domingo, 14 de junho de 2009

COLUNA DO JORNAL BOM DIA (25)
INVERSÃO NA GREVE - texto publicado na edição de ontem, sábado, 13/06/2009.
Uma greve no transporte coletivo quase aconteceu na cidade nesses dias. Pelo visto ainda pode acontecer. Li e ouvi de tudo um pouco, opiniões de todos os lados possíveis e imagináveis. O próprio prefeito está empenhado para que a mesma não aconteça. Acho justo toda e qualquer negociação, mas queria deixar aqui uma singela sugestão de algo que ocorre num país vizinho. Final do ano passado estudantes da UNESP de Bauru, via excursão, conhecem Buenos Aires e arredores. No retorno, um dos relatos que mais me marcou foi o depoimento de uma jovem estudante, mais ou menos da seguinte forma: “Presenciamos uma greve no metrô na capital. A greve deles é diferente e dá resultado. Eles não param os trens, mas sim, possibilitam que todos os usuários continuem se utilizando dos serviços sem pagar a passagem. Pulam a catraca até o fim do movimento. Tudo organizado pelo movimento sindical, com acompanhamento para não virar bagunça”. O usuário não é penalizado. Não existe isso de ser mantido 30 ou 40% dos ônibus ou trens funcionando. Nada pára, 100% funcionando, até ser encontrada a solução final. Nunca vi algo parecido no Brasil e para que isso ocorra, em primeiro lugar, se faz necessária uma conscientização maior da população, do empresariado e do próprio movimento sindical. Por que sempre que se ventilam greves em segmentos de transporte urbano, o único prejudicado é o usuário, em sua maioria a massa de trabalhadores que precisa desse serviço? Inverter isso parece sensato e agilizariam as decisões.

Na sequência ao mesmo tema, fui em busca, via internet, de blogs argentinos de discussão da questão do transporte urbano, público ou não. Encontrei vários e cito alguns deles aqui, só para demonstrar como lá a questão é bem mais discutida que aqui no Brasil, principalmente no campo sindical:

2 comentários:

Mayara disse...

Fico feliz que os relatos da jovem estudante tenham sido bons e produtivos.
Espero mesmo que a gente aprenda com nossos "hermanos".

Beijos, Henrique!

Mafuá do HPA disse...

Isso mesmo, cara Mayara, foi daquele seu relato que busquei inspiração para escrever esse meu. Queria ter te avisado sobre isso e não sabia que continuavas me lendo até hoje. Um grande abraço
Henrique, direto do mafuá