terça-feira, 20 de janeiro de 2009

UMA FRASE – GILETE PRESS (29)

DE MARTIN LUTHER KING A BARACK OBAMA, PASSANDO PELO BRASIL
Obama assume a presidência dos EUA nesse dia 20. Do muito que leio não quero ficar repetindo aqui nada encontrado por tudo quanto é lugar. Proponho uma outra discussão. Lá nos EUA, bem diferente daqui, os negros sabem onde estão seus inimigos e vão à luta. Assisti essa semana o filme patrocinado pelo mandato do vereador Roque lá no Teatro Municipal, o “Panteras Negras” e ele é mais atual do que nunca. Vamos, já que o novo presidente é negro, repercutir algo sobre o racismo do lado de cá e o do lado de lá.

Relembro aqui, para quem não conhece, o discurso de Abraham Lincoln, de 1863:”Não fui nem nunca fui favorável a algo que pudesse provocar, de qualquer forma, a igualdade social e política entre as raças branca e negra; não fui nem nunca fui favorável à transformação de negros em eleitores ou jurados; ou à sua aceitação para cargos públicos. A isso acrescentarei que existe uma diferença física entre a raça negra e a branca que, segundo, creio, para sempre impedirá que as duas raças vivam em condições de igualdade social e política. E, na medida em que isso não possa ocorrer, enquanto permanecerem juntas, deve haver uma posição de superior e inferior, e, tanto quanto qualquer outro homem branco, prefiro que a posição superior seja atribuída à raça branca”. Atual, não? Vindo do ícone Lincoln é de doer os ossos, mas lá o branco racista nunca escondeu o que pensa, como pensa e como age.

“Resumo de mais de 300 anos de escravidão, a formação nacional e o caráter brasileiro impregnaram-se de racismo e preconceito contra o negro, disseminados nas estruturas do tecido social, com ramificações de várias intensidades nos arranjos institucionais, culturais e comportamentais, que, por sua vez, os recriam e reproduzem cotidianamente. (...) O Brasil das sombras do passado continua virando as costas para a metade de sua gente, aprofundando a fissura do tecido e aumentando o fosso social. (...) Sem guerras, sem marchas, sem direitos civis, o negro brasileiro inaugura o terceiro milênio no porão, separado e desigual. Não somos racistas. Não existem raças. Aliás, não é possível dizer quem é negro no Brasil. (...) Separados e desiguais, os negros norte-americanos sempre souberam quem eram, onde estavam, o que pensavam os seus inimigos, e até onde poderiam chegar na sua fúria de irracionalidade e na crueldade. Sempre tiveram contra si um revólver no meio dos olhos e seu gradiente de cor nunca garantiu o benefício da dúvida. (...) Por isso, o caminho teve de ser e foi sempre o da luta. Foram às ruas, vergaram suas bandeiras e nunca abdicaram do sonho de construir um mundo melhor para eles e todos à sua volta. (...) Negros e brancos americanos foram à guerra para resgatar a liberdade na Guerra da Secessão, pelo direito à terra, pelo direito à educação, marcharam com Martin Luther King, juntaram as mãos para avançar na história, romper paradigmas e eleger o primeiro presidente negro do país. O pântano da segregação americana produziu uma pérola luminosa para exaltação da liberdade e da igualdade de oportunidades entre os indivíduos. A democracia racial brasileira tão somente conseguiu produzir mais uma requentada teoria: não somos racistas” JOSÉ VICENTE, advogado, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, para revista CC, 12/11/2008.

Sentiram a diferença? Pois é, a luta deve e precisa continuar. Essa é minha contribuição para o debate pós eleição.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Henrique!
É bom que se diga que lá em cima, os estadunidenses conseguiram superar o lance da cor. O Obama, claro, é negro (e desconsideremos as declarações de um ridículo e resistente membro da KKK de que ele seria meio-negro), mas é partidário de toda a política de valorização do capital como salvação do mundo.
Regozijo a vitória de Obama perante a segunda opção, o também ridículo ex-combatente do Vietnam John McCain.
Mas não nos enganemos: aquele estilo norte-americano de vida que exaure o planeta e todos os pobres do mundo como se fossem pilhas descartáveis, esse neocolonialismo, vai continuar.
As declarações do Barack sobre a Venezuela e Bolívia mostram claramente que o negro deu lugar ao estadunidense-chefe-do-mundo.
Nós precisamos cuidar de nós mesmos, resolver nossos próprios problemas à brasileira.
Grande abraço
W. Leite

quilombonnq disse...

REVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA !
A COMUNIDADE NEGRA AFRO-LATINA BRASILEIRA
APOIA E É SOLIDARIA AO POVO PALESTINO.VIVA A PALESTINA!
Viva! Chàvez! Viva Che!Viva! Simon Bolívar! Viva! Zumbi!
Movimento Chàvista Brasileiro

Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo estes afro-ameríndios descendentes vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosa quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.
Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar a história dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Osvaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,Rafael Correa, Fernando Lugo não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
O.N.N.QUILOMBO –FUNDAÇÃO 20/11/1970
quilombonnq@bol.com.br