SIVALDO CAMARGO, UM OUSADO DIRETOR DE ESPETÁCULOS
Escrever sobre amigos e pessoas queridas me é sempre muito grato, pois não me canso de exaltar esses, ainda mais quando as qualidades estão em evidência. SIVALDO CAMARGO é um desses amigos, dos mais conhecidos não só no meio teatral bauruense, onde atua e dirige desde muito cedo. Bate nas onze posições, pois quem não o conhece também dos meios da dança? Figura expoente num nicho quase exclusivo feminino, soube se sobressair e além da eficiência, virou mestre no ensino dessa arte. Vivendo dentro dessa efervecência política, sempre que cobrado sobre seu posicionamento, diz resoluto: "Sou libertário, anarquista convicto e não assino ficha nenhuma. Me deixe fora dessa". Seu outro lado, o técnico pode ser mostrado nos 4 anos onde esteve atuando como Diretor de Ação Cultural na Secretaria Municipal de Cultura. Foi, sem sombras de dúvidas, os anos mais ricos de amostragem cultural nos espaços públicos de Bauru, com todos eles ocupados com uma grande variedade de atividades. Trabalhou numa época de vacas magras e sua maior virtude foi conseguir trazer de tudo, sem grandes recursos públicos. Com contatos em todas as áreas culturais e conhecendo muita gente do meio, a saudade bate em todos os envolvidos com Cultura na cidade. Atuou também como professor na UNESP de Assis. Possuidor de dotes culinários, colocados à prova quando cuidou de um buffet, onde os jantares sob sua grife são todos muito comentados até hoje. Detalhista em tudo que faz, sempre esteve envolvido em algo diferenciado e de bom gosto. Circula em todos os meios da cidade com grande desenvoltura. É uma figura singular, única, um ótimo papo e amigo dos amigos. Viver na corda bamba é nossa especialidade e vê-lo como ontem, dirigindo o espetáculo "Opinião", no Templo foi para encher os olhos de lágrimas. Todos os presentes estavam emocionados. Está se superando em cada nova investida. Sivaldo é dos que fazem, não esmorecem nunca e não param de produzir. Além de tudo isso aqui exposto, tem mais, é meu amigo e exalto isso em cada esquina dessa cidade.
OBS.: Hoje é o melhor dia para escrever sobre Sivaldo e suas qualidades. Ainda não acordei do sonho visto no tablado montado dentro do bar Templo. Só mesmo duas pessoas para nos proporcionar aquilo tudo, Fernando, o dono daquele diversificado estabelecimento e Siva, revolucionário no fazer. Tenho ótimas fotos dele, mas preferi postar aqui somente a dos cinco ensaios do Opinião, que tive o prazer de participar (a seu convite).
"OPINIÃO - O SHOW - TEMPLO BAR - NOITE DE 22/06 - SEGUNDA - 21H - CASA CHEIA"
O que representou o espetáculo genuinamente brasileiro, o “Opinião”, encenado ainda no primeiro ano da ditadura militar, todos já conhecem. Mais que tudo aquilo foi constatar que continua mais atual do que nunca. Juntar o Nordeste, o samba carioca e a Zona Sul continua sendo um ato de ousadia, 45 anos depois. Quem primeiro vislumbrou a possibilidade de reviver isso por aqui foi Fernando, proprietário do Templo Bar e um dos maiores e mais criativos incentivadores de uma cultura ainda pouco valorizada. Ele propôs ao amigo e constante colaborador, Sivaldo Carmargo uma remontagem bauruense do encontro entre Zé Ketti, João do Valle e Nara Leão. Siva comprou a idéia, foi à luta e o resultado foi apresentado ao público bauruense ontem a noite, após seis ensaios, todos realizados às segundas-feiras. Com em elenco escolhido a dedo, com Norba, Marquinhos e Toninho na parte musical; João Paulo, Audren, Denise e Regina nos vocais, Siva na direção e espécie de narrador, além do Pez na técnica e Bazan na iluminação. Time de primeira grandeza para um espetáculo idem. E tudo saiu maravilhosamente perfeito, sendo tocado com uma seriedade muito grande, com estúdio alugado para os ensaios, algo para os ousados e não muito normais. Possibilitar isso tudo onde nada indique um retorno financeiro para o investimento é algo para poucos, os ousados, os que não vislumbram somente o lucro, querem ver a arte acontecendo e a cultura proliferando. Pessoas assim são imprescindíveis e mais do que necessárias. Esse espetáculo precisa vingar, ser divulgado, propagado, incentivado e reproduzido. Quero assisti-lo outras vezes, não me cansarei de fazê-lo. O “Opinião” inebriou todos na noite de ontem. Nem bem acordei do êxtase e já estou querendo mais e mais...
O que representou o espetáculo genuinamente brasileiro, o “Opinião”, encenado ainda no primeiro ano da ditadura militar, todos já conhecem. Mais que tudo aquilo foi constatar que continua mais atual do que nunca. Juntar o Nordeste, o samba carioca e a Zona Sul continua sendo um ato de ousadia, 45 anos depois. Quem primeiro vislumbrou a possibilidade de reviver isso por aqui foi Fernando, proprietário do Templo Bar e um dos maiores e mais criativos incentivadores de uma cultura ainda pouco valorizada. Ele propôs ao amigo e constante colaborador, Sivaldo Carmargo uma remontagem bauruense do encontro entre Zé Ketti, João do Valle e Nara Leão. Siva comprou a idéia, foi à luta e o resultado foi apresentado ao público bauruense ontem a noite, após seis ensaios, todos realizados às segundas-feiras. Com em elenco escolhido a dedo, com Norba, Marquinhos e Toninho na parte musical; João Paulo, Audren, Denise e Regina nos vocais, Siva na direção e espécie de narrador, além do Pez na técnica e Bazan na iluminação. Time de primeira grandeza para um espetáculo idem. E tudo saiu maravilhosamente perfeito, sendo tocado com uma seriedade muito grande, com estúdio alugado para os ensaios, algo para os ousados e não muito normais. Possibilitar isso tudo onde nada indique um retorno financeiro para o investimento é algo para poucos, os ousados, os que não vislumbram somente o lucro, querem ver a arte acontecendo e a cultura proliferando. Pessoas assim são imprescindíveis e mais do que necessárias. Esse espetáculo precisa vingar, ser divulgado, propagado, incentivado e reproduzido. Quero assisti-lo outras vezes, não me cansarei de fazê-lo. O “Opinião” inebriou todos na noite de ontem. Nem bem acordei do êxtase e já estou querendo mais e mais...
OBS.: Na última foto um inustitado e maravilhoso encontro, o do Marcelo Lemos (com seu
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