terça-feira, 12 de outubro de 2010

UMAS DICAS (65)

DOIS PROGRAMAS PAULISTANOS E NADA DE CAMPANHA NAS RUAS
Um final de semana paulistano. Viajei com Ana Bia para a capital paulista e lá além de alguns compromissos, dois passeios. Primeiro fomos conhecer o cine Reserva Cultural, junto ao prédio da Gazeta, na Avenida Paulista. Lá, um ótimo filme, o argentino, "DOIS IRMÃOS", (http://www.grandesfilmes.com.br/2010/10/dois-irmaos-2010-trailer.html) do diretor Daniel Burman, com Antonio Gasolia e Graciela Borges. Uma constatação para Bauru, a da falta que nos faz um cinema para filmes dessa natureza. Tudo o chega até o inteiorzão paulista são somente os grandes sucessos de bilheteria e nada cult. Que existe um mercado para isso, é evidente que sim, mas o desinteresse dos dois exibidores da cidade (Shopping e Alameda) é latente. Num passado já remoto, pelo menos uma sala do Alameda, do seu Cine'n Fun apresentava algum filme cult, hoje nada e nenhuma perspectiva para o futuro. Filmes dessa natureza só via vídeo, muito tempo depois de terem passado na telona. Reclamar nem para o bispo, muito menos para os exibidores, insensíveis quando o assunto é arrecadação, alegam sempre viabilidades financeiras. O filme argentino é ótimo, como muitos outros em exibição na capital. Babo toda vez que passo por aqui. Inicio por aqui a campanha dos "SEM CINEMA".

Hoje, nessa terça com cara de domingo, devido a um feriado, o programa escolhido pelo casal, logo pela manhã, foi uma ida ao Ibirapuera, tudo para visitar a 29ª BIENAL DE SÃO PAULO (http://www.29bienal.org.br/). De tudo o que foi visto, minha modesta observação é a mais difundida sobre a mostra, a de ter entendido pouco. A grande maioria sai de lá com essa impressão, de modo que não fiquei impressionado com meu desconhecimento de arte, muito menos da intenção dos artistas com suas obras. Li algo maravilhoso sobre isso e reproduzo: "Se você se sentir desconfortável com algumas provocações, vá até o banheiro e tenha suas próprias idéias. Mas não faça como alguns, dê a descarga". Foi o que fiz, sem traumas e ressentimentos. Sai de lá aliviado e com a alma lavada. Fotografei algumas intervenções, publicando-as aqui. Na saída algo mais, um Festival de Jardins, junto ao MAM. Dentre nove jardins escolhemos um, o de Beatriz Milhazes (tínhamos visto um cenário dela em Bauru, numa apresentação de dança no SESC) com girassóis e a explicação deste é a seguinte: "O jardim tem a forma de um sol, com canteiros concêntricos de girassóis, atravessados por caminhos que permitem a chegada ao centro. O sol simboliza o alimento do espírito". E o sol foi bem vindo, pois um friozinho com vento invadiu a capital no feriado.

No mais a visita paulistana me deixou preocupado. Foram três dias e nada de política nas ruas e na boca das pessoas. Onde está a campanha do segundo turno? Se não fosse pela TV ligada e pelos jornais sob a mesa, nadica de nada. Um desinteresse elefantístico, imenso, demonstrando o pouco caso com os destinos do país. Assisti ao debate na TV Band e comentei quase nada por onde passei, pois, ou não tinham assistido, ou outros assuntos estavam mais interessantes. E o pleito se aproxima e Serra continua com suas "mil faces" (frase de Dilma à ele), tentando ludibriar uma nação inteira. Quando o país vai se dar conta disso?

RAZÕES PARA VOTAR EM DILMA PRESIDENTE (05) - Extraído do blog Biscoito Fino e a Massa: "Dilma provou ser uma verdadeira democrata. Nenhuma candidata à Presidência no período pós-ditatorial—nem mesmo Lula—sofreu bombardeio midiático comparável ao que foi lançado sobre Dilma Rousseff nesta campanha. Acusações falsas sobre seu passado; grosseiras infâmias sexistas; falsas notícias; manipulação de declarações suas; mentiras sobre suas contas; fichas policiais adulteradas: tudo foi lançado contra ela. Em nenhum momento Dilma moveu um dedo para calar ou censurar qualquer jornalista. Por outro lado, José Serra, tratado de forma infinitamente mais dócil pela imprensa brasileira, demonstrou amplamente que não é confiável no quesito democracia. Exigiu cabeças de jornalistas nas redações; confiscou fitas de vídeo; deu-nos uma patética coleção de pitis. Mostrou que não convive bem com a crítica. É com Dilma, não com Serra, que garantiremos a continuação da nossa condição de um dos países com mais ampla liberdade de expressão do mundo". OBS.: A charge pinoquiana é do bauruense Maringoni e foi gileteada do site da Carta Maior.

4 comentários:

Anônimo disse...

Apenas como exemplo de criatividade nesta eleição... o povo brasileiro é muito perspicaz nas construções literárias.


Repassando, sem saber se é uma denúncia em forma de piada ou grampo telefônico.Tânia

"Vida é transformar tudo que somos, inclusive o que nos fere e machuca, em luz e chama"

Recente diálogo telefônico entre Serra e seu novo marqueteiro:


Serra: Você espalhou que a Dona Marisa não fala e não faz nada?

Marqueteiro: - Sim governador, mas o povo já percebeu que a Dona
Mônica Allende Serra também não fala e não faz
nada também.

Serra: - Então temos que levá-la (Mônica) ao palanque para ela se mostrar...

Marqueteiro: - Já fizemos isso, mas ela meteu o pau no Bolsa-Família,
disse que o povo não quer mais trabalhar por
causa disso.

Serra: - Mas eu estou dizendo nos meus programas que vou dobrar o
valor do Bolsa-Família!

Marqueteiro: - Não se preocupe, já tiramos ela do esquema. Só vamos
mostrar a foto dela.

Serra: - Espalhem também que o Lula só vivia do sindicato e não trabalhava.

Marqueteiro: - Fizemos isso, mas notaram que o senhor também nunca
trabalhou, e que acorda sempre tarde e depois
do meio dia.

Serra: - Diga que ele é analfabeto, porra!

Marqueteiro: - Mas é preciso ter cuidado com isso, porque o seu curso
de economia no Chile tá meio estranho.
Muitos blogs estão pesquisando o caso.

Serra: - O pior é que já sabem que eu não sou engenheiro, como andei
dizendo por aí....

Marqueteiro: - Ah... mas isso o povo esquece.

Serra: - Já falou que eu é que criei o seguro desemprego para os trabalhadores?

Marqueteiro: - Mas isso não é verdade, governador. Como o senhor vive
meio desligado, não notou que já havia sido
aprovado pela câmara, sancionado pelo então presidente Sarney.

Serra: - Não importa, manda bala assim mesmo. As pessoas vão
acreditar em mim. E insista nos genéricos, no Plano
Real...

Marqueteiro: Excelência! Os genéricos foram idéia do Adib Jatene, o
Real foi da equipe do Itamar, lembra que o FHC
era o ministro?

Serra: - Não fale nesse cara de jeito nenhum. Ele espanta votos.
Chamou os brasileiros de vagabundos, neo-bobos e
caipiras.

Marqueteiro:- Essa do FHC foi terrível, me deixa fora dessa!

Serra: - Faz o seguinte, fale de minha larga experiência.

Marqueteiro : - Se eu for falar nisso, vão lembrar que o senhor nunca
completou qualquer mandato para os quais foi
eleito.

Serra: - Como assim?

Marqueteiro: - O de deputado constituinte o senhor largou no final.
Como senador, com mandato de oito anos, O
SENHOR FICOU SÓ SEIS MESES. Como prefeito e governador só cumpriu a metade...

Serra: - E sobre as estradas?

Marqueteiro: - F I C O U L O U C O???!!!

Serra : - Pô... tá difícil, se eu falar das estradas vão pensar nos
PEDÁGIOS, do metrô vão saber que só fizemos
4Km e tem aquele francês da Alstom que soltou propina pra meio mundo
em SP... e nós só fizemos 1/3 (um terço) do
rodoanel... em 16 anos...

Marqueteiro: - Vamos combinar o seguinte, VAMOS FALAR SÓ DA
TERRORISTA, DO MEDO DE COMUNISTA E MOSTRAR VOCÊ SEMPRE
SORRINDO. Falado?

Serra: - ... e do papai que era um humilde comerciante da Mooca. Mas
não vá dizer que ele tinha banca no Mercadão, tá?...

repassado por Rosa Morcelli

Anônimo disse...

Olá meu nome é Fabiana conheci seu blog e adoro, já estou viciada nele é libertador. bjs

FABI ZANCHA - LIMEIRA SP

Anônimo disse...

a título de informação, a instalação que aparece em duas fotos é de autoria do leminsky. trata-se de uma construção de tijolos aparentes com portas apresentando capas de livros espetaculares - nacionais e estrangeiros - que sem sombra de dúvida, marcaram um grupo de pessoas de algumas gerações. em uma das portas, escolhi a teus pés da escritora carioca ana cristina cesar (a quem não conheci), irmã do meu grande amigo jornalista flavio lenz (daspu). os girassóis de bia dispensam comentários. uma beleza indiscritível. programa que vale a pena conferir na capital. ana bia andrade

Anônimo disse...

ps - sobre o filme argentino, é claro que fundei ao lado de henrique o coletivo dos SEM CINEMA em bauru, mas penso que juntos - digo nós bauruenses - podemos pensar em nos tornarmos COM CINEMA. não sei como, mas podemos ter idéias que venham a ser concretizadas. ana bia andrade (direto da capital)