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Uma greve no transporte coletivo quase aconteceu na cidade nesses dias. Pelo visto ainda pode acontecer. Li e ouvi de tudo um pouco, opiniões de todos os lados possíveis e imagináveis. O próprio prefeito está empenhado para que a mesma não aconteça. Acho
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justo toda e qualquer negociação, mas queria deixar aqui uma singela sugestão de algo que ocorre num país vizinho. Final do ano passado estudantes da UNESP de Bauru, via excursão, conhecem Buenos Aires e arredores. No retorno, um dos
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relatos que mais me marcou foi o depoimento de uma jovem estudante, mais ou menos da seguinte forma: “Presenciamos uma greve no metrô na capital. A greve deles é diferente e dá resultado. Eles não param os trens, mas sim, possibilitam que todos os usuários continuem se utilizando dos serviços sem pagar a passagem. Pulam a catraca até o fim do movimento. Tudo organizado pelo movimento sindical, com acompanhamento para não virar bagunça”. O usuário não é penalizado. Não existe isso de ser mantido 30 ou 40% dos ônibus ou trens funcionando. Nada pára, 100% funcionando, até ser encontrada a solução final. Nunca vi algo parecido no Brasil e para que isso ocorra, em primeiro lugar, se faz necessária uma conscientização maior da população, do empresariado e do próprio movimento sindical. Por que sempre que se ventilam greves em segmentos de transporte urbano, o único prejudicado é o usuário, em sua maioria a massa de trabalhadores que precisa desse serviço? Inverter isso parece sensato e agilizariam as decisões.
2 comentários:
Fico feliz que os relatos da jovem estudante tenham sido bons e produtivos.
Espero mesmo que a gente aprenda com nossos "hermanos".
Beijos, Henrique!
Isso mesmo, cara Mayara, foi daquele seu relato que busquei inspiração para escrever esse meu. Queria ter te avisado sobre isso e não sabia que continuavas me lendo até hoje. Um grande abraço
Henrique, direto do mafuá
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