Quando escrevo por aqui não mais existir necessidade de comparecimento do munícipe na Câmara, o faço sem querer ser pedante ou arrogante. Longe disso, trata-se de mera constatação. Perder tempo pra que? Na sessão desta semana, o mesmo argumento, o de que a água não vai voltar pras torneiras dos bauruenses sem a grana no caixa de seu futuro esposo - o da alcaide - e ele coordenando tudo nessa questão, como presidente do DAE, a autarquia que um dia foi considerada a Jóia da Coroa.
Alguns poucos vereadores ousaram discordar e propuseram um debate, um entendimento melhor do uso dos tais R$ 40 milhões, com um deles questionando o presidente da Câmara sobre quando seria o pagamento da primeira parcela deste empréstimo e este, sem saída e sem resposta, optou por interromper a sessão e ir consultar seus oráculos. Tudo um horror, mas no final, o que todos já sabiam e já está anunciado até pelas pedras do reino mineral: o resultado, quando não é 17 x 4, é algo bem próximo, pois sempre tem um claudicante, para um lado e outro. As intenções da alcaide serem rejeitadas, jamais.
Assim sendo, sem discussão e atendendo o prescrito por ela, "ou agora ou a cidade vai parar", como num flash de foto, num piscar de olhos, num estampido de um tiro, a água está voltando a jorrar nas torneiras dos bauruenses, que assim terão que pagar mais essa, sem nenhum projeto consistente de como está formalizado o projeto para tanto. Existe uma vaga ideia, em algo muito perigoso, pois 40 dinheiros é algo considerável dentro da estrutura atual de gastos sem muita fiscalização ou com fiscalização feita dentro do esquema dos 17 x 4. No mínimo o que volto a escrever, sem pedância, petulância e arrogância é que, Bauru está num mato e sem cachorro. Dinheiro no caixa, assunto resolvido, agora o tema seguinte serão os trâmites para o casório que se avizinha. Pode escrever, a partir de uma semana, no máximo, ninguém mais tocará neste assunto e o que dominará as redes sociais será como se dará a cerimônia nupcial.
Da perda de tempo em comparecer na Câmara, protestar e se esguelar, com o intuito de reverter algo, já existe jurisprudência (sic) a respeito, comprovando que os tais 17 x 4 são praticamente irreversíveis dentro do que esquema montado com a nova composição dos vereadores eleitos no último pleito. Não quero dizer com isso que devemos ficar em casa e de braços cruzados. Longe disso, mas o embate deve se dar em outras instâncias. Uma delas é a movimentação popular, quando poderia ser demonstrado a insatisfação popular. Como neste quesito existe ainda insuficiência para reverter o que vem sempre feito, creio que instruir o Judiciário, sempre com muita fundamentação, até que algo ocorra. Tenho dito e volto a repetir, essa administração ainda vai terminar dentro de um plantão policial.
Alguérm ainda duvida do esquema 17 x 4?
OBS.: A ilustração deste texto é do Igor Fernandes e foi utilizada para um texto de sua lavra, neste momento, reutilizado por mim, pois se o que escreveu não tem a ver com que escrevo, mas no fundo trata-se tudo da mesma coisa. Entenderam? Ou seja, a alcaide pisa no tomate (ui!) em todos os quesitos e proposituras, sem tirar nem por. Caso perdido., tendo ao seu lado, como vitória certa, os 17 x 4.
Um dia antes do maior bandido ainda solto deste país ter início de seu julgamento, termino a leitura de meu quinto livro no mês, este HQ, o "SUBVERSIVOS - A luta contra a ditadura militar no Brasil", de quatro atéentão desconhecidos por mim, André Diniz, Laudo, Omar Viñole e Marco (editora Nona Arte RJ, 2001, 96 páginas).
O livro é uma bela surpresa e o encontrei sem querer vasculhando as estantes do Sebo do Bau, na última sexta, eu e mana Helena Aquino. Por lá, tudo por R$ 5 reais e devastando as estantes, me deparo com este, tema bem atual, mesmo discorrendo de algo ocorrido durante o período da ditadura militar. Hoje, com o advento da campanha do "Sem Anistia", isso tudo precisaria ser relembrado com maior fervor, até para não permitirmos que se repita. A crueldade do que ocorreu durante a ditadura foi tão aberrante e assim, mesmo, entristece demais perceber que muitos hoje ainda apóiam algo neste sentido novamente. Vivemos tempos de barbárie mental e livros com este servem muito para mostrar os detalhes sórdidos do que foi feito com o ser humano durante este período nefasto de nossa história.
Escrevo deles e ainda com ele nas mãos, peço para uma amiga de loja copiadora para ampliar o máximo que puder só o registro do adesivo que o jovem lá de Copacabana fixou na janela do prédio onde mora, colando justamente quando Jair Bolsonaro iria ali fazer sua macabra festa fundamentalista. Esse registro estará colado no vidro do meu carro, como algo de uma importância incomensurável, pois tem início nesta terça o julgamento do bandido, que já deveria estar atrás das grades faz tempo, o cara que em quatro anos desgraçou com o Brasil e felizmente foi alijado do poder. Quando vejo no traço dos artistas do livro, jovens empunhando cartazes com um "Abaixo a Ditadura", penso o quanto isso deverai estar novamente ocupando nossas ruas e eventos. Fraquejamos, porém não desistimos. Faço a minha parte e tento continuar passando adiante a ideia de que, só seremos de fato um país soberano, altaneiro e próspero quando eliminarmos este fascimo hoje querendo brotar e vicejar. Eu os combato com todas minhas forças, pois sei o quanto este país padecerá nas mãos de gente insensível para com os anseios populares.
Dias atrás passa na Banca da Ilda, junto ao Aeroclube e vasculhando suas prateleiras, lá um livro dos amigos Milton Nakata e José Placido da Silva, ambos professores aposentadores da Unesp Bauru, o "SKETCH BOOK". Pergunto o preço e ela me disse, teria que consultar o Milton, que havia deixado o livro ali para vender. Passam-se os dias e neste sábado, Ilda liga e diz para passar por lá, pois teria algo para me entregar. Passo no domingo, com ela quase já abaixando as portas de açõ da banca. Para minha surpresa, o que tinha para me entregar era o livro do Milton. Ele, além de me presentear, deixa o exemplar autografado. O seu livro é algo que, sempre tive vontade enorme de fazer em vida, um Caderno de Desenhos, por eles conhecido como Sketch Book. Vejo algo assim nas mãos de tantos, gente possuidora de traços inimagináveis e os vejo desenhando preciosidades nesses "caderninhos" (sic). Como não desenho nada, os tenho, pois adoro cadernos e por onde passo trago mais, verdadeiora obsessão, porém, vazios de desenhos e preenchidos com escritos à mão, algo que gosto muito de fazer. O livro do Nakata e do Placido é mais do que inspirador, primeiro para que um dia comece a tentar exercitar algo com o traço e depois, por ter agora em mãos, algo onde tenho registrado um pouco da inquietação de ambos profissionais, pouco antes da execução final de muitos dos seus trabalhos. Está desde inserido no acervo do Mafuá, numa estante, já quase toda cheia, só com livros de gente aqui da terrinha bauruense. Fico muuito grato a eles pelo presente, pois servirá desde já de fonte inspiradora, para utilização dos que aqui tenho, loucos para serem preenchidos. Enfim, escrevo isso tudo para salientar como é bom ter amigos e receber presentes. Só o fato de ter sido lembrado e agraciado com mais este rico presente, motivo para meu interior e desmedido contentamento.
ESCREVAM AÍ, ELE VAI FUGIR
É AMANHÃ - Segundou na expectativa de #BolsonaroPreso e da justiça sendo feita!SEM ANISTIA PARA GOLPISTA E CRIMINOSO!
Nenhum comentário:
Postar um comentário