Eu já não sei se isso que aqui coloco no papel é sonho, realidade acontecida, prestes a acontecer ou mera ficção. O fato é que, a imaginação fervilha. Ouvi uma história muito parecida com essa por estes dias e juntei com algo real, daí como hoje chove lá fora, tinha um compromisso na rua e o adiei, pois dizem, velhos não devem se molhar, perigoso pegar algo mais sério e se complicarem. Fico em casa e escrevinho. Junto os cacos dessa mirabolante e até dizem, original e realmente acontecida história.
Dizem por aí existir uma pessoa que não gosta de pagar pelos lugares onde habita. Muitos gostariam de ter este privilégio, porém só uns o conseguem. Pagar é mesmo cruel. Muito melhor desfrutar de morar bem, porém quando outros tendo o desprazer de arcar com essas despesas, algo pérfido. Existem os que se beneficiam numa boa, sem causar problemas a outrens e existem os aproveitadores. Estes os piores, pois se aproveitam da boa vontade de seres de bom coração e ciente de estarem diante de seres emotivos, usufruem de forma escorregadia, surrupiando, sem que estes percebam, mesmo que momentaneamente, desta forma pouco usual de tocar a vida em frente.
Ouço a história de alguém que, se aproxima de um senhor com algumas posses, se mostra por ele apaixonado e recebe deste um imóvel para morar. O único compromisso, sem necessidade de pagar nenhum tipo de aluguel e honrar com os compromissos mensais com o condomínio. A fase de romance termina melancólicamente e quando, obrigada a deixar o imóvel, a descoberta de que, não havia pago até então nenhum condomínio. E o dito cujo, se vê obrigado a arcar com tudo e sem direito a reclamos outros. Isso foi ficha pequena diante da constante repetição de procedimentos da mesma espécie.
HIstórias assim se sucedem em sua vida. Uma atrás de outra. Enfim, morar com outrem pagando é sempre uma benesse de irremediável consideração. Certa feita, essa mesma pessoa, alugou um imóvel no centro e nele abriu de forma pomposa uma instituição de finalidade política. O fez sem lastro, porém, com um fiador de muito lastro e assim, passaram-se os anos e mês após mês, como num tácito acordo, nada foi pago e o fiador honrando com as mensalidades. Os filhos descobriram, reuniram-se com o pai e este disse que, enquanto fosse vivo, assim agiria. Veio a falecer e o que antes era fácil, se tornou mais difícil. Os herdeiros evidentemente não continuariam sendo fiadores. O contrato foi rompido e o aluguel do imóvel continuou não sendo pago. A entidade existente no local, algo de fachada, só mesmo para alavancar a popularidade deste mal pagador estava num impasse. Não se sabe o final de tudo, enfim, o sonho ou a estória ainda não teve fim. Dizem que, no próximo capítulo estaria a desocupação do imóvel. Enfim, sem um fiador e a pessoa não pagando nada, num momento tudo terá que ter algum tipo de solução.
Desta mesma pessoa se conhece muitos relatos de avais, penhores e subscrições feitas em garantia de algum negócio e lá na frente, quando o compromisso assumido não foi cumprido, estes que assinaram na confiança, pagaram do próprio bolso por não terem tido a coragem de dizer "não". Teve pessoa próxima que, para garantir manutenção de emprego conseguido por essa pessoa, emprestava regularmente seus cartões de crédito e estes, sempre no limite. O pagamento ocorria na bacia das almas ou quase, enfim, pagamento só ocorrendo quando se acumulavam aquele limite de parcelas que levaria ao protesto. Para não perder o crédito, algo teria que ser pago. A vida sempre foi tocado deste modo e jeito.
Isso daria um filme sobre como ir dando contínuos calotes - ouseriam golpes? - e tudo seguir em frente, sem grandes consequências. Isso não é só algo de escolhas, mas de um modus operandis. Ir tirando e levando vantagens. Trata-se de um script de vida. O que vem a ser um despejo diante de tudo o que já foi vivenciado nessa trajetória de vida? Só mais um acontecimento. Outros virão e sempre com o mesmo roteiro e final. Junto essas histórias e estórias e as compilo, separo por períodos de tempo, de duração e rememoro seus protagonistas, os artífeces se renovando. Uns se repetem e continuam sendo corrompidos a participar da trama, tudo por também se beneficiarem de algo. Um moto contínuo dilacerante, pois todos estão cientes de que, um dia a corda vai roer e quem não paga nada, não irá lhe dar amparo.
Neste momento em que o despejo ainda não se concretizou, outra história rola nos bastidores, a de que, outros fiadores já estão sendo arrumados e se um imóvel tem que ser entregue aqui, outro virá logo a seguir na curva da esquina. Dizem que, desta feita, um empreendedor, talvez um empreiteiro, dono de uma construtora possa assumir o pagamento de aluguéis, porém algo teria que ser feito em troca para beneficiar tal bondade. Fico maluco tentando juntar as peças deste quebra cabeças. Enfim, a história rende e ganha novos capítulos a cada momento.
"A história de "Bagatelle" - O histórico mercado de pulgas que serviu como o primeiro Museu Che Guevara está fechando.
Irene Perpiñal e Eladio "Toto" González abriram o antiquário no bairro de Caballito há 35 anos. Em 1992, eles viajaram para Havana, e sua exposição ao contexto do "Período Especial" abriu seus olhos. Entre 1993 e 1999, por meio de uma organização que eles criaram, "ChauBloqueo", eles enviaram toneladas de alimentos não perecíveis, roupas e calçados para a ilha", conta Silvina Friera em matéria no diário argentrino Página 12, edição deste domingo, 23/03/2025. A matéria completa está no link a seguir:
Irene Perpiñal e Eladio "Toto" González abriram o antiquário no bairro de Caballito há 35 anos. Em 1992, eles viajaram para Havana, e sua exposição ao contexto do "Período Especial" abriu seus olhos. Entre 1993 e 1999, por meio de uma organização que eles criaram, "ChauBloqueo", eles enviaram toneladas de alimentos não perecíveis, roupas e calçados para a ilha", conta Silvina Friera em matéria no diário argentrino Página 12, edição deste domingo, 23/03/2025. A matéria completa está no link a seguir:
DE COMO NÃO É ASSIM TÃO DIFÍCIL CONSEGUIR TORNAR A VIDA DAS PESSOAS MAIS ALEGRE
Passava neste domingo diante do Bar do Barba, entrada da Feira do Rolo, junto do amigo Cido, professor de Geografia, quando sou chamado por ela - por quem não consigo me lembrar o nome. Ela acompanha a saga dominical do Barba na feira há mais de uma década e me chama para contar que, o Barba não está nada bem. Nos últimos tempos o via tocando sua sanfona na feira e isso, mesmo com todas suas dificuldades, era motivo para vê-lo alegre. Isso mesmo, a gente se contenta com tão pouco e este tão pouco faz tanto bem para nós, algo inimaginável por muitos. E fico sabendo, o Barba não está bem, pois sua sanfona/acordeon está quebrada e não pdoe mais tocá-la defronte seu bar. Tempos atrás, através de uma rifa por aqui, conseguimos recuperar a sua sanfone, pois num aperto a vendeu. Quem a comprou aceitou devolvê-la por um preço e com a rifa reestabelecemos a alegria do Barba. Hoje, com seu instrumento quebrado, ele já doente, negócio não tão legal, tudo deve estar favorecendo ele adoecer ainda mais.
O fato é que saio de lá e isso não me sai da cabeça. Quantos iguais a ele não estão adoecendo por não conseguirem mais realizar pequenas coisas. Não sei se conseguirei movimentar novamente as mesmas pessoas que, tempos atrás, se predispuseram a colaborar e devolver a alegria ao Barba. Eu gostaria muito, vamos ver. Ele merece, pois sua presença na feira, com aquela alegria, ali na esquina de entrada é um sinal de que o domingo de todos que ali passam será diferente. Eu, por exemplo, sinto uma enrgia muito negativa toda vez que, passando por ali, não ouço o som de sua sanfona se multiplicando no ar. E quando ela me chamou ontem, talvez lançando uma garrafa ao mar, com essa mensagem dentro dela: o Barba tá precisando de um acarinhamento especial.
Vários já aconteceram. Eu estive presente em quase todos. Tomei conhecimento pessoalmente da luta de tantas mães que, perderam seus filhos, todos assassinados da mesma forma e jeito, pela violência do BAEP/PM na cidade de Bauru. Se a violência policial, de certa forema foi amainada, tudo se deve a atos como esse que, além de darem mais visibilidade para a luta por elas empreendida, de denúncia de algo monstruoso, possibilitou uma maior união.
devido fortes chuvas em Bauru, foi adiado para próximo domingo
HOJE DOMINGO, 23/03, 15H MAIS UM ATO "VOZES DA PERIFERIA DE BAURU" Vários já aconteceram. Eu estive presente em quase todos. Tomei conhecimento pessoalmente da luta de tantas mães que, perderam seus filhos, todos assassinados da mesma forma e jeito, pela violência do BAEP/PM na cidade de Bauru. Se a violência policial, de certa forema foi amainada, tudo se deve a atos como esse que, além de darem mais visibilidade para a luta por elas empreendida, de denúncia de algo monstruoso, possibilitou uma maior união.
Mês a mês atos como este se repetem Bauru afora, sempre num local diferente, de preferência perto do local de um dos assassinatos e lembrando alguns destes jovens.
Hoje, neste domingo, 23/3, 15 o ato será na praça junto ao CAIC, lá no altos da vila Nova Esperança. Como sempre faço, reservo quando tem ato, parte de minhar tarde dominical para estar lá e ajudar na denúncia, pois este tipo de violência precisa ter fim.
Vamos? O Núcleo de Base DNA Petista Bauru de Bauru se junta a tantos outros apoiadores e sempre se faz presente.
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