"HOJE", UMA TENTATIVA DE FAZER FRENTE À SELEÇÕES DO REAGERS DIGEST
Dois domingos atrás, passo por lá, trago dois CDs e quando
bato os olhos na lona estendida no chão, me deparo com uma preciosidade. É a revista/livro "Hoje - Os melhores livros", edição número 1, de novembro de 1977, publicação da editôra carioca Francisco Alves (de saudosa memória). Bate uma recordação danada de doída quando pego no livrinho. Não o largo mais. Tive alguns aqui no mafuá, mas acabei me desfazendo de todos. Lembro-me bem que o formato foi uma tentativa tupiniquim de fazer frente à Seleções do Reagers Digest, mais uma publicação a divulgar o estilo norte-americano de vida. Na "Hoje", tudo bem brasileiro. Na capa desse número 1, Jorge Amado e no miolo, textos de João Antonio, Almirante, Chico Anísio, além de algumas páginas com charges do Jaguar. Rever aquilo tudo me tomou o resto do domingo. Esqueci até do futebol (sou um saudosista inveterado). Não sei nem quanto tempo a revista resistiu, mas pelo que me lembro, tendo o livro como sua fonte inspiradora, transmitiu algo de muito positivo para uma gama de fiéis seguidores, dentre os quais me incluo. Não sei nada mais sobre a "Hoje!", nem sobre os destinos da editôra e livraria Francisco Alves (gostaria de saber), mas sei que ambas fazem uma falta danada. Gosto de ir revivendo isso, juntando cada vez mais papéis nesse meu acanhado canto e continuar pedalando meus encontros dominicais, regados a um bom bate-papo na feira. Me recarrego nesses momentos. Saio fortalecido só de circular entre aquelas pessoas e as preciosidades lá encontradas.
2 comentários:
Vc fala tanto desse tal de Carioca que vou lá na feira do rolo só para conhecer pessoalmente.
Também gosto de estar naquela confusão.
Torna meus domingos mais alegres
Vânia
Henrique, meu caro,
muito obrigado pelas palavras carinhosas - e fico satisfeitíssimo com tudo o que você falou a meu respeito. Fico feliz, também, que a idéia deste livro tenha inspirado você a falar de uma pessoa importante para sua vida profissional, como o Washington Alves. De tudo o que você disse, apenas uma correção (embora ela seja contra mim): já são 30 e não apenas 20 anos de estrada. Um abraço, Ricardo Galuppo (ricardo@linhasgeraes.com.br)
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