OS ANOS TUGA NA PREFEITURA (2005/2008)
Demorei um pouco para externar aqui algo sobre minha participação na administração do ex-prefeito Tuga Angerami. Esperei o ano terminar e Tuga se despedir da vida política. O próprio prefeito havia feito uma auto-avaliação do seu mandato em entrevista ao JC em 16/07/2008, com a seguinte manchete: "Queimei meu patrimônio eleitoral em troca de uma gestão de sacrifícios". Ali ele assumia para si próprio a conta dos erros da administração: "As críticas, os erros eu sempre chamei para mim. (...) Os secretários se desdobraram, todos eles, com o pouco que tinham nas mãos. As decisões tomadas são minhas. Eu sou o prefeito. A conta é minha". Ainda na mesma entrevista: "Entendi o papel que tinha de fazer e não me arrependo. Tomei decisões antipáticas, que não ganham votos e não dão dividendos. Acertei contas, dívidas, ao invés de atender ao pedido do asfalto. E compreendo a frustração do eleitor que esperava de mim que fosse atendido. (...) A cidade se sacrificou. Tem uma hora que tinha de parar com o que foi feito. E eu parei. (...) Compreendo o eleitor que esperava a repetição nessa gestão da minha anterior. (...) A frustração dessa expectativa agora justifica a reação. Tem setores que têm a compreensão dessa opção que o governo fez. Mas querer que todos compreendam é difícil".
Demorei um pouco para externar aqui algo sobre minha participação na administração do ex-prefeito Tuga Angerami. Esperei o ano terminar e Tuga se despedir da vida política. O próprio prefeito havia feito uma auto-avaliação do seu mandato em entrevista ao JC em 16/07/2008, com a seguinte manchete: "Queimei meu patrimônio eleitoral em troca de uma gestão de sacrifícios". Ali ele assumia para si próprio a conta dos erros da administração: "As críticas, os erros eu sempre chamei para mim. (...) Os secretários se desdobraram, todos eles, com o pouco que tinham nas mãos. As decisões tomadas são minhas. Eu sou o prefeito. A conta é minha". Ainda na mesma entrevista: "Entendi o papel que tinha de fazer e não me arrependo. Tomei decisões antipáticas, que não ganham votos e não dão dividendos. Acertei contas, dívidas, ao invés de atender ao pedido do asfalto. E compreendo a frustração do eleitor que esperava de mim que fosse atendido. (...) A cidade se sacrificou. Tem uma hora que tinha de parar com o que foi feito. E eu parei. (...) Compreendo o eleitor que esperava a repetição nessa gestão da minha anterior. (...) A frustração dessa expectativa agora justifica a reação. Tem setores que têm a compreensão dessa opção que o governo fez. Mas querer que todos compreendam é difícil".
A maioria das pessoas sensatas entendeu perfeitamente o que aconteceu no período. Tuga ainda voltou, em dois momentos, a tecer comentários sobre o mesmo tema. No dia 30/12, na despedida que os colaboradores mais próximos lhe proporcionaram no auditório da Prefeitura, sem a presença da imprensa, foi enfático: "A periferia de Bauru sempre teve todo o direito de reclamar, pois acreditou em mim, fui eleito por eles e não os atendi a contento. Tive que optar por outro caminho e não os comuniquei disso. Já a elite bauruense, sempre muito cruel, pensando só em si, autoritária e com sede de poder, essa não tem do que reclamar. Foram beneficiadas sempre e mesmo assim nunca estão contentes". No discurso de transmissão do governo para Rodrigo Agostinho, seu sucessor, disse: "Não espere que a situação esteja totalmente normalizada. Não. Falta muito e Rodrigo terá que continuar a honrar compromissos de pagamento de parcelamentos, onerando as receitas municipais. Porém, hoje a Prefeitura possui crédito, paga em dia e suas licitações são concorridas. Podemos até contrair novos empréstimos e receber repasses federais. Foi custoso chegar até aqui".
Esse o grande trunfo do governo Tuga. Ele se prestou a fazer algo e fez. Pagou o preço, foi duramente criticado, mas foi até o fim. "Se tratei a população da periferia a pão e água, os que estiveram comigo, as secretarias também tiveram o mesmo tratamento", disse. Foram quatro anos quase sem grana para investimentos, onde a criatividade e a ousadia foram saídas das quais todos se utilizaram. Na Cultura o que predominou foi isso e tudo o que foi feito, foi na base de incentivos, patrocínios e eventos sem custo. Rédea curta não foi motivo para se fechar em copas e nada realizar. Muito foi feito. E isso precisa ser valorizado, pois fazer com grana todos fazem. Difícil é fazer sem grana. E foi feito. Um dos grandes trunfos de Tuga e de Vinagre, na Cultura foi dar total liberdade para execução de projetos. Se não existia a viabilidade financeira, existiu o incentivo, a abertura de outros canais, num ambiente de reciprocidade profissional. Entendemos o momento e fomos à luta, sem pedir licença, executando e mostrando a que viemos. Foi minha primeira experiência na vida pública e nela pude mostrar um pouco de tudo o que tinha guardado, pronto para executar. Muita coisa foi interrompida, só na base de projetos, mas nada que não possa ser implantado e executado logo a seguir, por quem quer que assuma a função que exerci ao longo dos quatro últimos anos. Tenho convicção de ter executado com afinco e dedicação minha função. Em nenhum momento cuspo no prato que comi, nunca agi dessa forma. Estou pronto a prestar contas de tudo o que ocorreu no setor sob minha direção.
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