quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

FRASES DE UM LIVRO LIDO (21)
"DEPOIS DE LEONEL BRIZOLA" - DE GILBERTO FELISBERTO VASCONCELLOS
Esse foi meu primeiro livro lido esse ano. Tenho outros tantos para comentar aqui, mas como um dos políticos brasileiros que mais respeito é o "velho Briza", passo tudo o que for a seu respeito na frente e reproduzo aqui as frases desse curto livrinho, editado pela Caros Amigos, vendido nas bancas de revista (paguei R$ 7,50). Conheço o GFV pelos seus escritos mensais na Caros Amigos, defensor intransigente de Brizola, do Darcy Ribeiro, do Trabalhismo e do original PDT. Escreve numa linguagem ousada, irreverente e cheia de toques fantásticos. Mergulho de cabeça e sempre aproveito muito seus escritos. Sempre escreverei de Brizola (tenho aqui no mafuá uma máscara dele junto dos meusdiscos) aqui e hoje fico nas frases:

- "...como se pudesse existir capitalismo sem corrupção".
- "As classes dirigentes não podem imaginar uma modificação desse sistema porque elas são as beneficiárias desse sistema".
- "O legado de um gênio político é complicado em qualquer lugar do mundo".
- "Na política pela mal a fraqueza do desejo. (...) A psicologia do governante fraco é um reflexo da situação colonizada do país".
- "Lula não gosta de Hugo Chávez porque este lembra a coragem antiimperialista de Leonel Brisola".
- "O agente deseducador é a televisão do barulho. Somos um país em que 26% da população não compreende o que é lido".
- "O inimigo externo tomou conta do país porque há dentro do próprio país inimigos que o entregam".
- "...esquerda significa posição antiimperialista, e não necessariamente adesão ao proletariado como o agente da revolução socialista. (...) Brizola afirmava que a missão de defender o povo brasileiro, diante de tantas adversidades internas e externas, exigia muita garra e obstinação, ou seja, não era tarefa para poltrões e desfibrados".
- "...para Leonel Brizola, o ser das coisas era mais importante do que o pensamento sobre as coisas, principalmente em relação aos projetos e programas. (...) O que conta são os atos, e não o palavreado".
- "Sacerdotes, professores e jornalistas são os justificadores por excelência da exploração capitalista. (...) O ensino é antinacional do primário ao universitário. A universidade é indiferente ao destino nacional".
"...política não é ética nem sentimento, política é interesse, economia, luta de classes".
- "Vivemos na sociedade do emprego impossível, em que o assassinato da juventude deserdada é a regra, assim como a causa do crime é a exploração do capital na sociedade do proletariado externo".
- "O problema da cultura não se lhe afigura como um problema de alfabetização e, sim de condições materiais de vida".
- "O fetichismo da organização serve não raro para eliminar o vigor político, a força do pensamento. De que vale organizar um partido comi déias equivocadas?"
- "Na História do Brasil, quem se rebela contra o vínculo colonial que nos prende ao domínio estrangeiro é sempre amaldiçoado pelas classesdominantes".
- "Nada é mais prejudicável à economia de um país que se juntar ao centro mundial ou ter com ele boas relações. (...) O nacionalismo de Leonel Brizola é um fator que atrapalha a democracia por recusar o país vassalo".

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Henrique
O Gilberto é fantástico mesmo!Precisa pôr mais umas frases com aqueles neologismos maravilhosos que ele usa no texto da Caros Amigos pra quem nunca leu poder conhecer!
Abração!
W. Leite

Anônimo disse...

Não se fazem mais políticos como Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Teotônio Vilela, e uns pouquíssimos atuais.
Paulo Lima