quarta-feira, 26 de março de 2025

ALFINETADA (251)


E O HOMEM AGORA É RÉU - E AQUI EM BAURU, O QUE MUDA?

Sim, chegou o grande dia esperado por metade deste país. Não sei dizer se existe ainda uma outra metade a favor de Bolsonaro, mas sei, pelo que vivencio e percebo advindo das ruas que, o conservadorismo, antes encolhido, hoje pulsa nas ruas e mostra suas garras e tentáculos em cada esquina. Que o cara precisa ser preso, trancafiado e pagar por tudo o que fez de errado, disso não tenho a menor dúvida. O que me causa perplexidade é como a mente humana se transforma para fazer a defesa de algo indefensável. Não me entra na cachola um cara como Bolsonaro, depois de tudo o que já aprontou ainda conseguir um apoio explícito de parte considerável deste país. Quando alguém, liderando um grupo político, esteve predisposto a eliminar seus adversários, como se matar o semelhante fosse algo justificável e assim mesmo, os lunáticos o seguem e veneram. Essa idolatria, sabe-se é  doença, das mais perniciosas, portanto, perigosa. 

É certo que, se o golpe fosse consumado, hoje, com certeza as tais liberdades individuais seriam outras e com quase toda certeza, nem pudesse mais escrevinhar o que faço sem perseguições. Eu sei, elas ocorreriam aqui também em Bauru, onde existe uma turba pronta para executar o serviço sujo pros ideais defendidos pelo monstro bolsonarista. Gente escrota existe por todos os lados e se estão ainda contidos é por existir uma lei ainda vigente e com força para ser respeitada, mesmo contrariando os bestiais. Essa fraquejando, teremos o avanço dos que matariam seus opositores pelo simples fato deles não concordarem com o que pensam. Chegamos muito próximos disso e ainda não nos nos livramos deste mal.

Observo o Brasil de hoje com muita apreensão. Se ainda estamos vivenciando um regime dito como democrático, ele é frágil e fraquejando, a bestialidade estará a postos para, de forma implacável executar o serviço sujo. Bauru não é esse mar de tranquilidade. Aqui se aprova facilmente um título de Cidadão Bauruense para o tal do mito. Aqui temos um desGoverno municipal fundamentalista e implantando um regime familiar de domínio, onde até agora, nem o Judiciário conseguiu reverter muita coisa. As mudanças implantadas por estes dentro da estrutura funcional da Prefeitura, com cargos e mais cargos comissionados, gente de confiança do clã familiar em postos chaves é algo de difícil reversão. Este avanço abusivo, feito às claras, dilapidando tudo à sua frente é o reflexo exato do que o bolsonarismo é possível. Com uma maioria conseguida nas urnas, devastam tudo, se espalham como praga e quando deixarem o poder, existirá um estrago de difícil reparação. São aves de rapina e fazem de tudo para, não só brecar, como eliminar os opositores. 

Essa Bauru hoje sem oposição política à altura para o exercício do necessário combate é o reflexo de um país num todo. Bolsonaro pode estar se complicando, mas os seus, gente atuando da mesma forma e jeito, estão hoje dominando todas as instâncias deste país. Escrevo observando a situação bauruense. Evidente que, Bolsonaro fora do jogo, outro já está sendo preparado para substituí-lo, piorando a situação. Se Bolsonaro é meio bronco, poderemos ter um pior que ele. E não se iludam, Bauru já demonstrou ser conservadora, votou 80% com ele, reelegeu no 1º Turno a atual alcaide e suas lideranças se mostram cooptadas e favoráveis ao avanço da direita. Daí, não comemoro muito isso do Bozo estar ficando num mato e sem cachorro, pois o implantando por ele está incrustrado de forma bem consistente na mente de parcela significativa dos donos do poder atual. Aqui em Bauru, até agora, ninguém foi punido, sequer investigado, pelos atos bárbaros de 8 de janeiro. A impunidade faz com que continuem flamejando suas bandeiras, desfraldadas ao vento. O jogo ainda é muito desfavorável. Tem muita água para passar por debaixo dessa ponte, até vislumbramos algo novo e consistente, renovando possibiliddades. Como ouvi ontem, golpismo mata e eles continuam pela aí, pelo menos aqui, livres, leves e soltos.

SÓ LEMBRANDO
Resumo pra quem ainda não entendeu nada, desde a morte de Teori Zavascki.
- Moro só poderia garantir a prisão de Lula, se Teori saísse de cena.
- Teori, ministro do Supremo, era crítico da Lava Jato. Ele poderia reconhecer a inocência de Lula, mas sofreu o único 'acidente' de avião em 2017.
- O delegado da PF que investigava a morte de Teori foi assassinado por um frequentador do Clube de Tiro .38, o mesmo clube que os Bolsonaro frequentam.
- Adélio, autor da facada, foi a este mesmo clube no mesmo dia que Carlos Bolsonaro foi.
- Adélio estava desempregado, mas teve dinheiro para pagar 600 reais por uma hora no Club, ficar hospedado por vários dias em Florianópolis, viajar para Juiz de Fora e também pagar 400 reais em dinheiro vivo para se hospedar numa pensão.
- Após estar no mesmo local de Adélio, Carlos Bolsonaro também foi para Juiz de Fora acompanhar uma passeata do pai, coisa que ele nunca fazia.
- Uma semana depois da facada, a dona da pensão morreu e também um outro antigo hóspede foi encontrado morto.
- O Assassino de Marielle é vizinho de Bolsonaro, na Barra.
- Os filhos de Bolsonaro já prestaram inúmeras homenagens a policiais milicianos, condenados pela Justiça, acusados de matarem a Juíza Patricia Acioli, em São Gonçalo, que era rigorosa com a milícia.
- A família Bolsonaro contratou vários desses milicianos e seus familiares como assessores.
- Moro prende Lula em segunda instância, em acordo com os desembargadores do TRF4 em tempo recorde e sem provas, inviabilizando a sua candidatura. A prisão é ilegal, mas Moro atropela a Constituição e faz valer o interesse político.
- A seis dias do segundo turno das eleições, Moro divulga o conteúdo de parte da delação de Palocci, que foi desprezada pelo MP por falta de consistência e provas, com acusações contra Lula, interferindo no andamento da eleições.
- Moro torna-se Ministro do governo Bolsonaro.
- Moro recebe promessa de indicação de Bolsonaro à próxima cadeira do STF, ainda no exercício do cargo de juiz.
As informações acima foram amplamente publicadas na mídia e reunidas nesta postagem.
Por Tulio Norte
https://www.google.com/amp/s/amp.cadaminuto.com.br/

REPERCUSSÕES DO CORTE ORÇAMENTÁRIO DE 84% NA LEI ALDIR BLANC EM BAURU
Bauru é um caso à parte, pois o poder público municipal estando sob o comando de um desGoverno fundamentalista, portanto, agindo contra a Cultura, para estes, tudo fica como dantes no quartel de Abrantes. A repercussão negativa se dá entre a classe artística que, sem estes recursos e sem nada de respaldo da Cultura Municipal para repor a diferença, tudo continuará cada vez pior. Em Bauru uma bagunça explícita no ordenamento da utilização dos recursos federais das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo. Não ficou muito bem esclarecido a utilização dos recursos até agora e neste momento, se aguarda, a contratação de avaliadores para implementar e repassar os ultimos valores destinado a Bauru. Tudo empacado e sem solução à vista, nem data para isso acontecer. Ou seja, nada anda a contento por aqui.

Ouço de uma pessoa ligada à Cultura, que não quer se identificar que, muitos agentes culturais da cidade, beneficiados com alguns projetos do primeiro ano, pararam de questionar os rumos e a condução da pasta, pois estariam com o rabo preso. Por outro lado, essa mesma pessoa, diz que, sem os recursos daqui por diante, talves voltem a correr atrás e cobrar a Secretaria de Cultura para que, promova o retorno de projetos e editais municipais, o que hoje, lento mais que tartaruga, quase estagnado, só mesmo com a colocação do que se denomina de "fogo no rabo".

A discussão se dá neste nível e é evidente, uma perda de incomensável importância a queda dos investimentos nos futuros projetos, tudo causado pela ação do lado fundamentalista da Câmara dos Deputados, que tudo faz para estancar algo onde o Governo Federal, comandando por Lula possa alcançar projeção positiva. Ou seja, os "fdp" agem contra os interesses nacionais e não estão nem aí se isso vai abalar a já combalida situação dos artistas brasileiros em cidades como Bauru. Por aqui, até agora, a Cultura municipal não se manifesta, pois com o sectário, ops, secretário de férias, ninguém ousa dizer nada oficialmente sem sua anuência.

Nenhum comentário: