribiquete. Você nunca nos dominará. O guerreiro que cavalgou nossas terras, gritando liberdade e cujo nome é Bolívar, se opõe. Nosso povo é um tanto medroso, um tanto tímido, é ingênuo e gentil, amoroso, mas saberá conquistar o Canal do Panamá, que você nos tirou com violência. Duzentos heróis de toda a América Latina jazem em Bocas del Toro, atual Panamá, antiga Colômbia, que você assassinou.

Eu levanto uma bandeira e como disse Gaitán, mesmo que fique sozinho, ela continuará a ser hasteada com a dignidade latino-americana que é a dignidade da América, que o seu bisavô não conhecia, e o meu sim, Senhor Presidente , um imigrante nos Estados Unidos.
Seu bloqueio não me assusta; porque a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo. Eu sei que você ama a beleza como eu, não a desrespeite e ela lhe dará sua doçura.

A COLÔMBIA ESTÁ ABERTA AO MUNDO TODO A PARTIR DE HOJE, DE BRAÇOS ABERTOS, SOMOS CONSTRUTORES DE LIBERDADE, VIDA E HUMANIDADE.
Eles me informaram que vocês colocaram uma tarifa de 50% sobre o fruto do nosso trabalho humano para entrar nos EUA, eu faço o mesmo.
Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo”.

domingo, 26 de janeiro de 2025

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (196)


DETALHES DA HISTÓRIA DE GENTE PELA AÍ
01.) O BAR DO CÉLIO EM JÁU É POINT DO FUTEBOL E DA PROSA
Seu Célio é dono de um famoso bar nas cores verde-amarelo, as do time de sua aldeia, o XV de Jaú, numa das esquinas, ruas que levam ao estádio Zezinho Magalhães - todos os caminhos levam à Roma. Sabe receber os visitantes, clientes, torcedores e botequineiros como poucos, ou seja, é do ramo. A especialidade da casa são alguns pratos típicos de botequim, mas o melhor de tudo é a prosa. Estive ali por duas vezes neste mês, quando fui presenciar jogos da Copa SP Futebol Jr por lá. Num espaço não tão grande, abrigando gente de todas as torcidas, ele instalou cinco aparelhos de TV e todos, transmitindo futebol ou até mesmo algo diferente, desde que a clientela assim o peça. Ele sabe que sou bauruense, nem por causa disso me tratou a mim e meus amigos com alguma descortesia. Num certo momento, me puxou pelo braço para o interior do bar e fez questão de me mostrar algo: "Isso aqui tinha muito antes, mas hoje só eu ainda faço aqui em Jaú. É a tabela dos jogos do campeonato da AIII, onde o XV vai estar jogando". Fiquei encantado, trouxe alguns para distribuir entre considerados. Tomamos algumas e quase juntamos mesas com gente que nunca havia visto na vida, mas que estava ali pelos mesmos motivos que eu, o futebol e a alegria de se encontrar e reencontrar nos bares da vida. Seu Célio ficou uns dias com o estabelecimento fechado em janeiro, não pelas regulares férias que sempre faz em janeiro, mas para cuidar de um parente acamado. Voltou, o parente ainda em recuperação e ele ali, atrás de um dos balcões mais gostosos da cidade de Jaú, destes lugares que, com certeza, sairia de Bauru, seguiria até Jaú, só para sentar junto daquele povo proseador. Virou rotina, passando por Jaú, ele estando de portas abertas, passo por lá e em cada quadro de sua parede, ele me conta uma longa história, inclusive de gente com a camisa noroestina.


2.) FAMÍLIA VENDENDO CHURRASCO E CERVEJA NA ENTRADA DOS ESTÁDIOS PAULISTAS
Este trio presente aqui nestas duas fotos são mais do que conhecidos nas quebradas bauruenses e da região, principalmente beiradas de campos de bola, como churrasqueiros de porta de estádios. É uma linda família, sempre unida e desvendando onde vai acontecer por estes dias uma partida de futebol, daí saem de casa se dirigindo para lugares distantes, tudo para vender um churrasquinho feito na hora ou uma cerveja gelada. Dizem, tudo vale à pena. Seu Jason, o pai, dona Telma, a mãe e a filha, Jaqueline, são desbravadores do sertão da bola. Conheci eles todos, muitos anos atrás, no portão principal do Alfredo de Castilho, o estádio do Noroeste, mas quando fui assistir um jogo decisivo lá em Novo Horizonte, me surpreendi, pois lá estavam eles. Depois, naquela febre da construção da Bracell, em Lençóis Paulista, com gente aos borbotões espalhados por Bauru, eles montaram sua banca lá no parque Vitória Régia e deitou fama e fumaça de churrasco por todos os cantos do lugar. Fez sucesso, ficou mais conhecido. É destes que vai aonde a coisa acontece e sem medo de ser feliz. Une o últil ao agradável. Nas duas vezes em que estive em Jaú neste mês, vendo jogos da Copa SP Futebol JR, eles estavam no portão do estádio e quando rindo, brinquei deles serem um tanto ciganos, me disseram que dias atrás tinham ido até Araraquara, outra sede de jogos, diantes 160 km de Bauru, pois lá, segundo eles, não existe ambulantes dedicados como eles. Estão também, quando não tem jogo no dia, toda quarta à noite na feira noturna do Vitória Régia, batendo um bolão numa das entradas, oferecendo o que possuem de melhor, que é a simpatia e quando, de longe, me observa chegando, levanta uma lata de cerveja, abre um baita sorriso e diz: "Não é dessa que você gosta?". Ele já aprendeu a saber a de minha preferência e gosto. Essa família faz de tudo um pouco para ir conseguindo levantar algum para ir tocando a vida e quando descobriram o filão do churrasco com cerveja, sempre na beirada de calçada, dele ficarão mestres. São a família com mais quilometro rodado que conheço neste negócio de ir seguindo e escarafunchando as trilhas do futebol pelo interior paulista. Quem não os percebe pelos campos, não entende nada disso de cavar espaços no dia-a-dia interiorano. Personagens marcantes e dos mais dignos das estradas da vida - e da bola.

3.) SATO MONTOU ALGO POUCO USUAL NO QUINTAL DE SUA CASA
Seu Sato é de origem nipônica e muito conhecido nas quebradas do centro velho bauruense, onde viveu a maioria dos anos de sua vida. Depois de ser, fazer e acontecer por onde circulou, amealhou amizades e gente o querendo bem. Quando cansou um bocadinho da agitação , voltou para seu canto e ali montou uma espécie de santuário, onde reúne amigos e considerados, para continuar a conversa iniciada nas ruas. Seu canto é algo surreal dentro de tudo o que conhece na concepção de um bar como o conhecemos. Na verdade, ali é sua residência, na quadra 4 da rua Anhanguera, vila Cardia, perto da sede do Jornal da Cidade. Tudo leva a crer ali ser um bar, mas na verdade é um local para receber gente que o considera. A pessoa chega, não existe nenhuma placa ou identificação no local. A pessoa chega, aperta a campainha e do outro lado, aparece em instantes seu Sato, quase sempre sem camisa, devido ao calor destes dias. Confere se é pessoa conhecida e autoriza a entrada. Após seguir pelo quintal, uma edícula coberta junto da porta da cozinha, local onde alguns sofás e poltranas estão contornando o salão. A pessoa pode até trazer algo diferente pra comer, pois lá só estes salgados plastificados, mas para beber, só dele. A cerveja está sempre gelada e neste último domingo, quando saia da feira, encontro na rua o Kyn Junior e seu filho, estes com um frango assado nas mãos, me param e ouço: "Nos leve para um lugar aqui perto, que sei não conhece e vai te surpreender". Topei a parada e em minutos estávamos sentados no salão principal do santuário do seu Sato. Ele vive assim, modestamente e recebendo amigos, que ele garbosamente denomina de "Diretoria". Realmente, um lugar diferenciado, que na verdade não é nem um bar, nem um santuário, mais para um "aparelho", nos moldes dos antigos lugares onde se refugiavam os contestadores contra a ditadura militar, mas numa concepção diferente, algo alegre, onde se vai para prosear. Sato deixa todo mundo à vontade em sua casa, e desta forma, perdi a hora para retornar ao lar, mas confesso, conheçi este, que com certeza é um dos lugares que nem imaginava existir dentro dos redutos bauruenses. Agora sei, quando precisar me refugiar, ficar longe de tudo e todos, nada como apertar a campainha do Sato e ali permanecer por algumas horas apartado do resto do mundo.

4.) A HISTÓRIA DO FARMACÊUTICO DO SERTÃO, PAI DO ZECA BALEIRO
Quase nunca posto coisas “familiares” aqui. Tenho reservas ainda, mesmo sendo “público”. Considero isso tudo de algum modo precioso demais para expor.
Não condeno quem o faça, é só quem sabe a força do meu gen interiorano falando alto.
Fiz um post quando minha mãe partiu (inevitável!) e outro quando meu pai fez 100 anos.
Hoje ele faz 102, e segue firme como pedra, lúcido e ativo.
Meu pai é um herói pra mim.
Fui muito amado na infância, não tenho queixas, por isso terapeutas não se criam comigo ().
A vida do meu pai daria um filme. Filho de imigrantes sírios que vieram para a Baixada Maranhense (Arari), como tantos, ele estudou Farmácia, mas foi obrigado a parar por um acontecimento familiar trágico: pai e irmão morreram no espaço de uma semana. O irmão deixou 6 filhos, dos quais meu pai cuidou com zelo de pai legítimo.
Atuou como “enfermeiro prático”, como diz - mas na verdade sempre esteve mais pra “curandeiro”.
Tratou gente com lepra e malária, fez partos e até complexas cirurgias com coragem intrépida e uma intuição rara.
Salvou afogados, gente surrada e baleada nos torrões brutos do interior maranhense.
Na velhice, se transformou em fabricante de licores, conservas e a já clássica “catuaba composta”. Virou “celebridade” cultural da cidade de São Luís, onde vive.
Sempre alquimista, sempre pajé.
Inquebrável como uma baraúna no chão rachado do sertão.
Viva Tonico, sempre na área!
Se derrubar, é pênalti.
Texto do cantante ZECA BALEIRO.
HPA, pela transcrição (Obrigado pelo envio Nei Silva Lima).

outra coisa
QUINTO LIVRO LIDO NO MÊS: "PALAVRAS DE CONCRETO ARMADO - VOZES PERIFÉRICAS NA LITERATURA - EDITÔRA MIREVEJA, 2022, 148 PÁGINAS
Em Bauru a coisa é feia e o bicho pega muito mais do que se imagina, principalmente entre pessoas como este que aqui escreve, cria das rebarbas da Zona Sul e achando que conhece de fato, algo do que se passa nos rincões distantes da periferia desta cidade. Eu acho que conheço os caras das quebradas, quando na verdade conheço pouco, quase nada. Gravito em outras paragens, mas os entendo e dou todo meu apoio, pois sei de todas as dificuldades de quem vivencia de fato a vida do lado de dentro das periferias. Eu me intero de tudo, mas quanto mais leio, ouço e acompanho, mais surpresa e espanto.

Quando termino, de uma só golfada, a leitura deste livro com escritos com as vozes da periferia, além de tudo o que leio me encher de esperança, a nítida percepção de que, a vida flui desbragadamente fértil pela aí e, se bobear, a gente nem toma conhecimento. Estes que aqui estão neste livro não estão sendo reconhecidos e aparecem em páginas de grande exposição. Até espaços para ler estes precisamos cavar, mesmo muitos deles escrevendo regularmente pelas redes sociais. Este livro é algo grandioso e quanto mais neste sentido fluir por aí, melhor para expor estes e mostrar do que são capazes. Que baita timaço. Se faltou alguém, foram poucos. 27 pessoas, escritos contundentes, incisivos, perfuto-cortantes. Enfim, "um grande caldo artístico que se forma em bairros distantes e ecoa por todos os cantos da cidade, que domina praças e viadutos e, agora, adentra as estantes das livrarias e bibliotecas".

Algumas frases:
-"O fato é que eu durmo na mesma cama todos os dias. Àz vezes com outro alguém, mas sempre sozinha", Agnes Analua.
- "Copão, pra quem não conhece as adegas das quebradas, trata-se de 700 ml de uma mistura de whisky, de procedência ultraduvidosa, e energético. Um coquetel molotov nas vísceras gástricas e sentimentais", Amanda Helena Gimeno.
- "Odeio e ridicularizo qualquer coisa que apague, diminua ou romantize todas as durezas concretas que nos mastigam com habilidosos maxilares todos os dias" e "Terra devidamente dividida por aqueles que não dividem nada (mas dividem todos)", Ariane Souza.
- "...percebi que todos tinham/ em suas mãos um celular/ ninguémfala com ninguém/ mesmo assim vou perguntar", Diogo Cardoso (D. Gordão).
- "Só fazemos as contas pra pagar as contas", Estrofe MC.
- "E eu gosto é disso mesmo, a rua surpeende, tira suas certezas e arremessa em meio aos carros", Gabriel Lagrotta.
- "Tem território em que vocês não pisam, e para ganhar a guerra tem que entender da terra que pisa", Igor Fernandes.
- "Percebeu também que tá faltando mês nos nossos salários? Eu nem lembro qual é o animal na nota de conquenta", Karol Lombardi.
- "Sou do lugar que só eu frequento", Lôly.
- "Não tem dorflex quando o músculo que dói é o coração", Renato Bueno.
- "É, eles tentam nos calar de todas as formas - ah, se você questionar, nã oestará amanhã aqui para contar a sua história. (...) É avião presidencial levando cocaína pra senador e você vem chamar de traficante quem está com um baseadona praça?", Tetê Oliveira.

sábado, 25 de janeiro de 2025

COMENDO PELAS BEIRADAS (156)


NADA MAIS É SÉRIO NESTE desGOVERNO DE SUÉLLEN, INCLUSIVE PELO QUE FEZ COM AS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS"
"Henrique, por que você não foi na Audiência Pública de ontem na Câmara, feita para discutir os rumos do Carnaval em Bauru?", me pergunta amigo aqui pelas ondas internéticas. Verdade, não fui, mesmo sendo convidado. Não quis presenciar mais algo inútil sendo realizado no interior de nossa Câmara. A alcaide, Suéllen Rosin, agora com muita soberba, diante dos 17 x 4 conquistados em toda votação naquela Casa de Leis, resolveu não mais permitir que nenhum dos seus subordinados compareça a mais nenhuma AP - Audiência Pública, esvaziando-as, sem que nenhuma ação concreta de reversibilidade ocorra. Assim sendo, iria lá para que, para ver a vereadora esbravejar em algo, que ela sabe, poderia ser canalizado de outra forma e jeito, porém insiste, mesmo com sua AP servindo, neste momento, para quase nada.

Estamos a viver momento histórico, da consolidação de Trump, Tarcísio e Suéllen, todos da mesma linhagem e concepção política. Acuam tudo e todos, dane-se o que pensem, "somos o poder, impomos e poucos ousarão contestar". Neste quesito do Carnaval, Suéllen toda vez em que é abordada se mostra favorável, diz que está fazendo o possível, coisa e tal. Até parece tudo normal. Não o é. Ela fala que está fazendo da boca pra fora, pois tudo neste quesito, que ela abomina é feito para depreciar, retardar, demorar e assim, acaba acontecendo, mas na bacia das almas, tudo meia boca, feito às pressas e com a população depois vendo do improviso, acaba também depreciando a festa. Foi e será assim em todos seus anos de desGoverno. Notem: ela nunca desmerece a festa, mas também nada ocorre dentro da normalidade. Hoje mesmo, ninguém sabe quando sairão os valores para blocos e escolas incrementarem a festa com verba pública. Como nos anos anteriores, tudo chegará dias antes da festa, ou até mesmo depois. Inconcebível. Jogo sórdido, rasteiro, repetitivo, cansativo e expressando muito bem como age essa administração.

A vereadora que agendou a AP sabe disso tudo, mas prefere fingir que não sabe. Ganha estando nas frentes do microfone e câmeras, mesmo quando tudo acontece sem a presença dos ilustres convidados. Uma pena isso ocorrer todo ano e às vésperas da nossa maior festa. Ontem mesmo outro amigo me dizia: "Fosse uma festa neopentecostal, tudo teria sido preparado com muita antecedência, para acontecer dentro da normalidade. Já, o Carnaval, a novela se repete. E o vereador, presidente da Câmara e seu assessor principal, presidente da Liga das Escolas de Samba, aliados de primeira mão da alcaide, fingem brigar por verbas e ações, ainda lucrando com tudo, quando de sua chegada, mesmo essa só ocorrendo na última hora". Tem toda razão, eu não participo mais deste circo. Prefiro ficar no meu canto e denunciando tudo, como faço neste momento.

COMENTÁRIO DE FERNANDO REDONDO NO MEU POST:
"Mas existe recursos oriundos do governo federal que o governo Suéllen Rosim deve prestar conta, o Dr Pedro, do ministério público federal talvez não seja tão complacente como estamos assistindo por parte do MP estadual.

Henrique, na sexta-feira eu vi o Caffeo perder a boa com críticas que estavam chegando a ele no programa de manhã CIDADE 360, ele havia perdido a mão nas críticas contra o governo, imparcial nunca foi, exagerou com as críticas as políticas econômicas do governo, sempre enxergando pelo meio do copo negativo. Os ouvintes nas redes sociais não perdoaram! Caffeo estreiou hoje um novo programa, sábado, programa este patrocinado pela Pascholoto, resumindo, o que era ruim Caffeo conseguiu produzir algo pior, assim sendo vai receber da minha parte algumas horas de dedicação para tratar a respeito. Conto com o amigo para pensar na sua pauta.

O que me surpreende no Caffeo é o que se tornou, ele com a sua origem, morador do Bela Vista, estudou no Morais Pacheco, ascendeu na Igreja Católica, especialmente no Colégio São Francisco na coordenação de grupo da juventude católica, dificilmente fala da sua origem, dos pais trabalhadores, comerciantes de vestuário das nossas feiras livres. Perdeu todo o compromisso que pede o jornalismo. Cria do liberalismo especulativo que nada produz e trabalha com o mercado para trazer dificuldades as políticas econômicas do atual governo. Na recente questão do PIX, de maneira desonesta, porque ele sabe, foi o Guedes, ministro do Bolsonaro que queria taxar o PIX e isso ele não informa. Henrique, parabéns pelo seu trabalho de conscientização e dos outros que também entregam dedicação neste nosso ideal voluntário. Infelizmente, se o povo ficar ligado na nossa imprensa local estaremos literalmente a deriva na busca de informação honesta".

COMENTÁRIO DE LU REZENDE NO MEU POST:
"Se o povo do carnaval fosse realmente unido fariam alguma coisa nem que fosse um protesto nas ruas de Bauru, mas não são, falo pq conheço muito bem como é, "A união faz a força", mas há muito Ego envolvido nisso, eu sempre fui amante do carnaval, mas confesso que esse ano estou sem vontade nenhuma de participar por essas e outras coisitas mais.

O dia que Escolas, Blocos, comerciantes e público amante do carnaval se juntarem de verdade pra fazer algo a favor do carnaval, começando pela recuperação do Sambódromo, muito importante isso, a coisa muda de figura, eu faria um documentário envolvendo todos, mostrando em números a diferença que faz o dinheiro que entra nessa época para a Cidade, entre outras coisas, muitas idéias quase ninguém interessado em fazer algo que realmente faça efeito.

Quantos empregos são gerados no Carnaval? Quantas famílias se beneficiam ? Fora a alegria que gera para quem gosta, mas quem realmente se importa ? Quem tem coragem de colocar a cara a tapa e se expor? Muito poder envolvido né? Ficar mal perante algumas autoridades? Quem está disposto a correr esse risco?

Amo o Carnaval e quem me conhece sabe disso, mas ao longo desses anos, muitas decepções eu tive, por esses motivos , a omissão de quem podia fazer algo e não queriam se expor, parei de brigar pelos outros , onde fui taxada de barraqueira e hoje brigo por mim apenas, mas aqui fica minha dica , minha verdade, minha apenas , isso não quer dizer que estou certa para os outros , apenas para mim mesma".