NO 131º LADO B, NADA MENOS QUE O EX-OUVIDOR DA POLÍCIA MILITAR PAULISTA, O ADVOGADO CLÁUDIO SILVA, QUE PASSANDO POR BAURU, SENTA AO LADO DAS MÃES DOS JOVENS ASSASSINADOS PELA BAEP/PM, CONTA DE SEU TRABALHO, SUA VIDA E DE SUAS LUTAS E ANDANÇASUm "Lado B - A Importância dos Desimportantes", diferente. Ao invés de me ver perguntando, sento junto de outros, hoje pela manhã no jardim frontal do SESC Bauru e primeiro Cláudio diz a que veio, o motivo de suas andanças pelo interior paulista e depois responde a perguntas dos presentes. Nem precisou lhe perguntar muita coisa, pois ele na sua explanação, foi bem elucidativo. Junto de três mães de jovens recentemente assassinados em Bauru, fala de como se dá a luta, primeiro para enfrentar o medo e vencido essa etapa, o longo caminho a ser percorrido, até que a Justiça ocorra. Ele, que durante seu mandato, foi um dos mais corajosos ouvidores em toda história deles dentro da corporação da PM paulista, tem muito a relatar e algo dito não surpreende, pois reafirma, quem um dia foi auditor, pelo visto continuará o sendo. Cláudio continua recebendo chamadas constantes de aconselhamento, inclusive muitos advindos de dentro da corporação da PM, consultando-o sobre caminhos a serem tomados. Diante de tanta procura e desinformação, ele está disposto e com tudo pronto para criar uma instituição, onde abarcará essas e outras demandas.
Ouví-lo é também conhecer/reconhecer sua luta e esforço para o encaminhamento da grande quantidade de denúncias recebidas naquele período, como, neste momento, ciente de que tudo continua acontecendo pela aí, nada melhor do que se colocar à disposição e, como faz hoje em Bauru, continuar servindo, ouvindo e orientando. Cláudio é um batalhador de reconhecido valor. Veio do seio de uma favela e continua morando em outra, ou seja, com os pés continuamente enfincados nos lugares onde, com sua formação e experiência profissional, quer continuar dando o seu quinhão e ajudando-os no que for possível para vê-los sabendo sair de toda situação diante de irregularidades. Eis um pouco da conversa dele hoje pela manhã em Bauru.
O Claudio me chamou a atenção desde o primeiro momento em que tomei conhecimento de ser ele o ouvidor da PM paulista. Fiquei com aquilo na cabeça, como pode um cara ser do bem e assumir um papel destes? Nada sabia de como era dada a escolha para a função. Quando tomei conhecimento e vim a vê-lo por aqui a defender as mães dos jovens assassinados pelo BAEP, a força especial da PM paulista, me inteirei dos fatos e passo, não só a companhá-lo como nutrir profunda admiração. Ou seja, o cara enfrentava os leões e os cutucando na própria toca. Só podia ser muito boa gente. Do irrestrito apoio dele para aquelas infefesas mães, ele despontou e o vi falando em diversos órgãos de imprensa - os confiáveis, viu! -, sempre no mesmo tom. Foi uma espécie de amor à segunda vista.
Eis a gravação da conversa nos jardins do SESC Bauru, uns 40 minutos no total:
COMO FOI A CONVERSA COM CLAUDINHO SILVAO Claudio me chamou a atenção desde o primeiro momento em que tomei conhecimento de ser ele o ouvidor da PM paulista. Fiquei com aquilo na cabeça, como pode um cara ser do bem e assumir um papel destes? Nada sabia de como era dada a escolha para a função. Quando tomei conhecimento e vim a vê-lo por aqui a defender as mães dos jovens assassinados pelo BAEP, a força especial da PM paulista, me inteirei dos fatos e passo, não só a companhá-lo como nutrir profunda admiração. Ou seja, o cara enfrentava os leões e os cutucando na própria toca. Só podia ser muito boa gente. Do irrestrito apoio dele para aquelas infefesas mães, ele despontou e o vi falando em diversos órgãos de imprensa - os confiáveis, viu! -, sempre no mesmo tom. Foi uma espécie de amor à segunda vista.
Claudio Silva, ou como alguns denominam, pelo menos os mais íntimos, Claudinho tem cabedal, ou seja, tem passado de luta. O que fez à frente da Ouvidoria da Polícia Paulista só veio a confirmar isso dele ser de luta. Ele, quer queiramos ou não, foi o melhor contraponto na função para tudo o que ocorre dentro da PM. Sempre se apresentou como uma pessoa na exata contramão do que aconteceu dentro daquelas hostes. Impossível, para quem conhece os dois lados dessa moeda, não se interessar, querer saber mais do cara e passar a admirá-lo profundamente. E ainda por cima, fiquei sabendo depois, ele era militante, não só da esquerda, mas petista de carteirinha.
E daí, tudo culmina nodia de hoje, quando vejo numa postagem do amigo Lulinha, que aqui estaria em no SESC, manhã deste sábado. Fiquei intrigado, pois no convite estava expresso: "encontro com apoiadores". Só depois fiquei sabendo que, o lugar foi escolhido por Paulo Ferraz, um paulistano muito do boa pinta, que um dia foi candidato a prefeito em Iacanga. Ele, conhecendo pouco de Bauru, como só conhecia o SESC, ali marcou. Evidente, a conversa política não tinha como acontecer lá dentro, mas ocorreu divinalmente do lado de fora, nos jardins de entrada, debaixo de algumas árvores e com quase todos presentes sentados no chão. E ali, nessas condições se deu uma conversa alvissareira. Ouvi o lamento das três mães presentes e a fala descolada do Cláudio.
A prosa orieunda dele, de como pensa e age na vida está resumida na gravação feita por mim de boa parte do ali propiciado, até o momento da interrupção, quando Agnaldo Silva, o Lulinha, fazia uma longa fala, já misturando alhos com bugalhos. Do que registrei, deu para perceber muito bem quem é Cláudio, de quer lado se encontra nas lutas desta vida e quais suas intenções, se conseguir chegar a ser eleito como deputado estadual nas próximas eleições. Ele será, com certeza, um dos a defender estes todos hoje desprovidos de atenção e significação. Eu, do alto de já ter visto quase de tudo nessa vida, não me deixo empolgar facilmente, mas sou facilmente arrebatado quando diante de alguém com um discurso convincente e onde filtro, por detrás de tudo, a melhor das intenções. Claudio tem este dom e eu não costumo errar. Eis um bom nome para envolvimentos futuros, alguém defendendo com afinco e honestidade a causa dos menos favorecidos e ignorados no balaio de como vai se dando o desenrolar da vida. Tirei poucas fotos e junto delas, outro compromisso, ali assumido, o de fazer no mais curto espaço de tempo, outra prosa, desta feita com o Paulo Ferraz, quando vai me contar sobre isso de querer ser eleito prefeito numa cidade com predominância conservadora e mais que isso, continuar levantando a bandeira petista e da esquerda num reduto rodeado de bolsonaristas de toda espécie. Assim como ClaudinhoPaulão tem muito a relatar. Pessoas como eles me arrebatam, arrebanham e quero logo ouví-los, pois sei, aliás, tenho certeza, deles obterei resultados mais que inesperados de como continuar na lida e luta.
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