GOLPE DE ESTADO É SINAL FECHADO
Sou avesso a golpes de estado, ainda mais quando executado por militares, os detentores das armas de um país. A primeira imagem que me vem à mente sobre o assunto são tanques nas ruas. Vivemos um período dos mais nefastos no pós-64, com a quartelada tupiniquim. Foram anos horrorosos, com a vigência de leis de exceção. Naqueles anos os golpes pipocaram por toda América Latina, foram uma praga, que todos os lúcidos precisam repudiar de forma veemente. Fico me retorcendo a cada cartinha que leio nos jornais de gente saudosa daquele período. Parecem possuírem memória curta, pois não atinam para o mal causado por regimes ditatoriais, no estilo coturno bestial no comando. Hoje, toda a América Latina parece viver um novo momento, mas sempre existem resquícios daqueles que se dizem mais poderosos do que o poder civil. É o caso de HONDURAS. Esse pequeno país incrustado na América Central, do qual quase nada conhecemos, vivia um regime democrático, após anos e anos de regimes fascistas e de cunho direitista. Bastou contrariar os interesses da classe mais abastada, para essa, em conluio com os militares (sempre eles) darem o golpe. MANOEL ZELAYA foi defenestrado do poder como se tira um cacho de bananas do pé e depositado num país vizinho. O negócio foi tão brutal, que até o presidente dos Eua, Obama, representante de um regime que incentivava esse tipo de prática, dessa vez foi contrário. Do presidente Lula saíram palavras que todos gostariam de ouvir: “Repudiamos totalmente. Golpes não podem voltar a pipocar por aí. Não reconhecemos o novo Governo”. É o que todos precisamos fazer, com clareza de propósitos. Sou contra golpistas e continuo contrário a tudo o que se refere a enaltecer o período militar brasileiro. Vade retro!
Sou avesso a golpes de estado, ainda mais quando executado por militares, os detentores das armas de um país. A primeira imagem que me vem à mente sobre o assunto são tanques nas ruas. Vivemos um período dos mais nefastos no pós-64, com a quartelada tupiniquim. Foram anos horrorosos, com a vigência de leis de exceção. Naqueles anos os golpes pipocaram por toda América Latina, foram uma praga, que todos os lúcidos precisam repudiar de forma veemente. Fico me retorcendo a cada cartinha que leio nos jornais de gente saudosa daquele período. Parecem possuírem memória curta, pois não atinam para o mal causado por regimes ditatoriais, no estilo coturno bestial no comando. Hoje, toda a América Latina parece viver um novo momento, mas sempre existem resquícios daqueles que se dizem mais poderosos do que o poder civil. É o caso de HONDURAS. Esse pequeno país incrustado na América Central, do qual quase nada conhecemos, vivia um regime democrático, após anos e anos de regimes fascistas e de cunho direitista. Bastou contrariar os interesses da classe mais abastada, para essa, em conluio com os militares (sempre eles) darem o golpe. MANOEL ZELAYA foi defenestrado do poder como se tira um cacho de bananas do pé e depositado num país vizinho. O negócio foi tão brutal, que até o presidente dos Eua, Obama, representante de um regime que incentivava esse tipo de prática, dessa vez foi contrário. Do presidente Lula saíram palavras que todos gostariam de ouvir: “Repudiamos totalmente. Golpes não podem voltar a pipocar por aí. Não reconhecemos o novo Governo”. É o que todos precisamos fazer, com clareza de propósitos. Sou contra golpistas e continuo contrário a tudo o que se refere a enaltecer o período militar brasileiro. Vade retro!
Um dos LPs de Chico Buarque que mais marcaram minha vida foi "Sinal Fechado", de 1974 (tinha 14 anos), em plena Ditadura Militar. Chico sofria censura brava e gravou muitas músicas com um nome fictício, Julinho da Adelaide. Uma dessas músicas é antológica para retratar o nefasto perído, "Acorda Amor". Sintam o clima da letra e vejam o quanto precisamos ficar distantes disso: (Julinho de Adelaide / Leonel Paiva – 1974)
"Acorda amor/ Eu tive um pesadelo agora/ Sonhei que tinha gente lá fora/ Batendo no portão, que aflição/ Era a dura, numa muito escura viatura/ minha nossa santa criatura/ chame, chame, chame, chame o ladrão/ Acorda amor/ Não é mais pesadelo nada/ Tem gente já no vão da escada/ fazendo confusão, que aflição/ São os homens, e eu aqui parado de pijama/ eu não gosto de passar vexame/ chame, chame, chame, chame o ladrão/ Se eu demorar uns meses convém às vezes você sofrer/ Mas depois de um ano eu não vindo/ Ponha roupa de domingo e pode me esquecer/ Acorda amor/ que o bicho é bravo e não sossega/ se você corre o bicho pega/ se fica não sei não/ Atenção, não demora/ dia desses chega sua hora/ não discuta à toa, não reclame/chame, clame, clame, chame o ladrão"
"Acorda amor/ Eu tive um pesadelo agora/ Sonhei que tinha gente lá fora/ Batendo no portão, que aflição/ Era a dura, numa muito escura viatura/ minha nossa santa criatura/ chame, chame, chame, chame o ladrão/ Acorda amor/ Não é mais pesadelo nada/ Tem gente já no vão da escada/ fazendo confusão, que aflição/ São os homens, e eu aqui parado de pijama/ eu não gosto de passar vexame/ chame, chame, chame, chame o ladrão/ Se eu demorar uns meses convém às vezes você sofrer/ Mas depois de um ano eu não vindo/ Ponha roupa de domingo e pode me esquecer/ Acorda amor/ que o bicho é bravo e não sossega/ se você corre o bicho pega/ se fica não sei não/ Atenção, não demora/ dia desses chega sua hora/ não discuta à toa, não reclame/chame, clame, clame, chame o ladrão"
Um comentário:
Todos com Honduras
Amigos,
Honduras necessita de nossa solidariedade. Nos, latinos americanos não podemos permitir nenhuma violência contra a nossa soberania.
Aprendemos muito nestes últimos anos. Aprendemos a ler os signos da dominação estrangeira. Estamos alertas e empenhados na busca incessante pela Paz mundial.
Condenamos o Golpe de Estado e apoiamos ao Presidente Manuel Zelaya e seu povo.
No site, www.cdhrio.com.br, você pode encontrar informações, analises, bem como manifestações de apoio ao Presidente Manuel Zalaya.
Todos que desejam reafirmar sua solidariedade podem aderir a Campanha encabeçada por Adolfo Perez Esquivel - Premio Nobel da Paz, endossados por Dany Glover - ator e ativista social estadunidense, por Thiago de Mello- poeta -pelo escritor cubano Roberto Fernandez Retamar, presidente da Casa de las Américas, entre outros muitos companheiros de todas as nacionalidades.
Favor enviar sua adesão através do email:oscar.niemeyer@cdhrio.com.br
Marilia Guimarães
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