NATALINO E O ANO NOVO
Não entendo o PV. O ministro da Cultura, Juca Ferreira é militante do partido, afinadíssimo com o governo Lula. Falam a mesma língua, sintonizados no mesmo "dial". Já aqui em Bauru, quando da eleição da presidência da Câmara dos Vereadores, o seu único representante, Natalino, não podia votar junto a esse segmento. A direção do partido definiu o voto no campo oposto.
Lá pode, aqui não. Isso embaralha a cabeça de qualquer um. Natalino tem suas convicções, trabalho de periferia, gente a lhe cobrar posicionamentos. Se o governo novo nem havia começado, por que deveria ser do contra? Cantaram-lhe também aos ouvidos um belo canto de sereia. Um filme cheio de novas perspectivas e com tudo formigando, ele vota.
Meio sem querer, reiniciou acalorado debate, o da fidelidade partidária. Deve ser sempre seguida à risca? Seriam os vereadores meros marionetes em decisões, que talvez nem tenha tomado parte? E quando o partido diverge da bula que o norteia? Qual o lado mais ético e recomendável?
Natalino errou e acertou ao mesmo tempo. Propiciou a derrota de um grupo e a vitória de outro, interesses mil em questão. Nem sempre entendemos os bastidores da política. Repugnar isso tudo também é um bom negócio. Por fim, uma constatação, a de que as pessoas que fogem do script são sempre muito mais interessantes do que as que seguem cegamente todas as regras.
Não entendo o PV. O ministro da Cultura, Juca Ferreira é militante do partido, afinadíssimo com o governo Lula. Falam a mesma língua, sintonizados no mesmo "dial". Já aqui em Bauru, quando da eleição da presidência da Câmara dos Vereadores, o seu único representante, Natalino, não podia votar junto a esse segmento. A direção do partido definiu o voto no campo oposto.
Lá pode, aqui não. Isso embaralha a cabeça de qualquer um. Natalino tem suas convicções, trabalho de periferia, gente a lhe cobrar posicionamentos. Se o governo novo nem havia começado, por que deveria ser do contra? Cantaram-lhe também aos ouvidos um belo canto de sereia. Um filme cheio de novas perspectivas e com tudo formigando, ele vota.
Meio sem querer, reiniciou acalorado debate, o da fidelidade partidária. Deve ser sempre seguida à risca? Seriam os vereadores meros marionetes em decisões, que talvez nem tenha tomado parte? E quando o partido diverge da bula que o norteia? Qual o lado mais ético e recomendável?
Natalino errou e acertou ao mesmo tempo. Propiciou a derrota de um grupo e a vitória de outro, interesses mil em questão. Nem sempre entendemos os bastidores da política. Repugnar isso tudo também é um bom negócio. Por fim, uma constatação, a de que as pessoas que fogem do script são sempre muito mais interessantes do que as que seguem cegamente todas as regras.
5 comentários:
Meu querido Henrique, não podia deixar de manifestar sobre a sua coluna! Realmente o que tem saído nos jornais distorceu completamente a realidade do que vinha acontecendo desde outubro passado, quando os 16 novos vereadores foram eleitos. 11 deles formaram um grupo supra-partidário, sem o rótulo de oposição ou situação, apenas para ampliar as discussões sobre a cidade. Esse grupo iniciou discussões para a presidência da Câmara e vários nomes foram cogitados. Por fim, foi indicado o Segalla, mas o Natalino não concordava com o nome dele. Então, em consenso, foi indicada a Chiara. Este grupo chegou a brindar a opção, e Natalino, em nenhum momento, manifestou-se contrário, aliás, quando discordou, conseguiu a mudança que queria. O PV em nenhum momento o obrigou a nada, mas sim gostaria de ver seu representante discutir questões e honrar compromissos. Ele nunca se manifestou interessado em ocupar um lugar na mesa diretora, pois se houvesse dito isso, o PV iria apoiá-lo totalmente. Eu, particularmente, espero que o Natalino pense bem nos compromissos que assumiu com seus eleitores, para que eles também não se decepcionem com as posturas do vereador, como eu me decepcionei no episódio da Câmara. Conheço bem você e sei que, sabendo disso tudo, irá reconsiderar a sua opinião. Estou à sua disposição para incrementarmos esta conversa! Grande abraço!
Henrique
Quero comentar algo que não tem nada com o texto, ou melhor, está junto do texto. Essa charge do Gustavo, que está reproduzida por muitos lugares (muitos blogs sobre o Natal) é muito boa e serve para esse texto e muitas outras coisas.
O traço desse moço, que tem laços muito fortes com Bauru é algo a ser enaltecido.
Sérgio J.L.
Henrique a politica prática é nojenta, tudo girando ao redor de lixos. Todos erraram como sempre, o PV por apoiar o DEM e Natalino por aceitar barganhas, mudou de lado depois de ser oferecido a vice presidencia, assim como o tal pastor e cá entre nós hein, parece piada esse pastor começar o ano mandando na camara, lembra da minha reflexão sobre renovar merdas?? Então, não se vê uma luz de saída.
Marcos Paulo
Entro de vez em quando no blog do Henrique e queria falar algo: acho que o PV terá problemas mil com esse vereador, o Natalino, pois, pelo que sabíamos ele estava desempregado antes de se eleger e nessa semana, está circulando com um Taurus lá na Câmara. Não que um vereador não necessite de um carro, pelo contrário, todos precisamos, mas ele já quer começar a impressionar pelo outro lado. Esse não vai longe. É vereador de um mandato só.
Paulo Ferraz - funcionário público de Bauru
IVY
Você sabe o quanto te admiro. Entendo sua justificativa e a do PV. Como entendo melhor tudo o que vou colhendo sobre o assunto. Nós só construímos as nossas verdades dessa forma, com a junção de cada pedacinho de informação recebida. O caso foi polêmico e acho que o texto veio a calhar. Gerando uma polêmica, ótimo, pode até abrir a possibilidade de uma continuação na semana que vem.
Henrique, o HPA, direto do Mafuá
Postar um comentário