“BRASILEIROS”, UMA REVISTA DE REPORTAGENS NADA ARROGANTE
Em Bauru fui um privilegiado, pois descobri a revista Brasileiros antes do seu parto. Trouxemos Ricardo Kotscho em 2007, para uma palestra aqui em Bauru, através da Secretaria Municipal de Cultura, numa parceria com o Sindicato dos Jornalistas e ali ele me falou de algo já no prelo, a tal revista. Conversamos muito e lhe peço que me envie o número Zero. Quem me atende é o próprio editor, o jornalista e fotógrafo Hélio Campos Mello. No texto de apresentação, de dois anos atrás (01/06/2007) lá estava o propósito de tudo: “Uma revista mensal de reportagens, com foco no Brasil, em seus habitantes e suas histórias. (...) Um publicação que faz questão de ser competitiva e influente, sem ser arrogante. (...) ...sem ser predadora ou sensacionalista”. Foi amor à primeira vista. Esperei ansioso sua chegada às bancas e na data prevista fico a cutucar meu jornaleiro: “Já recebeste a nova revista?”.
Que cheiro gostoso tem essa revista. Sou daqueles que ainda não conseguem ler revistas via computador. Gosto demais desse negócio de virar páginas, grifar frases, guardar exemplares e até do cheiro emanado da impressão do papel. Só não gosto muito de emprestá-las, até faço isso, fazendo marcação cerrada até sua devolução. Vibrei com o número Zero e com todos os demais. Hoje, na edição nº 23 (José Padilha na capa), minha primeira carta publicada e uma Declaração de Amor à boa leitura ali encontrada: “Adoro essa revista. Tenho todas as edições aqui no meu mafuá. Uma melhor que a outra. Fiquei encantado com o projeto de contar a histórias das pessoas mais simples”. A revista tem encantamentos mil, mas me pegou logo na constituição do trio de comando, tendo Hélio, Kotscho e um outro da mesma cepa, Nirlando Beirão.
Torço muito a cada edição. Acompanho tudo, desde a pequena quantidade de anunciantes. Não pensem que não me preocupo com a grande quantidade de anúncios públicos e poucos privados. Tenho receio de que num novo Governo eles deixem de acontecer. Nem me imagino privado dessa leitura mensal, uma das poucas revistas que torce e acredita no Brasil. Isso mesmo, muitas de nossas revistas torcem contra o Brasil, já Brasileiros estampa em todas edições, na sua última página uma seção com a resposta de brasileiros para um questionamento: “Você acredita no Brasil?”. E suas matérias e textos instigam todos a lutarem pelo Brasil dos verdadeiros brasileiros, ou seja, nós todos, os anônimos.
Quero destacar alguma das coisas que mais gostei. Toda a seção “30 Dias” é divinal, de um bom gosto impressionante. Fico antenado a cada sintonizada. Depois caio de boca na leitura. Sintam alguns títulos: “O enciclopédia e suas histórias” (nº 01), “Histórias dos manguezais de Curuçá”, (nº 02), “Um arquiteto cidadão” (nº 04), “Circo na estrada” (nº 07), “Nas pegadas de Rosa” (nº 08), “Nós não somos deste mundo” (nº 09), “Maio/Junho 68” (nº 10), “Roraima em pé de guerra” (nº 11), “Ilegais em Madri” (nº 12), “Outras noites no cais” (nº 16), “De olho na selva” (nº 17), “O grande Cauby” (nº 18), “Posto 9” (nº 19), “O médico da pobreza” (nº 20), “Nazistas na Amazônia” (nº 21), “O cofre do Dr Rui”, (nº 22) e “O dia em que Sartre fundiu a cuca” (nº 23).
A apresentação é primorosa, com o editorial escrito sempre pelo Hélio e em cima de uma foto histórica de sua autoria. Existem revistas que possuem textos ótimos e péssima diagramação. Brasileiros junta tudo isso no mesmo produto, tornando-o mais apetitoso. Sintam alguns dos nomes que por lá já estiveram, além do trio de ferro do comando, lá já apareceram Jorge Pontual, Tão Gomes Pinto, Osmar Freitas Jr, Celso Fonseca, Ruy Castro, Bob Wolfenson, Xico Sá, João Garcia, Luiz Chagas, JR Duran, Alex Solnik e uma pá de gente nova, pois além de tudo, a revista propicia isso, texto de iniciantes. Diante de tantos elogios, duas constatações, sinto a falta de mais textos de Nirlando Beirão e espero que a revista saia logo da fase de só colocar fotos dos entrevistados do mês em suas capas. Querem saber qual a capa que acredito a melhor. Fico com a da edição nº 8, feita em cima da obra de Guimarães Rosa. Chega, basta de conversa e daqui parto para a Banca da Duque (cada um possui a de sua preferência, eu tenho a minha aqui em Bauru) a espera da edição do segundo aniversário, a de nº 24. Como sei que esses caras se superam a cada edição, a expectativa sempre é imensa. Desse tipo de jornalismo eu gosto muito e não abro mão. Ah, e por fim, duas coisas: a revista possue uma média de 114 páginas e um dos menores preços dentre nossas revistas, apenas R$ 7,90. Experimente e depois comente por aqui.
Em Bauru fui um privilegiado, pois descobri a revista Brasileiros antes do seu parto. Trouxemos Ricardo Kotscho em 2007, para uma palestra aqui em Bauru, através da Secretaria Municipal de Cultura, numa parceria com o Sindicato dos Jornalistas e ali ele me falou de algo já no prelo, a tal revista. Conversamos muito e lhe peço que me envie o número Zero. Quem me atende é o próprio editor, o jornalista e fotógrafo Hélio Campos Mello. No texto de apresentação, de dois anos atrás (01/06/2007) lá estava o propósito de tudo: “Uma revista mensal de reportagens, com foco no Brasil, em seus habitantes e suas histórias. (...) Um publicação que faz questão de ser competitiva e influente, sem ser arrogante. (...) ...sem ser predadora ou sensacionalista”. Foi amor à primeira vista. Esperei ansioso sua chegada às bancas e na data prevista fico a cutucar meu jornaleiro: “Já recebeste a nova revista?”.
Que cheiro gostoso tem essa revista. Sou daqueles que ainda não conseguem ler revistas via computador. Gosto demais desse negócio de virar páginas, grifar frases, guardar exemplares e até do cheiro emanado da impressão do papel. Só não gosto muito de emprestá-las, até faço isso, fazendo marcação cerrada até sua devolução. Vibrei com o número Zero e com todos os demais. Hoje, na edição nº 23 (José Padilha na capa), minha primeira carta publicada e uma Declaração de Amor à boa leitura ali encontrada: “Adoro essa revista. Tenho todas as edições aqui no meu mafuá. Uma melhor que a outra. Fiquei encantado com o projeto de contar a histórias das pessoas mais simples”. A revista tem encantamentos mil, mas me pegou logo na constituição do trio de comando, tendo Hélio, Kotscho e um outro da mesma cepa, Nirlando Beirão.
Torço muito a cada edição. Acompanho tudo, desde a pequena quantidade de anunciantes. Não pensem que não me preocupo com a grande quantidade de anúncios públicos e poucos privados. Tenho receio de que num novo Governo eles deixem de acontecer. Nem me imagino privado dessa leitura mensal, uma das poucas revistas que torce e acredita no Brasil. Isso mesmo, muitas de nossas revistas torcem contra o Brasil, já Brasileiros estampa em todas edições, na sua última página uma seção com a resposta de brasileiros para um questionamento: “Você acredita no Brasil?”. E suas matérias e textos instigam todos a lutarem pelo Brasil dos verdadeiros brasileiros, ou seja, nós todos, os anônimos.
Quero destacar alguma das coisas que mais gostei. Toda a seção “30 Dias” é divinal, de um bom gosto impressionante. Fico antenado a cada sintonizada. Depois caio de boca na leitura. Sintam alguns títulos: “O enciclopédia e suas histórias” (nº 01), “Histórias dos manguezais de Curuçá”, (nº 02), “Um arquiteto cidadão” (nº 04), “Circo na estrada” (nº 07), “Nas pegadas de Rosa” (nº 08), “Nós não somos deste mundo” (nº 09), “Maio/Junho 68” (nº 10), “Roraima em pé de guerra” (nº 11), “Ilegais em Madri” (nº 12), “Outras noites no cais” (nº 16), “De olho na selva” (nº 17), “O grande Cauby” (nº 18), “Posto 9” (nº 19), “O médico da pobreza” (nº 20), “Nazistas na Amazônia” (nº 21), “O cofre do Dr Rui”, (nº 22) e “O dia em que Sartre fundiu a cuca” (nº 23).
A apresentação é primorosa, com o editorial escrito sempre pelo Hélio e em cima de uma foto histórica de sua autoria. Existem revistas que possuem textos ótimos e péssima diagramação. Brasileiros junta tudo isso no mesmo produto, tornando-o mais apetitoso. Sintam alguns dos nomes que por lá já estiveram, além do trio de ferro do comando, lá já apareceram Jorge Pontual, Tão Gomes Pinto, Osmar Freitas Jr, Celso Fonseca, Ruy Castro, Bob Wolfenson, Xico Sá, João Garcia, Luiz Chagas, JR Duran, Alex Solnik e uma pá de gente nova, pois além de tudo, a revista propicia isso, texto de iniciantes. Diante de tantos elogios, duas constatações, sinto a falta de mais textos de Nirlando Beirão e espero que a revista saia logo da fase de só colocar fotos dos entrevistados do mês em suas capas. Querem saber qual a capa que acredito a melhor. Fico com a da edição nº 8, feita em cima da obra de Guimarães Rosa. Chega, basta de conversa e daqui parto para a Banca da Duque (cada um possui a de sua preferência, eu tenho a minha aqui em Bauru) a espera da edição do segundo aniversário, a de nº 24. Como sei que esses caras se superam a cada edição, a expectativa sempre é imensa. Desse tipo de jornalismo eu gosto muito e não abro mão. Ah, e por fim, duas coisas: a revista possue uma média de 114 páginas e um dos menores preços dentre nossas revistas, apenas R$ 7,90. Experimente e depois comente por aqui.
Em tempo: O site deles é http://www.revistabrasileiros.com.br/
3 comentários:
obrigado por tuas palavras, caro henrique, sempre muito generoso. esta matéria da beira de estrada mineira, a do vendedor de fumo de beira de estrada foi a que mais gostei de fazer na revista.
abração,
ricardo kotscho
Caro Henrique ,
Muito obrigado pelos elogios e pela sua atenção.
Vida longa para você!!!!!!!
Um grande abraço
Hélio Toledo de Campos Mello Jr
meu caro henrique,
recebi uma cópia do seu email para o mino e o sergio lirio. agradeço pelo fato de me ver incluído entre os seus elogios.
queria dizer que estou estudando uma maneira de trazer de volta minha colaboração a uma revista que corresponde de fato a tudo o que você diz dela.
grande abraço
nirlando beirão
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