sexta-feira, 26 de setembro de 2025

COMENTÁRIO QUALQUER (265)


O QUE AINDA PODEMOS E DEVEMOS FAZER POR REGINA RAMOS
Escrever algo mais sobre a personalidade da atriz, uma das maiorais desta Bauru, a sempre querida REGINA RAMOS seria chover no molhado. Ela se foi deixando enorme buraco em todos que a admiravam. Algo inesperado e doído. Neste momento, passado algumas semanas do seu passamento, uma turma de abnegados amigos quer lhe prestar uma eterna homenagem e faz circular pela cidade um ABAIXO ASSINADO, este sendo encaminhado para vereadores da Câmara Municipal de Bauru, com um intuito bem definido. Abaixo o texto deste documento e de como ainda podemos fazer algo para eternizar ainda mais o nome dessa nossa grande artista:

"A Associação de Teatro de Bauru( ATB), a Associação dos Amigos da Cultura (SAC), o grupo Expressão Poética, a Pastoral Social da Igreja São Judas e as catequistas da Igreja Nossa Senhora de Fátima vem respeitosamente solicitar 'a Câmara de vereadores de Bauru incluir o nome de Regina Ramos, ilustre cidadã bauruense, falecida no último dia 09/09/2025, a Praça do Jardim América, ainda em construção, onde a prefeitura da cidade está erguendo uma nova comunidade.
Regina Ramos foi uma incansável defensora ambiental, cuidando de várias praças de nossa cidade; artista de renome, primeira dama do Teatro Bauruense; poetisa, tendo publicado inúmeras antologias com seus colegas do Expressão Poética; integrante da Pastoral Social da São Judas Tadeu há décadas dava assistência 'as comunidades do Jardim Europa; pedagoga por excelência se apresentava como contadora de estórias e poesia nas escolas de primeiro e segundo graus da cidade estimulando a leitura e, ainda, famosa Mestre de Cerimônias de eventos levando alegria e humor.
Bauru perdeu uma cidadã exemplar neste dia 09 porém a cidade pode homenagea la oferecendo um lugar em nossa história deixando seu nome entre flores e arbustos, onde ela se alegrava e alegrava a todos justamente na comunidade que ela ajudou a crescer. Regina Ramos foi antes de tudo um exemplo de ser humano a ser seguido e é por isso tudo o nosso pedido a esta casa.
SOCIEDADE DOS AMIGOS DA CULTURA
ASSOCIAÇÃO DE TEATRO BAURUENSE
EXPRESSÃO POÉTICA
PASTORAL SOCIAL DA SÃO JUDAS TADEU
IGREJA NOSSA SENHORA DE FATIMA".

O Abaixo Assinado circula pela cidade e cada um pode, buscando se informar nessas entidades citadas em como aderir, assinando e também lutandio para que a Câmara de Vereadores aprove essa brilhante iniciativa.

ALGO SOBRE UM ESPETÁCULO UNINDO VERTENTES DISTINTAS DA DANÇA NA REGIÃO, O "VEJO CORES E GESTOS"
Foi ontem à noite, 25/09, 20h, no Teatro Municipal de Bauru, a apresentação gratuita de um algo mais ocorrendo na região e juntados para para um único espetáculo, numa junção mais que acertada de expressões e formas da dança na região de Bauru. Num momento em que, as atividades culturais locais minguam, alguém ainda pensa em juntar algo daqui e da região, levando-as ao noso palco maior e assim, fazendo com que, todos tomem conhecimento da riqueza do que ocorre por aí.

O parágrafo acima foi escrito com profundo sentimento positivo, após presenciar as apresentações, apoximadamente 30 minutos cada, de três expressivos trabalhos no entorno da dança em nossa região. Tudo começa com o Grupo de Dança Terena Kopenoti, sob a batuta do cacique Chicão Terena, estes pela primeira vez pisando no palco do Teatro Municipal e mostrando para Bauru algo do que ocorre no seio da aldeia em Avaí. Dois grupos de homens, todos com seus trajes de dança, numa coreografia bem singular, produzida por eles mesmos, algo que vem sendo feito desde seus primórdios e hoje, ao mostrá-la, uma forma mais do que expressiva de dizer a que vieram e continuam existindo. Vê-los no palco do teatro foi algo para arrepiar.

Na sequência o Grupo Street Star, da SMC - Secretaria Municipal de Cultura de Lençóis Paulista, com sua coreografia denominada "Brasil", do artista lençoense Marcelo Estrela. Uma formação bem eclética, não primando pelo visual de dançarinos como normalmente se vê, porém com um complemento a demonstrar a pujança do que fazem, uma entrega admirável pessoal no palco. Creio que, de forma não combinada, mas com um vestuário um tanto parecido com o dos indígenas, um complementou o outro e quando se viu, se encaixaram como uma luva um ao outro. O grito dado por todos ao encerramento da apresentação também foi de arrepiar.

E por fim, a Companhia Estável de Dança, dirigida magistralmente pelo competente Sivaldo Camargo, mais uma vez nos dá uma demonstração explícita de sua inquietude, ao charmar os dois grupos anteriores para abrir o expetáculo e este sendo concluído com uma coreografia de Arilton Assunção, que fez parte há muito tempo atrás do rol de espetáculos da companhia, a "Vejo Cores e Gestos". Ali, duas bailarinas mais antigas, Ester e Marcela, que já atuaram neste espetáculo no passado, estavam ao lado de todas as demais, novas, muito dedicadas e conscientes do que ali acontecia. Sivaldo não dá ponto sem nó. Enquanto muitos fazem questão de ver a banda ir passando, ele bola e executa novos espetáculos, numa demonstração de que, querendo nossa Cultura continuará sempre muito viva e pulsante. Pelo menos, onde tiver sua assinatura, essa uma certeza.

A isso eu dou o nome em letras maiúsculas de CULTURA, sem tirar nem por, na exata acepção da palavra. Não foi uma noite de casa cheia, porém os presentes foram presenteados com algo único, propiciado por quem não esmorece, mesmo diante de toda e qualquer adversidade. O que foi visto ontem no palco de nosso teatro é pra orgulhar qualquer um. Rendo homenagens e aplaudo em pé mais essa assinatura com a chancela Sivaldo Carmargo. Por outro lado, não registrei a presença de nenhum dirigente da Cultura municipal presente. Porém, lá estavam presentes muitos do que admiriam e sabem da importância da valorização de trabalhos como o apresentado. Bauru precisa muito disso e dessa valorização. Estamos em tempos onde florescem amenidades, devaneios e licenciosidades boçais, muitas sem sentido e feitas com o intuito da obtenção de algo rentável, nada além disso. Conversar com o Chicão Terena, o empresário Canella, a cantante e encantante Denise Amaral, Ana Bia Andrade e Sivaldo, o diretor, ao final, foi algo ainda maior, pois dessas conversas nascem ideias e planos para algo ainda mais surpreendente. Como é bom termos no quadro do funcionalismo público municipal da Cultura alguém com a disposição e abnegação de um Sivaldo Carmargo.
Regina, Sivaldo, eu, Canella e Ana Bia.

DENTRO DO ESPETÁCULO "VEJO CORES E GESTOS", DA COMPANHIA ESTÁVEL DE DANÇA, A PARTICIPAÇÃO DO GRUPO DE DANÇA TERENA DA ALDEIA KOPENOTI, JUNTO DO CACIQUE CHICÃO TERENA
Eis os terenas de Avaí, sob o comando do Chicão Terena, pela primeira vez no Teatro Municipal de Bauru: 
https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/645030715060688

UM CONVITE PARA SÁBADO, 27/09, 9H, NO SESC BAURU
Eis o convite publicado no Instagram do SESC Bauru: "O ex-ouvidor das polícias do Estado de São Paulo, Claudinho Silva, realiza uma série de encontros com apoiadores neste fim de semana. Venha participar desses debates com a gente. Em BAURU, dia 27/09, às 9h. no SESC BAURU - Av. Aureliano Cardia 671 – Bauru -SP".

É o suficiente para me estimular a lá comparecer. Em primeiro lugar conheço muito bem o trabalho do CLAUDIO SILVA, quando esteve à frente como Ouvidor da PM Paulista. Enfrentou os "batalhões e seus canhões" com a cara e a coragem, principalmente no triste episódio das mortes ocorridas em Bauru, promovidas pelo BAEP da PM, envolvendo muitos jovens oriundos da periferia bauruense. Desconheço isso de "encontro com apoiadores", porém como sei, o SESC não faz nada político partidário dentro de suas instalações e nem sei como se deu a saída dele da Ouvidoria da Polícia, mas creio, amanhã boa oportunidade, não só para ouví-lo, como entender um pouco mais dessas e outras ocorrências nebulosas ocorridas dentro do estado de SP, este governado pelo fundamentalista e fascista Tarcisio de Freitas.

Não só irei, como me sentirei muito a vontade ao lado de muitas das mães dos tais jovens assassinados, todos ainda em busca de justiça. Como sei, a conversa deve ser boa, elucidativa e esclarecedora, um ótimo momento matinal para, através da boa prosa, conhecer algo mais de como se deram muitas das atrocidades cometidas em nome da Justiça no estado mais rico da Federação. Vamos?

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