O ANO COMEÇA QUENTE
Literalmente quente (em todos os sentidos), tanto que fiz questão de tecer comentários em tópicos e ir repassando para os diletos leitores:
1. Diante de mais um execrável reality show na TV ouço uma sugestão dada por uma jornalista da BBC, no Canal Livre da TV Cultura. Imaginem um grande reality show com muitos jovens, escolhidos em muitos shoppings centers, todos muito consumistas, usando griffes de nomes variados, quase todas feitas em locais distantes e não conhecidos, como Malásia, China, Índia, etc. O grupo seria enviado para conhecer in loco como são feitas as roupas que usam, ficando por lá, junto às famílias que os produzem por duas semanas. Não seria mesmo uma forma interessante de conhecerem o que é na verdade essa tal de globalização? Continuariam usando aquilo tudo numa boa? Ou se engajariam na luta por melhores condições mundiais de trabalho? É ver pra crer.
2. Na TV no horário do almoço estão dando uma matéria longa, ocupando um tempo interminável, sobre a ida para a maternidade de Cláudia Leite. Falam dos cuidados mil para com a futura mamãe, do enxoval já pronto e do local onde irá ter o bebê. Um verdadeiro desperdício de tempo, num horário nobre, enquanto, do outro lado do mundo rola uma guerra fratricida, patrocinada por um governo insensível e assassino, contra um povo localizado num gueto. Afinal, quem é mesmo Cláudia Leite? Que importância possui esse personagem para ocupar tanto espaço em nossas TVs?
3. Ainda sobre a guerra promovida pela insanidade israelense, respondo a perguntas me pedindo para pensar antes da resposta: "Que povo é esse que usa a própria família como escudo humano (...) ou ainda crianças como bombas humanas, como alegação de que terão recompensas na outra vida?". Essa é simples, pois se um povo age dessa forma, o outro, o comandado criminosamente por um Governo de ultra-direita, Israel, age com mais violência, insanidade e irracionalidade, quando extremistas assassinam até primeiro ministros que propõem alguma forma de diálogo, buscando a solução no conflito. O terrorismo perpetrado pelo Estado israelense é de escala e gravidade absurdamente maior que o cometido pelo Hamas com seus foguetes caseiros. O que dizer dos partidos israelenses que pedem anexação definitiva dos territórios ocupados palestinos e a expulsão de seus habitantes? O consolo é que o povo de Israel já demonstra ser contra a guerra, enquanto seus governantes, verdadeiros doentes mentais, insistem na continuidade da matança. Pois que se faça algo contra esses genocídas.
4. Fui com o filho no cinema assistir ao filme "O ano em que a Terra parou", uma ficção científica refilmada ano passado. O filme deixa a desejar, mas uma mensagem foi divinalmente passada. Os alienígenas vieram aqui para salvar a Terra, diante de tantas atrocidades cometidas repetidamente ao longo de séculos, segundo uma observação lá deles. Num certo momento, uma terráquea dirige-se ao líder invasor e lhe pergunta: "Vocês não vieram nos salvar? Estão nos matando a todos?". Sua resposta foi essa: "Viemos salvar a Terra de vocês, os humanos. É inconcebível uma espécie destruir tanto e colocar em risco todo um planeta por causa de sentimentos tão mesquinhos". Diante do que Israel continua fazendo contra palestinos, teremos salvação ou nós mesmos nos destruiremos num curtíssimo espaço de tempo.
Henrique Perazzi de Aquino, 48 anos, precursor do lema de que uma pancada bem dada, às vezes, faz bem à saúde. EM TEMPO: 1. As charges aqui publicadas são do carioca Latuff (falo dele aqui na semana que vem) e 2. Esse texto sai hoje aqui e n'O Alfinete, lá de Pirajuí.
Literalmente quente (em todos os sentidos), tanto que fiz questão de tecer comentários em tópicos e ir repassando para os diletos leitores:
1. Diante de mais um execrável reality show na TV ouço uma sugestão dada por uma jornalista da BBC, no Canal Livre da TV Cultura. Imaginem um grande reality show com muitos jovens, escolhidos em muitos shoppings centers, todos muito consumistas, usando griffes de nomes variados, quase todas feitas em locais distantes e não conhecidos, como Malásia, China, Índia, etc. O grupo seria enviado para conhecer in loco como são feitas as roupas que usam, ficando por lá, junto às famílias que os produzem por duas semanas. Não seria mesmo uma forma interessante de conhecerem o que é na verdade essa tal de globalização? Continuariam usando aquilo tudo numa boa? Ou se engajariam na luta por melhores condições mundiais de trabalho? É ver pra crer.
2. Na TV no horário do almoço estão dando uma matéria longa, ocupando um tempo interminável, sobre a ida para a maternidade de Cláudia Leite. Falam dos cuidados mil para com a futura mamãe, do enxoval já pronto e do local onde irá ter o bebê. Um verdadeiro desperdício de tempo, num horário nobre, enquanto, do outro lado do mundo rola uma guerra fratricida, patrocinada por um governo insensível e assassino, contra um povo localizado num gueto. Afinal, quem é mesmo Cláudia Leite? Que importância possui esse personagem para ocupar tanto espaço em nossas TVs?
3. Ainda sobre a guerra promovida pela insanidade israelense, respondo a perguntas me pedindo para pensar antes da resposta: "Que povo é esse que usa a própria família como escudo humano (...) ou ainda crianças como bombas humanas, como alegação de que terão recompensas na outra vida?". Essa é simples, pois se um povo age dessa forma, o outro, o comandado criminosamente por um Governo de ultra-direita, Israel, age com mais violência, insanidade e irracionalidade, quando extremistas assassinam até primeiro ministros que propõem alguma forma de diálogo, buscando a solução no conflito. O terrorismo perpetrado pelo Estado israelense é de escala e gravidade absurdamente maior que o cometido pelo Hamas com seus foguetes caseiros. O que dizer dos partidos israelenses que pedem anexação definitiva dos territórios ocupados palestinos e a expulsão de seus habitantes? O consolo é que o povo de Israel já demonstra ser contra a guerra, enquanto seus governantes, verdadeiros doentes mentais, insistem na continuidade da matança. Pois que se faça algo contra esses genocídas.
4. Fui com o filho no cinema assistir ao filme "O ano em que a Terra parou", uma ficção científica refilmada ano passado. O filme deixa a desejar, mas uma mensagem foi divinalmente passada. Os alienígenas vieram aqui para salvar a Terra, diante de tantas atrocidades cometidas repetidamente ao longo de séculos, segundo uma observação lá deles. Num certo momento, uma terráquea dirige-se ao líder invasor e lhe pergunta: "Vocês não vieram nos salvar? Estão nos matando a todos?". Sua resposta foi essa: "Viemos salvar a Terra de vocês, os humanos. É inconcebível uma espécie destruir tanto e colocar em risco todo um planeta por causa de sentimentos tão mesquinhos". Diante do que Israel continua fazendo contra palestinos, teremos salvação ou nós mesmos nos destruiremos num curtíssimo espaço de tempo.
Henrique Perazzi de Aquino, 48 anos, precursor do lema de que uma pancada bem dada, às vezes, faz bem à saúde. EM TEMPO: 1. As charges aqui publicadas são do carioca Latuff (falo dele aqui na semana que vem) e 2. Esse texto sai hoje aqui e n'O Alfinete, lá de Pirajuí.
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