domingo, 28 de fevereiro de 2016

FRASES DE UM LIVRO LIDO (100)


ARESTAS DOMINICAIS

01 - EM DEFESA DE FHC - TEXTO DE CARLOS D'INCAO - OPINIÃO JORNAL DA CIDADE

Só hoje fui ler o artigo do professor Carlos D'Incao publicado no Opinião do JC de ontem, EM DEFESA DE FHC, sábado, 27/02. Concordo em genero, número e grau, mas só se esse país fosse uma ilha da normalidade e as águas corressem normalmente para o mar, tranquilas e serenas. Não é isso o que acontece. Primeiro, lembremos das maldades todas cometidas contra Lula, desde tempos de antanho e acrescidas das barbaridades atuais. O escrito contra FHC é fichinha perto do já vasculhado da vida do sapo barbudo e quase nada encontrado, mas mesmo assim sendo espezinhando nos mínimos detalhes (sabemos quais as intenções, né!). Isso deveria também merecer comentários do articulista semanal do JC. Enfim, vasculhar a vida alheia quando se quer criticar a pessoa politicamente é baixaria sem tamanho. Mas meu comentário principal do texto é outro. FHC deveria sim passar incolume sobre ter um filho fora do casamento, pagar pensão, levar sua amante para residir no exterior, bancar a mesma, mas houve um agravante e esse deve e precisa merecer toda a investigação, espezinhação e constrangimento possível: pelo visto ela foi bancada no exterior com negociações espúrias, dinheirama pública e irregular. Se fosse às espenças do FHC o bico deveria se calar, moralistas e não moralistas, mas no agravante, a POLÍCIA precisa intervir. Não acha o mesmo, professor? Abracito de um leitor assíduo.

Leiam o artigo clicando aqui: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=242436

02 - O QUE AINDA BUSCO NOS JORNAIS - "O DESBRAVADOR DO SERTÃO", JC REGIONAL AUTORIA DO AURÉLIO FERNANDES ALONSO
Diante de um jornalão, principalmente os dominicais, com mais cadernos e número de páginas que os dias normais, nem tudo merece leitura. A cada dia estamos mais e mais seletivos. Escolher a leitura é algo dos mais interessantes, como fiz hoje diante do JC no meu portão. Trouxe para dentro de casa junto com a Carta Capital, a última Brasileiros e um livrão da Ecléa Bosi, que pretendo destrinchar em no máximo dois ou três dias. Tudo ali diante dos meus olhos, mas algo me chamou a atenção no JC de hoje e logo numa pequena chamada de capa, sem foto, sem nada: "A história de Theodoro, o desbravador". Começo a folhear o jornal e na Coluna do Rufino, percebo que o citado jornalista também se apercebeu da grandeza do que estava embutido logo a seguir, pois produz a primeira nota da coluna e com direito a foto do autor, o jornalista Aurélio Fernandes Alonso. Folhei logo o jornal todo e me concentrei no caderno Regional, com 3 páginas.

No título do Caderno lá estava o título, O DESBRAVADOR DO SERTÃO. Sabia que iria me deliciar e de fato o fiz, me lambuzei todo. Primeiro escrevo do autor, o Aurélio, um pacato cidadão, mais dado a escrever do que falar, mas quando fala, tem fortes argumentos para te segurar numa longa conversa. Nos encontramos de vez em sempre lá no Alfredo de Castilho, jogos do Noroeste e ano passado papeamos até cansar num final de jogo, onde falamos de tudo e mais um pouco.
Foi ótimo para conhecê-lo melhor e crescer em mim a admiração pelo bom trabalho, pautado pela ética, lisura e jornalismo como nos velhos tempos. Ele, fiquei sabendo depois é cria d'o Debate, o vibrante semanário de Santa Cruz do Rio Pardo, que quase fechou as portas por querer denunciar algo de um juiz local. Diante disso informo algo, tudo que tem a assinatura do Aurélio eu já vou lendo e na imensa maioria das vezes acabo gostando.

Dessa sua pesquisa, a envolver a história de José Theodoro de Souza, um sujeito que saiu de Pouso Alegre MG "para iniciar a guerra ao índio e ocupar terras nas regiões de Botucatu, Bauru e parte meridional do Estado" eu me encantei. Contando com a substancial ajuda de dois historiadores, João Carlos Figueiroa e Celso Prado ele foi a fundo e dá uma amostragem do tanto que ainda pode ser feito em relação às nossas origens. Quem quer saber de como se deu a chegada do homem branco por essas plagas deve se preparar, pois a carnificina comeu solta. O exemplo maior foi a glorificação do matador de índios Machado de Mello, como praça bauruense e bem defronte nossa estação ferroviária, na época ponto de entrada e saída da cidade. Cultuamos até hoje os matadores, isso um fato. Vale muito a pena a leitura do rico material produzido pelo sempre competente Aurélio. Cliquem a seguir e leiam:http://www.jcnet.com.br/…/2…/02/o-desbravador-do-sertao.html

Na qualidade de historiador, indico, recomendo, dou aval, sugiro e acrescento: jornalismo linha de frente. Valeu, seu Aurélio!

03 - DILMA E PT NÃO TEM SAÍDA ALÉM DO RETORNO ÁS ORIGENS
Tento junto de um grupo de pessoas de Bauru recriar um grupo de defesa da verdade factual dos fatos, contra a bestialidade predominante nas ruas, com essa indigna perseguição somente ao PT, como única fonte da corupção no país, isentando tudo o mais. Daí, a luta desses pela defesa de Dilma, Lula e também, é claro do PT, mas não nos moldes atuais e sim, com o de antanho, o da origem lutadora e sempre em busca das tais melhorias sociais tão necessitadas. O grupo já se reuniu duas vezes e está num impasse. Cresceu o número de presentes e interessados, mas patina entre apoiar esse provável e necessário novo momento do PT e fazer a defesa contra as injustiças vislumbradas nas ruas. Ou tudo junto e misturado. O negócio é se posicionar e manter acesa a chama de que outro mundo é mais do que possível. Estarei nessa luta a vida toda e contra essa bestialidade vesga de destruir o PT e com isso dar por finda a luta contra a corrupção. Minha luta, aliás, se faz contra os que pensam e agem dessa forma. Não lutam contra corrupção nenhuma, mas pela continuidade dos privilegios de alguns. Uns sabem muito bem dos motivos de estarem nas ruas, outros compram gato por lebre.

Quero dizer com tudo isso algo muito simples e o faço ao terminar de ler um dos dois editoriais escritos por Mino Carta em sua revista, a Carta Capital, chegando às bancas hoje em Bauru. No "Catatonia Governista", ainda indisponível no site, ele diz algo que já devia ter sido o mantra a nos guiar desde o começo: "Não há saída para o Governo e o PT, a partir do reconhecimento de erros gravíssimos, o retorno às origens, embora temperadas pelas consequências dos eventos históricos que marcaram o mundo desde 1980 sem abalar a ideia central da procura infatigável da igualdade". O que Mino escreve é sabido até pelas pedras do reino mineral: Não existe como fazer acordo com a parte contrária e ser bem sucedido, Impossível isso. Ou o que resta de dignidade no PT acorda e dá voz aos seus militantes, todos mais do que empenhados em defender esse Governo, mas não aceitando mais acordos de bastidores, feito pelas costas e a revelia dos anseios populares.

Ainda acredito nessa volta às origens, nessas pessoas que possam revitalizar esse partido e fazê-lo voltar aos trilhos da normalidade e sensibilizar sua classe dirigente. Tudo deverá ocorrer de baixo para cima e grupos como esse em que inicio debates é o que mais necessitamos no momento. Algo para se fortalecer, para junto a quem pensa igual a ti, ir em busca da reviravolta. Ou o PT, ajudado pela esquerda brasileira faz isso, ou estará decretando seu fim. Essa nossa última esperança de ainda ver esse partido voltar a ser o que era. É agora ou nunca, do contrário vou cuidar de minha vida e dar às costas para isso tudo. Mas quero sentir que os de cima pensam igual aos de baixo. Basta dessa "inércia governista diante dessa ofensiva inequivocadamente golpista, pois isso é o que menos convém ao país" (Mino). Não quero ser complacente com nada, nem tenho medo de confronto, quero mais é ir pras cabeças, pois sei que as mudanças sociais só acontecerão com um Governo Popular, nunca com um neoliberal. Mas cadê o Governo popular que tanto sonhei? É por ele que luto, dia e noite, 24h do meu dia.

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