UM DEKASSÉGUI BAURUENSE MORANDO DEBAIXO DE PONTE NO JAPÃO
Todos estão lendo algo sobre a nova situação dos dekasséguis no Japão. Os tempos já não são de bonança como dantes. Muitos que estão por lá, sofrem um bocado. Um deles é daqui de Bauru. Sua história é a de muitos, talvez mais sentida por ser a de alguém que saiu daqui. A descobri pela revista Carta Capital, edição 527, de 24/12, com o título “O sol é poente” e a chamada “A recessão na economia japonesa dificulta ainda mais a vida dos dekasséguis e muitos sonham em voltar ao Brasil”.
“Com documentos, roupas e outros poucos pertences guardados em mochilas, Flávio Ideiti Murakami e sua esposa, Érica Alves Kosaka, perambulam de bicicleta há três meses pelas ruas e estradas do Japão. Desempregados, já pedalaram centenas de quilômetros à procura de trabalho. Dormem em praças públicas, vivem de doações e representam, em pleno ano do centenário da imigração japonesa ao Brasil, um triste capítulo para a recente história do fenômeno dekasségui: são as primeiras vítimas de uma crise econômica que, a espantosa velocidade, tem pulverizado os sonhos de muitos brasileiros que atravessaram o mundo”, relata a matéria da revista.
Murakami, nascido em Bauru, sonhou como todos, desde que há cinco anos, quatro a menos que a esposa, foi de mala e cuia em busca de dinheiro, tudo para comprar uma casa aqui em Bauru. Hoje não consegue emprego nem para comprar a passagem de volta para o Brasil. Esse drama não é exclusividade desse casal, pois se estima que aos menos 50 mil brasileiros estejam desempregados por lá. Até para conseguir passagens de repatriação no Consulado, os critérios são muito exigentes. Pelo que deu para notar, o que está em ascensão mesmo por lá é o desejo de voltar e a única saída tem sido o aeroporto. E até isso não é fácil.
Um comentário:
Não conheço essa família aqui em Bauru. Que drama, hem!
Marisa
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