Mafuá do HPA

RETRATOS DE BAURU (59)

REGINA RAMOS, A GRANDE DAMA DO TEATRO BAURUENSE

Regina é uma dessas pessoas iluminadas. Possui uma luz mais do que própria a irradiar algo de muito positivo por onde circule. Que pessoa boníssima, daquelas a fazer o bem até para aqueles que a cutucam com a vara curta. Faz e acontece, com uma maestria e dignidade do tamanho do seu imenso coração. Faz juz a um título mais do que merecedor, pela folha corrida extensa: a de grande dama do teatro bauruense. A convivência no dia-a-dia ao seu lado é a constatação de que a maldade, a falcatrua, a negociata, a fofoca e a trapaça não tem vez nem hora no seu campo de ação. Está envolvida com atividades teatrais há décadas e além de toda agitação que essa atividade proporciona, promove verdadeiras arruaças culturais em cidades da região, promovendo o que mais gosta e sabe fazer: ampliar a convivência humana fraternal. Ela agita o espaço, deixando sua marca registrada, a da competência. Quem não se lembra de sua mãozinha arrebatadora nos saraus da igreja católica? E a atenção dada à mãe, com a qual circula de mãos dadas pela cidade toda? E a revolução patrocinada por sua técnica transformadora com o pessoal da Terceira Idade de Paulistânia? E o trabalho como dirigente cultural, aparando arestas e abrindo cada vez mais portas? E o teatro/performance na paróquia, onde primeiro mereceu a desconfiança do padre, para depois obter adesão às suas idéias, hoje até de olhos fechados? Ela, com esse jeito todo cheio de carinho, vai conseguindo tudo o que quer. E ela quer muito mais, portanto, quando a encontrar por aí, tenha certeza, está aprontando algo novo. Faz um bem danado ir reencontrando Regina por aí, pois além de tudo ela possui uma energia recarregadora, que energiza, além da sua, as nossas baterias.