TRÊS MOMENTOS
1.) A DIFERENÇA ENTRE NEUTRALIZAR E HARMONIZARA ministra Cármen Lúcia, do STF, quando proferia seu voto ontem, numa agradável conversa com o ministro Alexandre de Moraes, contava ter sido abordada dias atrás por uma senhora, essa descontente pela forma como estava a decidir o destino do agora condenado, Jair Bolsonaro. Diante dos argumentos da senhora, essa soltou algo de como se dá a ação dos seguidores do bolsonarismo, "meu marido disse se faz necessário neutralizar essas decisões do ministro Moraes". Foi quando os ministros, entre risos, discutiram a enforme diferença entre os termos "neutralizar" e "harmonizar".
A confusão maior foi porque a tal senhora disse à ministra não ser assim tão ruim isso de "neutralização facial". Ainda disse, que "uma amiga fez e não ficou ruim". Na verdade, confundem o lé com o cré. No caso dos bolsonaristas, como se viu quando da tentativa de golpe, o termo neutralizar é levado ao pé da letra, pois existia planos de matar, a princípio três pessoas, Lula, Xandão e Alckmin. Este seria o modus operandis, bem diferente da tal da "harmonização facial".
Não se iludam, pois vivemos tempo onde estão sendo expostos modos e maneiras de reação dos que, perdendo a eleição, não aceitam e partem para algo nada harmônico. Existe um ódio pairando no ar, em algo tão explícito, como o simples respeito à legislação existente, no caso nossa Constituição é vista como aberração, tudo para favorecer uma famiglia, essa vivendo na contramão da normalidade, já confirmados, fazendo parte de uma "organização criminosa".
Os ministros do STF hoje sofrem ataques e, mais que isso, ameaças de "neutralização", essas ocorrendo frequentemente e sendo não só repudiadas, como investigadas, pois precisam ser punidas. Na verdade, os tais "neutralizadores", estão instigando o presidente norte-americano, o irracional Donald Trump a agir, também de forma "neutralizadora" e intervir no Brasil. Quem apoia Trump, na verdade, apoia ações como a pretendida ocorra na Venezuela e, quiçá, aplaudem Israel exterminando com os palestinos de Gaza, não defendem o Brasil e sim, quem o apunhala e o quer subserviente e sem soberania.
Não consigo mais vislumbrar como será possível harmonizar a convivência com quem ainda enxerga nos Bolsonaros, algo salutar. Neutralizar para mim é eliminar todos os que pensam diferente, mesmo que estes estejam somente defendendo a aplicação da lei.
Eu sempre estive ao seu lado. Uma pessoa idônea, competente e honesta, como poucos hoje neste país. Sua história de vida me seduz. Foi e é uma mulher de fibra a sua vida inteira. Continua sendo. Irretocável. Tanto que, hoje preside o Banco do BRICs, segundo mandato e lá continuando a pedido do presidente chinês. Competente até demais da conta. Belezura de pessoa humana. Essa montagem aqui compartilhada aparece sempre ocorrendo algo onde sabe-se ela bateu de frente, perdeu, mas na verdade, ganhou, pois em questão de posicionamento político, não perdeu uma. E daí, ela ri. Lembram-se da distória de juntar ar. Riram dela, mas hoje ela é quem ri. Neste momento, quando Jair Bolsonaro pegou 27 anos de cana dura, ela até pode não estar rindo como na foto, mas por dentro está a cada momento com este, ciente de estar sempre do lado certo, junto do que realmente este país precisa continuar trilhando para se manter soberano e livre.
Dilminha é DEZ. Hoje tá cada vez mais difícil político com essa consistência. Sabe com quem a comparo? Aqui em Bauru comparo com TUGA ANGERAMI. Tuga foi reeleito para seu segundo mandato depois de uns famosos aí, todos vieram e não resolveram o problema de Bauru. Quando este assumiu a dívida bauruense era estratosférica. O danado veio e foi de uma austeridade de causar inveja. Doia trabalhar com os cofres fechados, mas não fosse assim, o prefeito que veio depois dele, Rodrigo Agostinho, não teria pego os cofres numa situação das mais confortáveis. Depois dele nenhum outro foi igual. Todos foram decididamente piores. A que hoje ocupa do Palácio das Cerejeiras resumo numa frase: Sem palavras. Inqualificável. Comparando com Tuga, não chega nem aos seu pés. Tuga é da estirpe de Dilma. Os qualifico com a mesma envergadura e cabedal sem precedentes. Escrevo isso, pois nem sei direito porque, mas quando me deparei com a foto da Dilma rindo, me lembrei de tantas histórias dela e também de outras tantas de Tuga. Político como eles conduziriam nossas cidades e o país prum lugar muito melhor do que muitos. Lula é dessa estirpe. No mais, estamos rodeados de perversão. Tem um ou outro ainda com boas intenções, porém, a maioria já está na perdição. Dilma, quer queiram ou não é a retidão em pessoa.
Um filme que vale a pena assistir. Gosto muito de filmes brasileiros e este, assistido hoje, 12/9 no Canal Brasil, além de ser um bom filme, tem algo sobre Bauru. Sabiam disso? Nem eu, até assistir e rir muito, pois me identifiquei com a forma como a citação foi feita. Tento contar em poucas palavras. O personagem de Matheus Nachtergaele é mandachuva de uma empresa petrolífera e surge no litoral nordestino, pronto para na conversa vergar a fibra de uma aldeia de antigos moradores. Até propõe pagar para ficar com suas terras, mas no enredo, Matheus conversa pelo facebook constantemente com sua mãe, ela em Bauru e lhe recordando como chegou onde está. O mercador da desgraça, soube através da conversa dele com sua mãe, estudou nas melhores escolas particulares de Bauru e está preparadíssimo para executar o serviço a que foi destinado, o de espertamente, chegar e passar a perna nos simplórios. Fazer o mesmo que Cabral e Colombo fizeram quando chegaram no Brasil, trocar o que havia aqui por meros espelhinhos.
A tal empresa petrolífera do filme tem nome, chama-se Petroban, aliás, sugestivo demais da conta. E a citação de Bauru, pode até ter ocorrido não propositalmente, porém, ao meu ver, caiu como uma luva. Não só as escolas particulares daqui, mas a maioria delas, hoje preparam o sujeito para o mercado, para se tornar um cidadão eminentemente capitalista e empreendedor, sabendo se sair bem das situações pela frente. A do filme, só uma delas. Eu, nascido, criado e vivendo em Bauru não tenho condições de discordar do que vi retratado. Uma bela amostra nos diálogos entre mãe e filho de como, se dá a formação da maioria da molecada mais abastada no interior brasileiro. Que tipo de educação recebem, algo bem distante do que um dia ensinou Paulo Freire, ou mesmo Darcy Ribeiro. O filme é muito mais do que este detalhe bauruense, mas serve muito bem para mostrar algo meio que oculto, debaixo das cobertas, acontecendo escancaradamente e até sem nos darmos conta. Bauru é mesmo do borogodó e do balacobaco.
Vale a pena assistir o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=1VP11-1XVXo . Depois do trailer, assistam também o filme inteiro, 1h38, e confira as cenas citadas por mim, tendo Bauru como pano de fundo: https://www.youtube.com/watch?v=WM9L5KQp78o .
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