sexta-feira, 7 de março de 2025


MICHEL, 39 ANOS COM UMA LIVRARIA PORTUGUESA E BRASILEIRA, PRÓXIMO DO PANTHEON PARISIENSE

Eu, que não falo francês, entendo pouco, sinto falta de falar e ler algo dentro de algo inteligível para quem, durante a vida inteira, o fez quase que exclusivamente em protuguês. Aqwui por Paris, o padecimento é grande e as opções culturais estão a nos rodear. Em cada esquina uma e mais convidativa que outra. Perdição sem fim. Quando, rodando pelas ruas e conduzido pelas mãos de Angelica Adverse, que morou em Paris por alguns anos, sou levado para um oásis brasileiro no coração da cidade, quase caio das pernas. Confesso, foi difícil me tirar dali, mesmo com tudo o mais que a cidade me proporciona em cada virada de esquina.
Lá conheci Michel Chandeigne, francês e proprietário da Librairie Portugaise & Brésilense, localizada na rue des Fossés Siant-Jaques, na Place de l'Estrapade, há exatos 39 anos e ali tornando-se um dos pontos de encontro de brasileiros - principalmente os interessados em literatura, pois sabemos, muitos pra cá aportam e não lêem nem bula de remédio, quanto mais livros. o lugar é mais do que aprazível, pois além dos livros brasileiros e protugueses em francês, muita coisa na nossaa língua, edições antigas brasileiras.
Numa banca de promoção, três euros cada, separo três, Samuel Wainer, Carlinhos Oliveira e o jornalista Pena Branca. O do Wainer tenho, assim como o da editora Codreci, a do Pasquim, com o livro Barra Pesada e assim sendo, seguindo orientação de de dona Ana Bia, "leve somente um, olha o peso das malas", fico com o "O Pavão Desiludido", de um jornalista que adorava ler nos bons tempos do Jornal do Brasil, quando o comprava na banca lá na estação ferroviária, praça Machado de Mello. Como trouxe três livros para ler na viagem, todos fininhos e termino o último entre hoje e amanhã, o do Carlinhos reservo para a viagem de volta.
Mas não é disso que quero exatamente escrever e sim, do maravilhamento de quando longe de casa, ainda mais noi estrangeirto, se deparar com um "oásis", como disse ao sr Michel, como denominava sua livraria. Perguntei a ele se vendia bem e sua resposta: "Sim. Já deu mais, tempos quando Jorge Amado, Graciliano e mesmo Oswald de Andrade vendiam mais. Insisto, pois isso me move. Falo pouco de português, mas entendo todos que por aqui aportam. E discuto sobre os temas e autores, enfim, eles convivem todos comigo já há quase quarenta anos. Isso tudo é minha vida".
Sim, é isso mesmo. Rodopiei pelos corredores e tirei foto de muitos os títulos ali expostos. Viajei na maionese, como costuma-se dizer entre os que se lambuzam de contentamento diante de um prato de guloseimas, dessas irrestíveis. Livros, para mim, são objetos de adoração e de acumulação. Meu mafuá que o diga. Vivo no meio deles e se sofresse de rinite, ou problema pulmonar, estaria já debaixo de sete palmos, pois a devoção me faz permanecer magnetizado com estes, velhos, novos ou até carcomidos perlo tempo. Seu Michel que o dia, pois sua livraria cheira deste néctar. Eu até comentei com ele algo perceptível em sua livraria, com tantos livros de velhas edições brasileiras e todos com aspecto de novo, algo difícil de ser encontrado nos sebos brasileiros.
Então, foi assim, como adentrei, fui sacado de continuar vascuilhando e, consequentemente, gastando por lá. Fui retirado meio que a fórceps de lá e levado de volta para a rua. Arrastado sem dé e piedade, passo adiante a dica, pois talvez até existam outras com o mesmo teor na cosmopolita Paris, porém, a deste senhor, que já foi várias vezes ao Brasil, "no passado", como me diz, é diferenciada. Lá, além dos livros, cartazes e outras referências, como a do filme "Ainda Estou Aqui", que já passou em Paris - seu Michel não foi assistir e espera ele voltar em cartaz -, com algo fixado no vidro da porta de entrada, como uma espécie de cartão de visitas ou chamarisco para o brasileiro adentrar o lugar. Ser brasileiro, estar longe de casa e não ser tocado por algo assim é estar "ruim da cabeça ou doente do pé", como dizia a velha canção.
Deixo a dica. Passando por Paris e longe de casa por um certo período, não deixe de vir conhecer essa livraria e bater um papo com seu Michel, alguém pelo qual, só por ter despertado nele o interesse de passar adiante algo do Brasil - e também de Portugal -, de nossa língua, merecedor de todos os elogios e paparicos. Fui voltei e se passar por perto, hoje, sexta, 07/03, um dia antes da despedida, adentro e levo mais alguma coisa. Para livros sempre sobrará espaços em minha mala.

em Bauru não se fala em outra coisa
COMENTÁRIOS APÓS PUBLICAÇÃO DA INCONCEBÍVEL APROVAÇÃO DE TÍTULO DE CIDADÃO PARA O GOLPISTA E INEPTO JAIR BOLSONARO
1.) "O golpe continua. Esses 17 são cúmplices. Bolsonaro não tem saída jurídica. Volta-se desesperadamente para uma saída política baixa, muito baixa. Até seu filho foi pedir sanções econômicas nos EUA contra o país. É o avesso do patriotismo. É a negação do nacionalismo. É hipocrisia pura!", Alberto Pereira.
2.) "Cada um se identifica com o que lhe assemelha: canalhas se identificam com canalhas... Fácil de entender", Benedito Falcão.
3.) "Anotem os nomes dos idiotas que votaram a favor . O que o inelegível fez para Bauru ? Uma creche ? Um hospital? Um pronto atendimento? Uma rua asfaltada? Muito pelo contrário só contribuiu com sua ignorância pra várias mortes na pandemia. Um sr arregão que quando do golpe mal sucedido estava nos EUA enquanto nossos vereadores borgo e cia estava em frente ao quartel. Vergonha", Roger Martins.
4.) "O título de Cidadão Bauruense vai ser entregue na P1 ou P2?", Walter Pissuto.
5.) "Bauru derretendo e a câmara brincando de dar título de cidadão bauruense....enquanto isso a prefeita vai casando e loteando bauru", Eduardo Nicolas.
6.) "Do Borgo nenhuma novidade. Mas até certos vereadores que se diziam progressistas, uma decepção total. Perfeitos bolsominios de carteirinha", Roberto Peres.
7.) "Mamando o falo do brochável, 17 chupetinhas", Amanda Helena.
8.) "Câmara lixo. A cidade com uma péssima prefeita, sem água, sem saúde, sem estação de tratamento de água. A cidade entrega as traças e esses 17 cretinos apoiando um GENOCIDA, GOLPISTA, LADRÃO DE JOIAS, EXPULSO DO EXERCITO, MAU CARÁTER, Lamentável", Paulo Bataiolla.
9.) "Bauru comprovou sua vocação golpista, mostrando seu conluio com gente desonesta e fascista como o bolsonaro!! Quem anda com fascista ??? É o que mesmo ???", Fernando Rafael Alves Pereira.
10.) "O autor dessa aberração diz fazer oposição à prefeita, porém é farinha do mesmo saco!! Vejam o caos em que a cidade se encontra, escândalo atrás de escândalo na saúde, educação... falta d'água e ele inventa um negócio desse para fazer cortina de fumaça para ela. O autor da aberração justifica ela afirmando que o homenageado enviou recursos para Bauru, porém é incapaz de apontar onde a Prefeitura utilizou os mesmos. Onde será que foi utilizado?", Paulo Eduardo Villaça Zogheib.
11.) "Prefeita,cadê os Remédios da Farmácia Popular,fui buscar um remédio para um Amigo,que está em falta à 15 dias,e o Funcionário só respondeu: vai reclamar para essa senhorita que Administra a Cidade. É o FIMMMMMM",José Osvaldo Marques.
12.) "O mais vergonhoso e ver o vereador que vote está presente nessa vergonhosa atitude, lamentável meu voto nunca mais", Marisa Tonetti Jacques.
13.) "Sem palavras depois de tudo que foi revelado sobre esse monstro, Bauru faz isso. Que nojo gente. Estou indignada ", Paula Medina.
14.) "A partir de agora vou dizer que sou de Uru, e não de Bauru - cidade fracassada, sem limites para o atraso", Ronaldo Gifalli.

quinta-feira, 6 de março de 2025


TELHADOS

A FOTO MAIS FAMOSA DE PARIS É A DE SEUS TELHADOS
Paris é toda um deslumbre. Ela nos convida a não sair de suas ruas. A tentação é grande e mesmo com o corpo cansado, existe todo um magnetismo te arrebatando para não sair das ruas. Quem dele se deixa levar totalmente, vive enfronhado neste emaranhado, tipo um eterno labirinto, destes que, dificilmente se consegue reencontrar o caminho da saída. Os momumentos por aqui são muitos, os lugares a serem percorrido são de igual teor, tudo envolvente, cativante e de encher os olhos. Porém, sem tirar nem por, a imagem que mais representa Paris é a de seus telhados. Nesta foto, a que tenho da janela do meu quarto de hotel. Paria é assim, visto da maioria de suas janelas. É isso que se vê através de suas janelas. Olho para fora da minha e me lembro de uma história lida tempos atrás, numa crônica em CartaCapital, relatando a vida de uma brasileira, vivendo num cubículo de três metros, tudo entulhado em caixas, mal podendo se mover e uma janela, seu contato com o mundo externo. Por ela, a imagem dos telhados de Paris. A vida nem sempre é tranquila numa metrópole e as aparências enganam muito. A fachada sempre é bela, porém, o seu lado oculto revela algo do que realmente se dá nos bastidores desta e de tantas outras cidades. Fico aqui parado e pensativo diante de uma destas milhares de janelas, todas dando para outros telhados, todos num tom opaco, escuro e se analisarmos friamente, algo assustador. Na imensa maioria das janelas parisienses nã ose observa o brilho das ruas desta cidade, dita e vista como Luz. O que se observa é outra coisa e nem sempre também ruim. Enfim, tudo é motivo para boa reflexão. Tem uma letra de música brasileira feita dentro deste tema. Creio que pelo Alceu Valença e retrata muito bem isso tudo que me passa neste momento pela cabeça. Enfim, reflexões de quem acorda e se põe a olhar janela afora, vendo diante de si aquele mar de telhados. Quantos outros não o fazem, pensando em algo parecido. Telhados, nele vejo gatos, pombos e pisadas humanas, marcas de quem pode também se aproximar de mim através das tais janelas. Melhor eu ir logo pras ruas, deixar de enxergar o mundo por essa visão aqui do alto e pisar logo esse convidativo solo parisiense. A rua me espera e as janelas me verão novamente somente à noite, quando voltar pro meu cantinho aqui no alto de um hotel perdido na imensidão da cidade grande.

RUANDO POR PARIS, QUINTA DE SOL PELA MANHÃ - DA PLACE MONGE, RUE MOUFFETARD, PANTHÉON, LIBRARIE GILBERT'S JOSEPH ATÉ A TORRE EIFFEL

EXPOSIÇÃO "SAGA DAS GRANDES LOJAS DE MAGAZINES", COMO TUDO COMEÇOU...

MUSEU E EXPOSIÇÃO PICASSO DE PARIS

O CENTRO CULTURAL POMPIDOU DE PARIS VAI FECHAR, VOLTAMOS NOS SEUS ÚLTIMOS DIAS ABERTO
Dizem que, a reforma vai durar cinco anos. Um lindo espaço cultural na capital cultural e mais cosmopolita do planeta.

e a Bauru que não se cansa de nos fazer passar vergonha
Borgo, autor da bestialidade ao futuro  detento.

VERGONHA MAIOR PRA BAURU NÃO EXISTE, EIS O PLACAR JÁ PRESCRITO POR MIM, 17 X4
"SESSÃO TENSA - Câmara aprova título de Cidadão Bauruense a Jair Bolsonaro, por André Fleury Moraes.
A Câmara de Bauru aprovou nesta quinta-feira (6), por 17 votos a 4, um projeto do vereador Eduardo Borgo (Novo) que concede o título de Cidadão Bauruense ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Além do autor, foram favoráveis à proposta os vereadores Júnior Rodrigues (PSD), Pastor Bira (Podemos), Márcio Teixeira (PL), Marcelo Afonso (PSD), Mané Losila (MDB), Júlio César (PP), José Roberto Segalla (União Brasil), Cabo Helinho (PL), Edson Miguel (Republicanos), Emerson Construtor (Podemos), Júnior Lokadora (Podemos), Dario Dudario (PSD), Arnaldinho Ribeiro (Agir), Beto Móveis (Republicanos), Sandro Bussola (MDB) e André Maldonado (PSD). Votaram contra, por sua vez, Natalino da Pousada (PDT), Miltinho Sardin (PSD), Markinho Souza (MDB), Estela Almagro (PT).
Com a galeria lotada por manifestantes – a maioria dos quais contrários à concessão da honraria –, a votação do texto acabou por nacionalizar a discussão política no ambiente legislativo municipal".

As repercussões dessa bestialidade publico junto ao meu texto de amanhã.

quarta-feira, 5 de março de 2025


ENCERRADO O CARNAVAL: DOLCE & GABBANA EM PARIS
Exposition au Grand Palais
Essa dupla de verdadeiros artistas italianos, Domenico Dolce & Stefano Gabbana possuem um dom de transformar vestimentas em verdadeiras obras de arte. Ana Bia previamente marcou a visita para essa manhã, 10h, até o Gran Palais presenciar o maravilhamento da "Du Cceurà la Main". O visualizado é impressionante e somente mesmo as fotos para representar o que ali tivemos a oportunidade de ver presencialmente. Encantadora exposição, feita em grande estilo, três andares de encher os olhos. E assim, no meio disso tudo, passamos nossa manhã desta quarta.

E PRA NÃO DIZER QUE LÁ NÃO ESTIVEMOS, EIS O SENA, NOTRE DAME E O SORVETE BERTILLON
A ida pra beirada do Sena é sempre inevitável em Paris. Revejo com saudade os bouquenistes, locais de antigos livreiros à margem do rio e hoje, nos mesmos locais só venda de souvenniers, nada mais. Livros deixaram de ali estar faz tempo. Atravessamos o rio, tiramos fotos e fomos espiar a igreja de Notre Dame. Impossível adentrá-la, pois as filas são imensas e as reservas feitas com muitos dias de antecedência e por mais tentado, ficamos na vontade. Do passeio ao sol - a temperatura milagrosamente subiu e já beira os 15º -, almoçamos num local escolhido a dedo por Ana Bia e lá, provo novamente o famoso sorvete da Bertillon - uma bolinha mequetréfica por 5 euros. Andamos, percorremos trilhas conhecidas e desconhecidas, compramos recuerdos, enfim, curtiumos até não mais poder o momento e o local. E depois nos bandeamos de metrô para outra visita. Tudo por aqui é feito merio que cronometrado, horário já definido e assim seguimos um roteiro previamente pensado. Vamos em frente, buscando renovar energias. O corpo sente, porém, resiste bravamente.

MUSEU DO LOUVRE COM CASAL DE BRASILEIROS E DEPOIS, ESTES NOS LEVARAM NUMA CASA TÍPICA, REDUTO DA BOÊMIA PARISIENSE
A tarde noite desta querta foi intensa. Ana Bia marcou encontro com casal brasileiro defronte a priâmide do Museu do Louvre. Havíamos comprado ingresso antecipdado para adentrar o concorrido museu para 16h e por lá, Angélia, colega de Design e seu marido, Helton Adverse, professor de Filosofia Política na UFMG. Enquanto as duas percorriam a exposição DESIGN DE MODA, eu e ele, travamops uma longa conversa nosso momento político. O tempo passou tão rápido, pois conciliar ambas as coisas é extremamente difícil, primeiro tudo ali no Louvre, diante de nossos olhos e eu tentando aproveitar deste outro momento, uma boa prosa com um estudioso dessas teorias todas filosóficas, voltando-as para o que acontece no mundo atual. Elas riram muito, pois se conheciam há cinco anos, nunca tendo a oportunidade de se encontrarem pessoalmente e isto se deu, pasmem, no Louvre.
Visitamos não só a exposição específica, como alguns dos corredores mais concorridos, com direito a novas fotos diante de algumas obras famosas, como a própia Monalisa. De lá, instigados por ele e quase já no horário de fechamento do Louvre, nos levaram para um restaurante que haviam conhecido, segundo ouviram, reduto da velha boêmia do jazz, anos 70/80. Na chegada não resisto e na parede, o registro de Simpé e Wolinski, magos do traço francês. A prosa continuou entre os quatro e pratos servidos, devorados, bom vinho à mesa, seguimos até o momento - mais um - de nos levarem para uma imensa livraria ali perto e de lá, cansados e já pensando no dia seguinte, voamos para o hotel. Tudo passa muito rapidamente por aqui, ainda mais faltando tão poucos dias para o retorno.

em Bauru a pouca vergonha continua
O CARA VAI SER PRESO, É INELEGÍVEL, NÃO FEZ NADA POR BAURU, MUITO MENOS PELO BRASIL, MILICIANO, ENVOLVIDO COM ATOS GOLPISTAS E EDUARDO BORGO QUER QUE SEJA APROVADO UM TÍTULO DE CIDADÃO BAURUENSE - ALÉM DISSO O CARA NUNCA PISOU OS PÉS EM BAURU.
FALTA TRABALHO NA CÂMARA DE BAURU? A Câmara Municipal votará nesta quinta-feira (6), às 13h, um Projeto de Decreto Legislativo que propõe conceder o título de Cidadão Bauruense ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A iniciativa, de autoria do vereador Eduardo Borgo (NOVO), tem gerado forte reação contrária da sociedade civil e de parlamentares opositores.
Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030, é investigado por participação em um plano de golpe de Estado e por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio público. Durante seu mandato, também foi amplamente criticado pela condução da pandemia de Covid-19, período em que o Brasil registrou mais de 700 mil mortes.
Movimentos sociais e políticos organizam um protesto contra a proposta em frente à Câmara, pedindo que os vereadores rejeitem o projeto. O objetivo é pressionar os parlamentares a focarem nas necessidades reais da população, em vez de pautas ideológicas.
A votação acontece nesta quarta-feira, às 13h, na Câmara Municipal de Bauru. A mobilização segue aberta para participação popular.
Leia em nosso site a nota completa sobre o ato
https://www.fmc-comunica.com.br/.../123-bauru-tem-ato...
Texto de Igor Fernandes, representante do PSOL Bauru.

Completo com comentário do jornalista Ricardo de Callis Pesce feito em minha postagem e refletindo como também entendo o desenrolar destes fatos: "Não investigaram os responsáveis pelos acampamentos e pelos financiamentos dos golpistas de Bauru e região. Eles se encheram de coragem para continuar a obra deletéria. O Direito não socorre a quem dorme".

SITUAÇÃODE QUEM DECIDE POR NÓS EM BRASÍLIA

terça-feira, 4 de março de 2025


DEIXO O PAÍS COMANDADO POR ORBÁN: ALGO DELE

Ouvi pouco deste senhor, que 14 anos atrás chegou ao poder na Hungria, foi reeleito, depois mudou a legislação eleitoral, tudo para permanecer no poder. Faz parte da linha de frente da ultradireita mundial. Duro, violento e contrário aos direitos humanos e trabalhistas. Acreditava até bem pouco tempo fazer parte do denominado neoliberalismo, porém está num estágio além, ou seja, crueldade decibéis acima do dito normal. Segue a mesma linha ideológica de Bolsonaro. Ambos fascistas declarados, explícitos.
Pouco vi sua estampa pelos jornais e capas de revistas por aqui. Especulei algo com quem consegui travar algum diálogo, principalmente imigrantes. Um deles me disse não enfrentar grandes problemas no país, mas segue tentando se apresentar distante, indiferente. "Falo o necessário, principalmente sobre política. Com húngaros melhor não". Entendi. Essa nova ordem mundial é implacável com quem se expõe.
Ele tem apoio da oligarquia rica do país. Não muito diferente do que ocorre no Brasil. Estes querem saber de lucrar, importando-se nada das condições. A patuléia aceita. Não senti movimentação para manifestações de rua. Tudo parado. Da Hungria conhecia a fama do rio Danúbio, e dos lados de capital, a Buda e a Peste. Também de Puskas, um baita jogador que, dizem era o Pelé europeu e de George Soros, o mago do jeito de ganhar muita grana sem fazer esforço, o rentismo. Acompanhei algo da briga entre Orbán e Soros, quando este caiu em desgraça no país, forçadop pelo poder do presidente. Hoje, ao deixar o país, um livro na banca do aeroporto. Deu vontade de ler o livro, mas não em húngaro. Fico na vontade. Subo no avião, me despeço da Hungria e da bela Budapeste, onde vi que, pelo menos por onde andei, tudo acontece, sem que se leve muito em consideração o poder do presidente. Porém, ele está por detrás de tudo, um poder silencioso, ou seja, quanto mais quieto mais perigoso e violento. O cara virou presidente e não quer mais deixar o poder e massacra todos que lhe interferem na caminhada, vide o que fez ao Soros.

AINDA NA BANCA DO AEROPORTO, MAIS UMA VEZ, PAULO COELHO
Pela segunda vez dou de cara com o escritor Paulo Coelho na Hungria. A primeira num sebo no centro de Budapeste e agora, na banca de jornais e revistas do aeroporto. Desta feita, o livro ali entre outros tantos propostos para serem lidos durante alguma viagem é o "Mackut". Já fui muito mais reticente com o tal do mago. Hoje bem menos, mas não o tenho como leitura com a qual nutro algum interesse. Li um livro dele, o "Diário de um Mago" e acho completamemnte dispensável dentro de tudo o que deve se ler ao longo da vida. Hoje até acho que ele enquanto escritor melhorou. O fato é que alcançou um invejável patamar de ser lido mundo afora. Isso inegável. Antes, ao meu ver, quem detinha este posto era o baiano Jorge Amado, o qual li quase tudo. Ontem vasculhei o sebo - que aqui tem outro nome - em busca de algo dele, mas além do Paulo Coelho, dos latinos, o que vi foi um Gabriel Garcia Márquez, o que já é um baita alento. É gostoso encontrar um brasileiro, um autor nosso num país tão distante. Isso dá uma a alegria interior difícil de explicar. Mesmo sendo Paulo Coelho, esse alguém por quem mantenho distância, porém, após a biografia por ele escrita pelo Fernando Moraes, a impressão que tinha dele melhorou bastante. Trouxe meus livros para a vigem, três no total. Dois já li e hoje mais um quase ao final, Jack London, que só não terminei, pois a viagem de Budapeste para Paris durou duas horas, um dormi e outra quase devorei o livrinho inteiro. Mudando de pato pra ganso, deveria ter trazido para ler na vigem o Budapeste, do Chico Buarque, que nem sei qual o motivo, ou não me lembro agora, da escolha do título. Voltando vou colocá-lo na fila dos próximos. Paulo Coelho, mesmo com tudo o que vejo dele mundo afora, ainda não.

REVENDO PARIS PELA QUARTA VEZ, HOJE COMEÇANDO PELA GALERIA/PASSAGEM JOUFFRAY E O HOTEL OPÉRA RONCERAY
Primeiro eu fui chegando em Paris e registrei só alguns flashes, umas fotos dispersas, meio que sem motivo. Depois da chegada no hotel Opéra Ronceray, no boulevard Montmartre, sua portaria dentro da passagem, um escrteito recheado de lojas inimagináveis, em três quarteirões. A tal passagem atravessa três quadras, você sai de uma atravessa a rua e entra noutra, cada qual com uma denominação diferente, perdições seguidas e impossíveis de nãoserem merecedoras de uma atenção mais que especial. Paris tem um canto mais cativante que o outro. Todos envolventes e destes que você sai para ir num lugar, mas se depara no caminho com outro mais envolvente, magnetizante e daí, esquece até de onte iria. Eu quase não chego no hotel, pois os motivos para dispersar a atenção são enormes, incontornáveis. E chegando ao hotel, este simples, antigo, porém no meio da muvuca parisiense e isso, por si só, algo muito louco. Seus corredores são mais que um labirinto e se não estiver atento, não se chega nunca ao quarto. Precisei de uma bússola para reencontrar o quarto onde nos encontramos. Só depois de muitos dias, acertarei o caminho, mas daí já estarei voltando pra casa. Eu me perco nas ruas e dentro do hotel, uma loucura. Paris é um a loucura e para devassá-la, creio eu, missão para uma vida inteira. Eu e Ana Bia ficamos só quatro dias, os últimos de nossa viagem. Mergulho, portanto, no que me resta de aventura.


COMO É BOM SER RECEPCIONADO POR AMIGOS LONGE DE CASA: EM AMSTERDAM NA CHEGADA COM MÁRCIA NURIAH E AGORA, PARIS COM ELAINE NAVAL
Como das outras vezes em Paris, maravilhoso ser ciceroneado por alguém aqui já morando há 15 anos, amiga de escola de Ana Bia, ambas adolescentes cariocas e se reencontrando em cada passagem por aqui. Elaine trabalha com Turismo, especialista em receber grupos de países e os encaminhando pela cidade. Nos indica hoteis fantásticos, sempre perto de sua casa, pois assim ela e Ana trocam figurinhas mais de perto. E suas dicas são sempre fantásticas, todas mais do que aproveitadas. Sabe aqueles lugares que só os locais conhecem? Pois bem, ela nos passa algumas. Hoje, na chegada, descobrimos o metrô mais perto do hotel até perto de sua casa e lá fomos. Uma delícia adentrar uma residência francesa. Seu marido é francês, Christophe e vivendo com ela, entende pouco do nosso português e não preciso fazer tanta mímica. Ele lá no Rio torce pelo Fluminense, mas gostou muito dos títulos do Botafogo ano passado. Ana faz questão de rever a amiga toda vez que por aqui passamos e essa, minha quarta vez. Batemos cartão com ela num pequeno restaurante vietenamita, o Madame Thu Thu, coincidentemente com o proprietário também se chamando Christophe - não me perguntem como alguém vietnamita pode se chamar assim, pois não saberia responder. O fato é que a comida de lá é uma delícia, dessas encontradas somente ali, lugar pequeno, onde se faz necessário fazer reservas antecipadas. Nossa saída noturna deste primeiro dia foi para rever Elaine, seu marido, andar pelas imediações de onde mora e caminhar até o Thu Thu, comer aquelas delícias e depois ela nos levando até o metrô mais próximo e nos ensinando tudo, das conexões, validando nossos cartões de transporte e assim iniciamos maravilhosamente as andanças finas deste nosso passeio deste ano. Ter uma apresentação de Paris feita desta forma e jeito é simplesmente, BEAUTIFUL - Ana me corrige e diz que em francês o correto é dizer MARVEILLEUSE.
OBS.: Elaine não gosta de fotos suas e assim, publico aqui somente as do restaurante vietnamita.

findo o carnaval de rua bauruense
ALGO DE BAURU E ME PASSADO POR MARIA INÊS FANECO
Pronto gente, acabou o Carnaval em Bauru, e ai alguém morreu por causa do barulho ???? Não né então , sua amante já pode chegar até o seu apartamento kkkk não precisa mais parar longe ... kkkkk . Até 2026 não reclamem a avenida Jorge Zaiden estará no mesmo lugar esperando por nós. E nós vamos dizer: Ainda estamos aqui.

segunda-feira, 3 de março de 2025


UDIGRUDI
A LÍNGUA DELES NÃO É DIFÍCIL, É IMPOSSÍVEL - TENTANDO ME FAZER ENTENDER

Sabe qual a maior dificuldade por aqui? Eu já tenho dificuldade com a língla inglesa, pois beirando os 65 anos, não a aprendi adequadamente. Me safo e quem me salva é minha poliglota sempre de plantão, Ana Bia. Não preciso de tradutor simultâneo pelo celular, pois a tenho aqui ao meu lado. Baita sorte. Porém, ela também apanha muito com a língua eslovaca, em Bratislava e aqui em Budapeste, o húngaro, que para mim é tudo a mesma coisa, uma complicação e enrolação danando o relacionamento.
Encontramos em Bratislava um casal jovem de gaúchos e eles, não falavam nem o inglês e quando questionado, na resposta, muuito de como eu também me viro por essas bandas do mundo: "A mímica nos salva e nos leva adiante". Eu virei o rei da mímica e até para dizer o quarto do hotel ao atendente, na liveração da sala do café da manhã, nada falo além de um "good morning", mostrando o cartão do hotel com o número do quarto. Nos cardápios, pelos preços e indução pelas imagens me viro. Ana ri e me salva de enroscos maiores.
Tudo é motivo para risadas, enfim, por aqui vivo um momento único e a língua é só um pequeno empeçilho. Quem poderia imaginar que um dia na vida viria para estes lados do planeta? Pois bem, cá estou e já entendendo quase perfeitamente como se dá o traçado do metrô em Budapeste. Mesmo com aqueles nomes esquisitissimos - para nós, claro -, sigo em frente, movido por uma bússola interior e ela, mesmo desorientada, me conduz para, entre erros e acertos, seguir adiante. Tentar falar com húngaros, nem pensar. Fico nos gestos triviais e na já rotineira mímica. Quando me faço entender e descobrem ser brasileiro, algum sorriso e daí por diante, consigo algum entendimento. Ontem numa loja de souvenir, na hora do pagamento, o atendente, ao conseguir lhe dizer ser "brasiliano", sorriu e esboçou algumas palavras em português. São todos simpáticos e quando abordados na rua, conversando em inglês, param tudo e nos mostram o caminho, numa atenção surpreendente. Por aqui, os carros param diante de um pedestre, mas cuidado mesmo, devemos ter com os trens e bondes, pois estes não e se bobear passam por cima. Ana me diz de uma estatística, onde 18 pessoas morreram em Praga, só no mês de dezembro último, atropelados pelos trens. Lindo ver que, em todas as cidades européias, trilhos elétricos e eles circulando por todos os lugares. Compramos passes para transporte urbano em todas as cidades e só circulamos por estes, errando e acertando, Ana conversando com quem fala inglês, eu só na mímica. E confesso, tudo tem caminhado a contento. Uma alegria quando me deparo com alguém falando em portugês, mesmo que, quando encontro algum, vou logo todo falante e do lado de lá, nem sempre uma convidativa pessoa. Tem brasileiro chato e esnobe por aqui, já deu pra perceber. Com estes o melhor mesmo é não falar nada, pois nem assunto teria. Essas algumas impressões dessa tresloucada viagem.
obs.: As fotos são ilustrativas, as últimas tiradas ontem à noite, andanças por lugares turísticos, indicações recebidas e perdições por onde estivemos enfurnados. A gente adora se perder...


SEGUNDA MANHÃ, 3° TOUR EM BUDAPESTE, NA PARTE BUDA, MEDIEVAL, LADO DE LÁ RIO DANÚBIO, COM GUIA ESPANHOL, JOSÉ E NO FINAL CATEDRAL SAN ESTEVAN

4° TOUR, SEGUNDA À TARDE, BAIRRO JUDEU E SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, COM GUIA FÉLIX, UM ESPANHO, 14 ANOS DE HUNGRIA
Como é bom desvendar uma cidade com quem conhece e nos ajuda a conhecer lugares que, não iríamos conhecer nem batendo muita cabeça.

NA CARROÇA DE LIVROS NA PRAÇA "MADÁCH IMRE TÉR", CENTRO DE BUDAPESTE
E encontro um Paulo Coelho traduzido para o húngaro e um exemplar do História Moderna e Contemporãnea, do José Jobson Arruda, este para meu espanto em português. O Brasil circula pela aí. Adorei a carroça de sebo no meio de uma praça. Só não puxei conversa com a moça, - vendedora ou dona -, pois não sei uma palavra de sua complicada - para mim - língua.

UNDERGROUND BUDAPESTE, O LADO FORA DA CURVA, DE ONDE NÃO QUERÍAMOS MAIS IR EMBORA
Toda cidade tem lugares assim, ou no mínimo, deveria ter. São arrebatadores, subversivos e mais que alternativos. Conhecemos por intermedio do guia do nosso último passeio. Pisamos leve, suave e nos apaixonamos. Pena ser nossa última noite por aqui, pois numa placa está escrito: "Aqui fecha 4h da manhã". A Hungria é comandada por um cara da ultra direita européia, 14 anos no poder, algo mais perigoso que o nosso Bolsonaro, porém a vida e resistência pulsa por aqui. Senti isso neste local, até pela forma como muitos escolheram tocar suas vidas, independente de como o país é gerido. Resistência se dá de muitas formas, essa uma delas. A Hungria, ou ao menos Budapeste, ou parte dela, não se entrega.

ENTENDEU? É EXATAMENTE ISSO...
O Carnaval é resistência, cultura e ancestralidade!
Como bem disse Milton Cunha, as escolas de samba são filhas do batuque, da fé e da força do povo preto. Os ogãs dos terreiros ecoam nas baterias, e cada batida é um chamado aos Orixás.
Que nunca se esqueça: o samba é sagrado, o Carnaval é preto!

domingo, 2 de março de 2025


SEGUE O JOGO
seguindo o Tomate
MAURO LANDOLFFI, REGISTRADOR OFICIAL DO SEMPRE DESORGANIZADO E PROVOCADOR BLOCO DO TOMATE, 13 ANOS DE IRREVERÊNCIA, PICARDIA E ATIVA PARTICIPAÇÃO NO CARNAVAL BAURUENSE
Duas fotos deste divinal registrador, do 13º desfile do bloco farsante, bufante e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto, que mais uma vez mostra a que veio. Pela primeira vez, desde sua criação, não estive presente e atuante, mas torce à distância.

pelo visto agora o Brasil tem um Oscar pra chamar de seu
VIVA WALTER SALLES, FERNANDA, SELTON E A PULSANTE HISTÓRIA DE RUBENS PAIVA - ALGO REPUGNANTE DA HISTÓRIA BRASILEIRA QUE O MUNDO CONHECE ATRAVÉS DO CINEMA E DE UM ÓTIMO FILME
TOTALMENTE PREMIADO! O cinema brasileiro entra para a história! ‘Ainda Estou Aqui’ conquista o Oscar de Melhor Filme Internacional, marcando um momento inédito para o Brasil na maior premiação do cinema mundial!
Parabéns a Walter Salles, a todo o elenco e à equipe brilhante que tornou esse feito possível. Mais do que um prêmio, essa vitória é o reconhecimento do talento e da força do nosso cinema, que sempre foi gigante e agora brilha como nunca! 

a Bauru que não se emenda
JÁ FOI REJEITAD
O UMA VEZ, MAS AGORA A CÂMARA ESTÁ AINDA MAIS CONSERVADORA - ESTE TÍTULO PARA O QUASE CONDENADO É UM ACINTE PARA TODA BAURU
"A cidade cheia de problemas, pessoas morrendo na fila do UPA, faltando vagas nas escolas, enchentes, falta de moradia etc e o vereador usando dinheiro e espaço público para propôr homenagem a bandido que responde diversos processos. O que este indivíduo fez por nossa cidade? O que isto trás de bom para Bauru??? Absurdo!!! Nossa cidade não merece neste tipo de "cidadão", escreve Marcos Chagas, diretor da Apeoesp Bauru.
O BORGO NUNCA MAIS IRÁ SE EMENDAR, SE TRANSFORMOU NUM MONSTRO

continuando a perdição por BUDAPESTE
1° TOUR EM BUDAPESTE, DE BOAS VINDAS, CONHECENDO CENTRO HISTÓRICO E RIO DANÚBIO, COM GUIA MIGUEL

2° TOUR, CONHECENDO A PRAÇA DOS HERÓIS, CITY PARK E "LUGARES ESCONDIDOS", COM A HÚNGARA, GUIA ORSI
Um parque imenso, local de lazer local, recheado de efificações históricas, como as famosas termas húngaras. Nunca vi parque tão grande. E assim fomos até dar fome...

sábado, 1 de março de 2025

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (182)


HOJE, 1° MARÇO, SÁBADO DE CARNAVAL, 13° ANO DO TOMATE, EU LONGE DE BAURU, SEM ME AFASTAR DAS REFERÊNCIAS
Na Eslováquia, manhã fria, sem desfilar com o Tomate, primeira vez longe da folia, curto à distância. TOMATE SEMPRE. Poderia escreviunhar uma textão dos longos, mas não é o momento. O Tomate saiu bem, marcos território, encheu a Batista de alegria e com muita consciência, como sempre o fez. O barco continua sendo tocado...

MANHÃ FRIA DE SÁBADO, MERCADO MUNICIPAL, FEIRA SEMANAL DE PRODUTORES, ARTISTAS, UNINDO ARTE E CULINÁRIA EM BRATISLAVA, NA ESLOVÁQUIA
Antes da despedida da cidade, nada como conhecer a mais famosa feira nacional da Eslováquia, acontecendo todo sábado, região central, com diversidade de expositores. No letreiro STARÁ TRÊNICA. Muita comida, bebida, livros e discos usados, antiguidades e filatelia, tudo junto no mesmo espaço. Maravilhamento para olhos, ouvidos e boca. 

Ah, se em Bauru aproveitássemos nossos barracões para algo desta natureza, regional! Um dia chegaremos lá! Isso me faz querer escrevinhar muito, mais um daqueles textões, mas me contenho, pois um trem nos espera e vamos ter que bater asas, justamente agora, que eu e Ana Bia comerçamos a gostar deste lugar. 

CHEGAMOS EM BUDAPESTE NA CALADA DA NOITE E FOMOS EM BUSCA DE UM LUGAR ALTERNATIVO PRA JANTAR
O bloco do Tomate estava desfilando em Bauru e eu e Ana Bia quase chegando em Budapeste, na Hungria. O trem parou, ela desaparece da minha vista no meio da estação. Comedida, havia ido trocar uns euros por florins, a moeda local. Aqui as ruas principais são bem iluminadas, mas as demais escuras, assim como a coloração da maioria dos prédios. Muitos caixotões escuros. Assustei. Tomara perca essa primeira impressão. Como adentrar uma rua dessas sem uma luz lá no final do tunel. Sou um velhinho amedrontado.

Mal chegamos no hotel, abrimos as malas e vamos pra rua. Indicaram um lugar aqui perto, cheio de luzes, povaréu na rua e vamos de metrô. Ela, a precavida, havia comprado passe do transporte urbano para quatro dias e eles estavam à nossa espera na recepção. Quem tem boca vai a Roma. Com um papelzinho anotado chegamos na praça. O metrô daqui tem as estações pequenas, sem muita pompa, mas tudo redondinho. Só os nomes estranham. Eis mais uma língua difícil de ser domada.

Perambulamos e bateu aquela fominha. Uns restaurantes rebuscados e cheios de pompa. Até entramos num, mas quando nos deparamos com o peixe ali diante de nós, para ser escolhido e depois preparado, olhamos um para o outro e batemos em retirada. Caímos numa ruazinha transversal e no meio de uma delas, um movimento da calçada. Um bar no estilo do Templo, pouco mais destrambelhado, aí de Bauru. Uma galera lotando os espaços e uma decoração psicodélica. Acertamos na mosca, adentramos e como não havia lugar no andar de baixo, subimos um íngreme escada e fomos acomodados no andar de cima, onde cabem somente cinco mesas.

Comemos bem e no frigir dos ovos, Ana fez as contas e ficou tudo muito mais barato do que um restaurante lá no centro da Bratislava. Fotografei a casa inteira, pois não queria perder da vista cada coisa ali enxergada. Eu como não converso em inglês, mais boiei do que proseei, porém, curti muito o lugar, a comida e o astral. No meio daquele monte de luzes neon, encontramos um cantinho para nos recepcionar bem por essas bandas do mundo. Estamos na terra do ultradireitista Viktor Orban, amigo por interesses políticos do Bolsonaro e terra do craque de bola do passado, Puskas, de quem quero trazer um recuerdo.

Voltamos pro hotel do jeito que viemos. Abordamos uma mulher na entrada do metrô, ela meio ressabiada, mas quando descobriu sermos turistas e não pedintes, se arreganhou e embarcou conosco, nos ensinando direitinho onde descer. Confundiu Ana, "você é cubana?". Voltamos alegres pelo primeiro contato. Amanhã iremos nos perder de fato e logo 10h um tour num local distante, desses que nem sabemos ainda como lá chegaremos, mas creio eu, tudo deve dar certo, como tem dado até agora. O bloco do Tomate, pelo que me contam, novamente arrasou nas ruas de Bauru, pela primeira vez sem este HPA e o bar onde estivemos, sem querer e já querendo voltar é o Kiadó Kocsma - eita nome esquisito pra um bar. Deve ter lá seu significado e nem perguntamos. Fica para a próxima.

EIS UM DETALHE DE UMA AULA DE HISTÓRIA NO FUTURO
Professor de História, aula em 2042:
- E então os bolsonaristas tentaram dar um golpe fechando estradas.
- A polícia não impediu?
- A polícia se aliou com os golpistas…
- E quem impediu o golpe, professor?
- Bom, tinha rodada do brasileirão… As torcidas organizadas tiraram os golpistas do meio na base da porrada. Com destaque pra Galoucura e a Gaviões da Fiel. Cai na prova. O episódio ficou pra sempre conhecido como A Vitória da Tropa FuraBloqueio (2022).
@khaldiego
Adm da I&H

EIS O MOTIVO - Escritor, professor e historiador, Luiz Antonio Simas é um dos maiores estudiosos da cultura popular brasileira. Simas defende que a festa é resistência, que o samba, o carnaval e as celebrações das ruas são formas de enfrentar as durezas da vida com alegria, criatividade e luta. Bom carnaval a tudo, todas e todos!