O MEU CRAQUE DO PASSADO É O NEIZINHO
Moro há mais de quarenta anos nas imediações dos trilhos férreos, próximo do antigo Clube Paulista, ali nas margens do ribeirão Bauru e da igreja Aparecida. Ali perto, o antes formoso campo da ARCA – Associação Recreativa e Cultural Antarctica, onde nos meus tempos de adolescência e juventude presenciava, religiosamente, todos os domingos a jogos de futebol amador. Não via o momento dos domingos chegarem, pois eram dias de jogos. Aquele campo nunca teve alambrado, era um simples muro a separar o gramado e muito menos arquibancada, todos se espremiam nas margens desse muro. Ao fundo, no seu lado direito um bar, sempre movimentadíssimo, era o ponto de ebulição e palco das discussões que tomavam a manhã toda. Lembro do falecido vereador Walter Costa, antes de se tornar político, sempre de camisa aberta até o umbigo, falando muito alto e briguento, tudo pelo ARCA. A única afinidade que tenho com esse personagem é torcermos pelo mesmo time.
O campo ainda está lá, hoje tomado pelo mato. A fábrica da Antarctica fechou há décadas e quem resiste é uma persistente chaminé, que deve ser tombada pelo patrimônio histórico municipal. Lá é um deserto só. Grafites e muita pichação tomam conta dos muros externos. A última atividade lá ocorrida foi o circo do Beto Carrero, cujas inscrições, algumas delas ainda não foram apagadas. Pouco antes de fechar, assisti ali um treino do Fluminense, com Renato Gaúcho e tudo. Eles jogariam com o Noroeste e treinaram ali, tal a imponência do local, cuidado com zelo e carinho. Presenciar tudo isso a cada passagem diante daquele templo futebolístico de minha infância é algo a me provocar calafrios e muita dor. Aquilo fez parte de minha infância e as recordações me são doídas.
De tudo o que presenciei ali, dentre brigas mil, xingamentos variados no cara-a-cara com árbitros, jogos homéricos e gols do mesmo naipe, algo me traz uma recordação mais aguda, mais dolorosa. Meu craque do passado, jogador do ARCA, aquele por quem mais torcia, um ponta-direita baixinho, invocado e driblador, parece não andar tão bem nos últimos tempos. Falo de Neizinho, um catatau de pouco mais 1,50m, mas com uma velocidade de fazer inveja a esses baixinhos de hoje em dia. Fazia e acontecia, além de transformar meu domingo numa festa, principalmente quando o time ganhava. O time tinha nomes famosos, como os goleiros Zé Francisco e Paraguaçu, os irmãos Mauro e Zico, Toco, Paulinho no meio de campo e tantos outros. E fui me identificar com o baixinho, até porque jogava ao lado do muro e bem diante dos meus olhos.
Neizinho, ou melhor, Sidnei Cruz Tarantella, 60 anos (06/09/48), sempre morou perto do campo, na chamada vila Antarctica. Cruzo com ele rotineiramente. Nos últimos tempos, sempre só. Trabalhamos no Bradesco da Rua Batista há mais de 20 anos atrás. Criei coragem e me aproximei. Papeamos nos reencontros. Disse a ele de minha admiração e a dos amigos em comum, o funileiro Adelino Silvestre e o advogado Célio Parisi. Fiquei de contar sua história e fui adiando o intento. De tanto demorar ele me cobra. “Quando vai passar lá. Tenho muitas fotos e histórias mil”, dizia nesses momentos. Ele é uma pessoa das mais despojados, sempre de calça de malha esportiva e na maioria das vezes, barba por fazer e camisa jogada nos ombros. Deve deixar a vida levá-lo e assim segue em frente.
O encontro aconteceu e Nei me contou sua história, indo muito além do ARCA. Começou no caçulinha da vila, depois Botafoguinho do Higienópolis (“ex-campo do Nacional, quando era só o campo e mato por todos os lados”). “A bola da época, com aqueles gomos, pesadona, quando ia bater escanteio, chegava a pensar se iria conseguir colocá-la na grande área”, me diz. Nisso ele me interrompe para que venha ver seus tênis, uma verdadeira coleção. “Eram do meu neto, de 9 anos, é tudo 35, 36, quando ficam pequenos para ele, minha filha traz para mim, por isso tenho tantos”, conta rindo. É difícil olhar para seus pés e imaginar que corria daquele jeito com um pezinho tão minúsculo, mas corria e muito. Depois volta a lembrar dos tempos em foi estudar Química na capital, onde teve o prazer de assistir a estréia do Garrincha no Corinthians. Na volta jogou no aspirante do Nacional, só depois indo para o ARCA. “Futebol para mim é uma brincadeira, que nem uma família. Se você arrumar bronca com os demais acaba não indo para a frente. Eu não gostava de fazer gol por causa disso. Gostava é de jogar bola”, me diz.
Das lembranças do ARCA, onde jogou por 8 anos, é inevitável falar de Walter Costa: “Ele passava em casa umas 9h, minha mãe lhe dizia que tinha acabado de chegar. Logo estava no meu quarto, me tirava o cobertor, me acordava e nunca faltei a jogo. Tinha uns que só entravam em campo após tomar a tal da Farmácia, uma mistura de conhaque, pinga e groselha. Nunca ninguém fez massagem em mim, nunca enfaixei o pé”. Lembra também do ciúme que o dirigente tinha: “Se fosse jogar em outro time ele perdia a amizade comigo”. Só foi jogar no São Francisco, quando o time do ARCA acabou. Peço uma passagem e ele me conta de um negão, “o Quilê, 18 anos, fortão, entrou num jogo e logo de cara disse que iria me pegar. Minha mente funcionou rápido, lembrei de vê-lo pelos lados da Antarctica a procura de emprego. Disse a ele, tu tá louco negão, se fizer isso eles não vão te dar emprego nunca. Ele riu, me dizendo que podia jogar a vontade e assim fiz”. E ele nunca trabalhou lá, me conta depois.
Começa a me mostrar as poucas fotos que ainda guarda. As camisas e troféus deu tudo, estando espalhadas nas casas dos amigos. Num time do Independente ele identifica Netão, Miro, Pisca, Coutinho, Maguinho, Zé Paulo, Zé Navarro e Ademarzinho. O campo era onde é hoje o Colégio Guedes, na Bela Vista. Com fardamento da Liga Bauruense de Futebol Amador, aponta o goleiro reserva, e diz ser o ex-vereador Paulo Eduardo Martins. Numa Seleção Bancária, foto tirada no campo do Nacional da capital, na Comendador Souza, me mostra o juiz de direito aposentado e ex vereador Toninho Garmes. “Sim, fui bancário, trabalhei no Banco Souto Maior, da Bahia e depois o Bradesco. Sai de lá em 1986 e aí começaram minhas dificuldades. Hoje, o que preciso mesmo é de um emprego. Falta um ano e meio para conseguir me aposentar. É só o que quero”, desabafa. Tristeza mesmo, só nesse momento e quando fala do abandono do antigo campo: “É deplorável, abandono total, dá dó de ver. Treinava ali sozinho. Vivi meus melhores momentos ali e nunca trabalhei na Antarctica”.
Mora sozinho, numa casa com pouquíssimos móveis, ao lado de outra, onde reside a ex-esposa, Dora, com uma filha (“essa é advogada e a outra é assistente social”). Vive uma vida espartana, sem nenhum conforto, mas rodeado de amigos. Faz questão que caminhe com ele até o Clube Arapongas, onde reencontra muitos desses. Bem em frente, na casa do seu Arlindo tiro fotos dos troféus, principalmente de um, o “Ligado – Seleção do Século – Ponta Direita” e no clube, rodeado de gente que o paparica, está o ex-colega de ARCA, Sandão (“Sanderlei Caçador de Encrenca”, Nei diz ser seu nome). “Não gostava de jogar com o Sandão, porque ele me defendia demais e brigava com os caras, sendo expulso logo no começo dos jogos, deixando o time desamparado”, diz rindo. Sandão lembra que num jogo, o baixinho estava do outro lado e veio gingando para o seu lado. “Não pensei duas vezes, dei um pé do ouvido nele e joguei longe, do outro lado do muro. Tatinha me expulsou. Depois viramos amigos”, me diz. Das cicatrizes da vida, Nei se lembra de um nariz quebrado, bolada do Dicinho, do Fluminense. As de hoje são mais amargas e para serem sanadas, nada como pintar o emprego tão desejado e necessário. Quando estava pronto para ir embora, Nei me puxa pelo braço e diz: “Será que fui tudo isso mesmo?”.
Moro há mais de quarenta anos nas imediações dos trilhos férreos, próximo do antigo Clube Paulista, ali nas margens do ribeirão Bauru e da igreja Aparecida. Ali perto, o antes formoso campo da ARCA – Associação Recreativa e Cultural Antarctica, onde nos meus tempos de adolescência e juventude presenciava, religiosamente, todos os domingos a jogos de futebol amador. Não via o momento dos domingos chegarem, pois eram dias de jogos. Aquele campo nunca teve alambrado, era um simples muro a separar o gramado e muito menos arquibancada, todos se espremiam nas margens desse muro. Ao fundo, no seu lado direito um bar, sempre movimentadíssimo, era o ponto de ebulição e palco das discussões que tomavam a manhã toda. Lembro do falecido vereador Walter Costa, antes de se tornar político, sempre de camisa aberta até o umbigo, falando muito alto e briguento, tudo pelo ARCA. A única afinidade que tenho com esse personagem é torcermos pelo mesmo time.
O campo ainda está lá, hoje tomado pelo mato. A fábrica da Antarctica fechou há décadas e quem resiste é uma persistente chaminé, que deve ser tombada pelo patrimônio histórico municipal. Lá é um deserto só. Grafites e muita pichação tomam conta dos muros externos. A última atividade lá ocorrida foi o circo do Beto Carrero, cujas inscrições, algumas delas ainda não foram apagadas. Pouco antes de fechar, assisti ali um treino do Fluminense, com Renato Gaúcho e tudo. Eles jogariam com o Noroeste e treinaram ali, tal a imponência do local, cuidado com zelo e carinho. Presenciar tudo isso a cada passagem diante daquele templo futebolístico de minha infância é algo a me provocar calafrios e muita dor. Aquilo fez parte de minha infância e as recordações me são doídas.
De tudo o que presenciei ali, dentre brigas mil, xingamentos variados no cara-a-cara com árbitros, jogos homéricos e gols do mesmo naipe, algo me traz uma recordação mais aguda, mais dolorosa. Meu craque do passado, jogador do ARCA, aquele por quem mais torcia, um ponta-direita baixinho, invocado e driblador, parece não andar tão bem nos últimos tempos. Falo de Neizinho, um catatau de pouco mais 1,50m, mas com uma velocidade de fazer inveja a esses baixinhos de hoje em dia. Fazia e acontecia, além de transformar meu domingo numa festa, principalmente quando o time ganhava. O time tinha nomes famosos, como os goleiros Zé Francisco e Paraguaçu, os irmãos Mauro e Zico, Toco, Paulinho no meio de campo e tantos outros. E fui me identificar com o baixinho, até porque jogava ao lado do muro e bem diante dos meus olhos.
Neizinho, ou melhor, Sidnei Cruz Tarantella, 60 anos (06/09/48), sempre morou perto do campo, na chamada vila Antarctica. Cruzo com ele rotineiramente. Nos últimos tempos, sempre só. Trabalhamos no Bradesco da Rua Batista há mais de 20 anos atrás. Criei coragem e me aproximei. Papeamos nos reencontros. Disse a ele de minha admiração e a dos amigos em comum, o funileiro Adelino Silvestre e o advogado Célio Parisi. Fiquei de contar sua história e fui adiando o intento. De tanto demorar ele me cobra. “Quando vai passar lá. Tenho muitas fotos e histórias mil”, dizia nesses momentos. Ele é uma pessoa das mais despojados, sempre de calça de malha esportiva e na maioria das vezes, barba por fazer e camisa jogada nos ombros. Deve deixar a vida levá-lo e assim segue em frente.
O encontro aconteceu e Nei me contou sua história, indo muito além do ARCA. Começou no caçulinha da vila, depois Botafoguinho do Higienópolis (“ex-campo do Nacional, quando era só o campo e mato por todos os lados”). “A bola da época, com aqueles gomos, pesadona, quando ia bater escanteio, chegava a pensar se iria conseguir colocá-la na grande área”, me diz. Nisso ele me interrompe para que venha ver seus tênis, uma verdadeira coleção. “Eram do meu neto, de 9 anos, é tudo 35, 36, quando ficam pequenos para ele, minha filha traz para mim, por isso tenho tantos”, conta rindo. É difícil olhar para seus pés e imaginar que corria daquele jeito com um pezinho tão minúsculo, mas corria e muito. Depois volta a lembrar dos tempos em foi estudar Química na capital, onde teve o prazer de assistir a estréia do Garrincha no Corinthians. Na volta jogou no aspirante do Nacional, só depois indo para o ARCA. “Futebol para mim é uma brincadeira, que nem uma família. Se você arrumar bronca com os demais acaba não indo para a frente. Eu não gostava de fazer gol por causa disso. Gostava é de jogar bola”, me diz.
Das lembranças do ARCA, onde jogou por 8 anos, é inevitável falar de Walter Costa: “Ele passava em casa umas 9h, minha mãe lhe dizia que tinha acabado de chegar. Logo estava no meu quarto, me tirava o cobertor, me acordava e nunca faltei a jogo. Tinha uns que só entravam em campo após tomar a tal da Farmácia, uma mistura de conhaque, pinga e groselha. Nunca ninguém fez massagem em mim, nunca enfaixei o pé”. Lembra também do ciúme que o dirigente tinha: “Se fosse jogar em outro time ele perdia a amizade comigo”. Só foi jogar no São Francisco, quando o time do ARCA acabou. Peço uma passagem e ele me conta de um negão, “o Quilê, 18 anos, fortão, entrou num jogo e logo de cara disse que iria me pegar. Minha mente funcionou rápido, lembrei de vê-lo pelos lados da Antarctica a procura de emprego. Disse a ele, tu tá louco negão, se fizer isso eles não vão te dar emprego nunca. Ele riu, me dizendo que podia jogar a vontade e assim fiz”. E ele nunca trabalhou lá, me conta depois.
Começa a me mostrar as poucas fotos que ainda guarda. As camisas e troféus deu tudo, estando espalhadas nas casas dos amigos. Num time do Independente ele identifica Netão, Miro, Pisca, Coutinho, Maguinho, Zé Paulo, Zé Navarro e Ademarzinho. O campo era onde é hoje o Colégio Guedes, na Bela Vista. Com fardamento da Liga Bauruense de Futebol Amador, aponta o goleiro reserva, e diz ser o ex-vereador Paulo Eduardo Martins. Numa Seleção Bancária, foto tirada no campo do Nacional da capital, na Comendador Souza, me mostra o juiz de direito aposentado e ex vereador Toninho Garmes. “Sim, fui bancário, trabalhei no Banco Souto Maior, da Bahia e depois o Bradesco. Sai de lá em 1986 e aí começaram minhas dificuldades. Hoje, o que preciso mesmo é de um emprego. Falta um ano e meio para conseguir me aposentar. É só o que quero”, desabafa. Tristeza mesmo, só nesse momento e quando fala do abandono do antigo campo: “É deplorável, abandono total, dá dó de ver. Treinava ali sozinho. Vivi meus melhores momentos ali e nunca trabalhei na Antarctica”.
Mora sozinho, numa casa com pouquíssimos móveis, ao lado de outra, onde reside a ex-esposa, Dora, com uma filha (“essa é advogada e a outra é assistente social”). Vive uma vida espartana, sem nenhum conforto, mas rodeado de amigos. Faz questão que caminhe com ele até o Clube Arapongas, onde reencontra muitos desses. Bem em frente, na casa do seu Arlindo tiro fotos dos troféus, principalmente de um, o “Ligado – Seleção do Século – Ponta Direita” e no clube, rodeado de gente que o paparica, está o ex-colega de ARCA, Sandão (“Sanderlei Caçador de Encrenca”, Nei diz ser seu nome). “Não gostava de jogar com o Sandão, porque ele me defendia demais e brigava com os caras, sendo expulso logo no começo dos jogos, deixando o time desamparado”, diz rindo. Sandão lembra que num jogo, o baixinho estava do outro lado e veio gingando para o seu lado. “Não pensei duas vezes, dei um pé do ouvido nele e joguei longe, do outro lado do muro. Tatinha me expulsou. Depois viramos amigos”, me diz. Das cicatrizes da vida, Nei se lembra de um nariz quebrado, bolada do Dicinho, do Fluminense. As de hoje são mais amargas e para serem sanadas, nada como pintar o emprego tão desejado e necessário. Quando estava pronto para ir embora, Nei me puxa pelo braço e diz: “Será que fui tudo isso mesmo?”.
15 comentários:
Parabéns Henrique.
Sua história e extremamente emocionante.
Acompanhei várias e várias vezes o Neizinho atuando.
Morava na Bela Vista ( antiga rua PRG8, hoje Horácio Alves Cunha quadra 2 )e nas manhãs de domingo, juntamente com os meus amigos frequentadores da Piscina Recreio e todos devidamente capitaneados pelo Sr Militino Trefilo ( que Deus o tenha) íamos felizes assistir o Indepa da Bela Vista.
E o Neizinho, como você citou em seu brilhante artigo, era o nosso ponta direito.
Não me lembro com exatidão o ano, mas o Neizinho nos deu muitas e muitas alegrias.
Parabéns pela sua iniciativa de registrar para nós bauruenses a passagem deste ilustre desportista e também pelo seu texto: simplesmente maravilhoso ( não estou fazendo média com você, apenas estou sendo extremamente sincero).
Você , quem sou eu para lhe pedir algo, mas deveria aproveitar esta imensa capacidade de memória e escrever maravilhosamente bem, colocar no papel seus personagens e histórias sobre infância e juventude.
Escrever sobre o local onde moramos ( você talvez more no mesmo ) e amigos é extremamente importante, pois quem lê, como eu, dá asas à imaginação.
Eu tenho imensa vontade de escrever sobre a Piscina Recreio, pois lá passei minha infância , juventude e um pouco de minha vida como adulto.
Parabéns mais uma vez pelo artigo e que Deus te converse assim: uma pessoa maravilhosa e extremamente sensível que nos emociona imensamente.
Do amigo de sempre ( agora vou descer e assistir ao segundo tempo de Coringão e Santos, espero que o Coringão seja campeão, tomara).
Desculpe os erros de digitação, mas não vou revisar o mesmo, estou descendo ( meu computador fica em uma sala em cima).
Do amigo de sempre.
Professor Toka (ANTONIO MIGUEL GARCIA)
Ah! Torço para que o Neizinho arrume um emprego e possa pagar 1 ano e meio e ter sua aposentadoria dígnamente.
Com esses artigos em seu blog voce vai aos poucos se revelando um grande historiador da cidade e seus personagens,e com esse viez de esquerda fica ainda melhor pois os nossos historiadores parece nao enxergarem os trabalhadores que no passado construiram essa cidade, é preciso contar a historia dos grandes pedreiros, carpinteiros,motoristas e tantas outras profissões que tanto fizeram e ainda fazem pela cidade. um grande abraço.
LÁZARO CARNEIRO
Moro longe de Bauru, mas um texto como esse mostra como o 'ser brasileiro' passa pelos campos de futebol, de várzea ou não, desse país. Neizinhos brasis à fora existem às centenas e merecem o resgate de suas histórias e as de seus times e torcedores. Quanto ao definhamento dos campos de 'pelada', é a triste história também comum a tantos lugares.
Henrique,
Você ja fez alguma entrevista com o Zeola? Aquele que jogou no Juventus, no Palmeiras... foi para a Italia, para a Argentina...
Se não fez é melhor correr!
Abs.
Yuri de Freitas
parabéns.....pela postagem...
infelizmente não acompanhei essa
época de ouro do amador bauruense..abraços..
Essa lembrança do Neizinho foi de emocionar, o comentário do Toka me fez voltar aos meus 15 anos, pois estudamos juntos no Colégio Moraes Pacheco. Esse tempo do Neizinho no ARCA, Paulinho, Paraguaçu, tinha o time da polícia militar (ADPM), que era fregues do ARCA, um timaço.
CONHECI O NEIZINHO EM 1964, QDO. ESTUDAVA NO SENAC. ESTUDAVA COM O NENÃO( ADEMIR )NENÃO ERA O FÃ NÚMERO HUM DO NEIZINHO. MORÁVAMOS PERTO DA VILA CARDIA.O NEIZINHO JOGAVA MUITO, MAS O QUE ACABOU COM ELE FOI ELE SER DONO DE UM BAR E A SOLIDÃO. OUTRA COISA AMIGOS DA BOLA, QUE GOSTAM DE UMA BEBIDA ALCÓOLICA. LEMBREM-SE " DINHEIRO NÃO AGUENTA DESAFORO. SEMPRE TORCI PARA O NACIONAL, MAS OS DIRIGENTES E JOGADORES DO ARCA, ERA METIDOS PRÁ CARAMBA, POIS A CIA.ANTARTICA OS BANCAVAM. MAS TUDO TEM O SEU TEMPO. A ANTARTICA FECHOU, O TERRENO FOI VENDIDO E SERA UM GRANDE SHOPPING CENTER. O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO..........
gdzb
UMA PESSOA COMENTOU QUE O TIME DA A.D.P.M ERA FREGUES DO ARCA. ISSO É MENTIRA A ASSOC. DA POLICIA MILITAR -ADPM DE BAURU TINHA UM MONTE DE CRAQUES. PICOLÉ JOGOU LÁ,DEPOIS FOI PARA O NOROESTE E DEPOIS PARA O PALMEIRAS.ERA UMA VERDADEIRA SELEÇÃO. É QUE O ARCA ERA MANTIDO PELA ANTÁRTICA E A ADPM ERA DA POLICIA MILITAR.O HENRIQUE VC. PRECISA POSTAR UM ARTIGO SOBRE O NACIONAL DA VILA CARDIA, O TIME MAIS ANTIGO DA VARZEA BAURUENSE. LÁ FOI UM AUTENTICO CELEIRO DE CRAQUES..QUIRINO,ROMICILDO,TALÃO,CARLINHO ASSIS, DENIR...
ARCA 10 X ADPM 0 - O fabuloso time do ARCA sempre estraçalhou o time da policia, time arrogante, e com a arbitragem sempre ao seu favor, pois os arbitros eram da policia.
ARCA 10 X ADPM 0 - O fabuloso time do ARCA sempre estraçalhou o time da policia, time arrogante, e com a arbitragem sempre ao seu favor, pois os arbitros eram da policia.
O timaço do ARCA tinha craques como Paulinho, Paraguaçu, Dias, Neizinho, os juizes eram todos da policia, o ARCA sempre arrasou o time da PM, mesmo assim
Que maravilha ler esses comentários, mas nos informe sobre o Neizinho, ele conseguiu se aposentar, precisa de alguma ajuda?
Parabéns pela postagem bom ouvir da história do amador bauruense e de varios jogadores da nossa antiga bauru,joguei bola no arca nos anos 90 e morava ali próximo jd santana mais uma vez parabéns mesmo nos anos 90 ouvi falar de neizinho ali no campo da arca
Acabei de falar com o Sidnei Cruz Tarantella, Sr Neizinho - 09 Jan 2021. Sempre dou atenção às Pessoas quando encontro na rua, E por coincidência Ele acabou de me contar Sua Vida, com Suas Glórias e Seus sofrimentos, Está morando aqui pertinho de minha casa, em local inóspito, sem condições alguma de higiene e segurança, para os Amigos do passado que queiram retribuir a amizade vivenciada nos bons tempos de juventude, o momento é agora. Com certeza precisará de ajudas. Mora em um barraco, na Rua Célio Daiben, antes do viaduto da Avenida Duque de Caxias, Sentido Vila Falcão, virem a direita e ali os encontrarão, com as mesmas características de quando era jovem e bom de bola, pelo que entendi nos Comentários anteriores. Mas com certeza precisa da ajuda dos amigos. Quem puder ajudar poderá procurá-lo. Grande história de vida a do Sr. Neizinho. Abraços. Zé Braite - 14 99705 3893
Postar um comentário