EM BAURU, CADA DIA UMA NOVIDADE MAIS TRÁGICA QUE OUTRANa Bauru suellista nada mais é novidade. Hoje a notícia do dia não foi a de como a vereadora do PT, Estela Almagro, petista de carteirinha, se vangloriando de nunca ter saído da sigla, mas neste dia, algo a macular sua ficha partidária. Tentou montar uma artimanha para inviabilizar o processo de cassação do vereador Eduardo Borgo, um que crítica o PT, o atual governo federal e o presidente Lula em nove de dez palavras por ele proferidas. A inclusão da denúncia numa provável Comissão de Ética seria o desfecho para livrá-lo pelo que fez, o decoro parlamentar, talvez com uma mera advertência, nada além disso. E daí, a mesma encabeçou uma tentativa de botar panos quentes e não levá-lo ao cadafalso. Por sorte, ou por não ter tramado a contento, não conseguiu e o processo de sua cassação foi devidamente aberto. Ou seja, não é papel de petista defender quem apunhala dia a dia o partido. Pegou mal e isso quem deve explicar dos motivos de assim ter agido é ela, mais ninguém. Haja justificativas.
Isto não foi tudo no dia de hoje. Logo pela manhã na matéria principal do diário Jornal da Cidade, a notícia de que o cunhado da alcaide Suéllen estava sendo indiciado junto com o contratado hacker para bisbilhotar a vida do jornalista Nelson Gonçalves. Se eles são os responsáveis, o cunhado mora debaixo do mesmo teto da alcaide e essa se sentia incomodada com as críticas desferidas pelo jornalista. A investigação deve agora se aprofundar e deve levar todos os implicados para o plantão policial. Creio que, isso vai além das mentiras, dos fake news, da falta de habilidade para comandar a cidade, para o desleixo com o dia a dia de Bauru. Aqui ocorreu um ato criminoso e tudo deve ser devidamente esclarecido.
Junto tudo e vejo a situação dos atuais vereadores, quase em sua totalidade a defender os interesses da atual alcaide, numa maioria construída de uma forma, possibilitando ela aprovar tudo o que quiser e fazer o que quiser de Bauru, quando na dependência de votação da Câmara de Vereadores. Na última, deu 17 x 4 e nas próximas, o resultado pode ainda aumentar e daí, só mesmo o Judiciário, a mobilização popular e o plantão policial com suas investigações. Do contrário, tudo dominado. Lembro aqui de algo escabroso ocorrido tempos atrás no interior do Paraná, quando toda uma Câmara de Vereadores foi presa por atos ilegais.
"Os vereadores de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, presos durante a 5ª fase da Operação Pecúlio, deflagrada nesta quinta-feira (15), recebiam uma espécie de “mensalinho” em troca de apoio na votação de projetos do Executivo, afirma a Polícia Federal. No total, 12 dos 15 vereadores da cidade foram presos durante a ação. Os parlamentares e outros agentes políticos e empresários também presos na Operação “Nipoti” – uma referência a nepotismo - são investigados ainda por supostas indicações de familiares para serem contratados por empresas da cidade ou ocuparem cargos em comissão na Prefeitura de Foz do Iguaçu", matéria sacada do link: https://g1.globo.com/.../vereadores-de-foz-do-iguacu....
Evidentemente que, em Bauru tudo é diferente, porém publico e relembro o ocorrido lá neste momento, só para exemplificar como é altamente perigoso uma maioria ser conseguida e mantida, quase sem oposição. Um perigo que, deve ser evitado em toda e qualquer circunstância. E no caso bauruense, neste momento, fala-se somente nessa quase provável cassação de Eduardo Borgo e do que teria motivado o hacker e o cunhado da alcaide, enquanto a cidade está praticamente abandonada. Certa feita um ministro de Bolsonaro, disse que em situação assim, onde ocorre desvio de atenção, ótimo para ir passando a boiada. Um perigo isso.
Até tu Estela Almagro, e encabeçando a movimentação de salvamento de um feroz algoz do PT. Com qual interesse age desta forma? Do PT, com certeza não é. Só o seu próprio.
este texto é de Fernando Redondo
OPERAÇÃO SALVA BORGO, RUIM COM ELE, PIOR SEM ELE
Se há algo que a política bauruense domina com maestria, é o teatro do cinismo. O mais recente espetáculo encenado na Câmara Municipal é a tentativa de transformar a Comissão de Ética na nova gaveta dos incômodos. A lógica é simples: se há um problema, não se resolve — empurra-se para um canto escuro e torce-se para que o tempo trate de soterrá-lo no esquecimento.![]() |
SERÁ ISSO MESMO? |
A solução encontrada pelos vereadores Estela Almagro (PT), Márcio Teixeira (PL), Júnior Lokadora (Podemos), José Roberto Segalla (União Brasil) e Emerson Construtor (Podemos) foi empurrar o caso para a Comissão de Ética, em vez de abrir uma Comissão Processante. O motivo? Simples: nenhum deles quer abrir um precedente que, amanhã, possa ser usado contra si próprio onde a prefeita tem a maioria dos veradores no bolso.
E olha que precedentes não faltam para pegar opositores. José Roberto Segalla, por exemplo, deve ter suado frio ao lembrar da conversa que teve com o presidente da APAE para direcionar emendas parlamentares para a compra de cordões girassóis, tudo dentro da mais perfeita e velha política do "toma lá, dá cá". Para completar a ironia, o caso envolveu ainda o Pastor Bira, citado por funcionária da entidade por suposto tráfico de influência ao indicar sobrinhas para trabalharem na APAE, hoje se mostra cada vez mais fazendo parte da base da prefeita.
Se há algo que a base da prefeita aprendeu a fazer muito bem, além de administrar sua própria irrelevância, é criar cortinas de fumaça para esconder o que realmente importa. O caso Eduardo Borgo, que tomou conta dos debates na Câmara Municipal, é a mais nova distração que permite à prefeita Suéllen Rosim seguir governando sem ser incomodada.
A base governista deve fingir um surto de pudor e trazer muito desconforto ao mais ferrenho opositor da prefeita na berlinda, assuntos de muito maior relevância devem seguir passando sem alarde. Entre eles, a criação de mais cargos comissionados e a possibilidade de um novo empréstimo milionário, já que o cofre da prefeitura foi esvaziado em gastos "estratégicos" que garantiu a reeleição da prefeita e manteve sua base fiel bem alimentada.
Enquanto a Câmara deve perder muito tempo discutindo um xingamento em plenário, o governo Suéllen Rosim vai ganhar musculatura com sua base alinhada e posando de paladinos da moral. Se a Câmara gastasse metade do tempo que deve gastar dedicando ao caso Borgo vereadores deixam de investigar a expansão de gastos da máquina pública com a criação de novas secretarias e novos cargos sem necessidade, os futuros contratos obscuros, licitações milionárias da prefeitura e o possível endividamento irresponsável da cidade no caso de um empréstimo, talvez tivéssemos um Legislativo que realmente serve à população.
A política de Bauru vive um paradoxo cruel: o vereador que mais expõe os problemas da cidade está sendo transformado em problema. Enquanto isso, aqueles que fazem da Câmara um cartório de carimbos para os interesses do Executivo seguem sem ser incomodados, quem perde é Bauru. Perde ao ver sua Câmara agir como departamento de blindagem da prefeita. Perde ao ver um governo sem rumo, mas cheio de apadrinhados. Perde ao ter um Legislativo que escolhe suas indignações de acordo com a conveniência política.
E é exatamente por isso que Estela precisa segurar o jogo. Cassar Borgo significaria entregar a oposição a um cemitério de discursos moderados e inócuos. Sem ele, a oposição em Bauru vira um clube de leitura de regulamento interno. Se Borgo for silenciado, quem vai continuar escancarando os contratos não licitados da prefeitura? Quem vai perguntar pelo sumiço da água no DAE enquanto a cidade seca é mais rápida que um rio no sertão? Certamente não Segalla, que já está mais preocupado em evitar olhares constrangedores do que em legislar.
Então, a jogada da Comissão de Ética não é para proteger Borgo. É um malabarismo político para não entrar de vez em uma oposição já moribunda.E essa é a realidade bauruense: a cidade sem água, sem videomonitoramento nas escolas abandonadas, sem planejamento e, agora, quase sem oposição. Porque, convenhamos, o que sobrar se Borgo por embora? Estela discursando no vazio? O caos organizado de Borgo é melhor do que o silêncio garantidor dos inoperantes.
OBS FINAL DESTE MAFUENTO: Junte os dois textos e tirem suas conclusões.
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