OCORRÊNCIAS NA FESTA DO LANÇAMENTO DO LIVRO DO LUIZ VITOR MARTINELLO
“Oi pessoal! Imagine acordar com um poema como quem acorda com um jornal com boas notícias quentinhas. Mais que isso: como se a festa que acabou de acabar já enviasse promessas de uma nova festa. Foi assim que esse poema "improviso para o Luiz Vitor Martinello", do querido José Carlos Brandão, caiu aqui na minha caixa de mensagens. Sempre afirmo que uma das características mais adoráveis dos poetas que conheço e admiro é a docilidade. Há quem discorde, mas o Vinícius de Moraes era doce. Não há quem discorde, Manuel de Barros é dulcíssimo. João Cabral, se fazia de difícil, mas devia cavar o açúcar por trás da pedra. Lázaro Carneiro e seu amor pelo o que é mais genuíno, é uma pessoa de comportamento exemplarmente doce. E o que pensar quando um poeta fala do outro? O não menos doce e gentil José Carlos Brandão, costurou uma homenagem ao querido Luiz Vitor - que voltou a publicar depois de 11 anos. Entre frases-poemas do Vitor, Brandão alinhavou outras, construindo um improviso maravilhoso. Ontem mesmo perguntei ao Brandão se outro livro já está no forno. Ele me disse o que sempre diz quando faço essa pergunta: "material não falta..." É disso de que vivem as esperanças. Saber que poetas estão soltos por aí, preparando boas doses de poemas pra melhorar a vida das pessoas, afiando nossa sensibilidade - cega de tanto desamor. Dêem uma olhadela na mensagem que recebi e vejam se não estou certo. Bauru está voltando a pulsar, cada vez mais.
Grande abraço!” Wellington Leite
Poesia para Luiz Vitor Martinello
“Com as mãos nos bolsos/ eu faço poesia./ Os anjos mascam chiclete?/ Eu faço poesia.
No mundo do consumo/ do lixo da cultura/ só vale a lixetura?/ Eu faço a pura poesia.
Me apaixonei por mim mesmo/ mas não fui correspondido?/ E agora, Maria?/ O jeito foi fazer poesia.
Na sombra do sol/ Deus me espera na esquina/ dançando de braços abertos/ como um velho poeta.
Com um sorriso nos dentes/ como as teclas do piano de Bandeira/ eu sigo tocando a música
da minha poesia”.
Quinta, 20h48, Luiz Vitor Martinello lança dois novos livros de poesia, os "Gosto dos dias de muito sol (só pra ficar na sombra) e Poemas da quase religiosidade" no Automóvel Clube. Revi muita gente que gosto por lá e estava me preparando para escrevinhar um monte de coisas sobre o presenciado, quando recebo via email esse texto do Wellington. Resolvo publicá-lo igualzinho veio, sem tirar nem por. E alinhavo poucas linhas para complementar. Martinello estava radiante, dizendo que sua poesia não necessariamente precisa ser engajada (mais engajada imposssível), atendendo a todos (mais de 150 pessoas), prestativo, cortez e polido até nas discordâncias, como em algo que não nos une. “Henrique, todos meus grandes amigos são da esquerda. Votam diferente de mim, mas continuo votando com eles, os tucanos”, disse-me sem pestanejar. No mais foi tudo muito bom por lá, a voz da filha ecoando pelo espaço, uma fila que não mais terminava de gente querendo seu autógrafo, um vinho que descia suave junto a salgadinhos e o reencontro de gente querida, como o advogado Arthur e sua Lilian, Caleb, Duílio Duka e sua Rosana, o próprio José Carlos Brandão, Wellington e esposa e outro amante da literatura, professor Almir, também conhecido por mim como Almirtão, numa analogia com um ermitão, pelo estilo de vida adotado de isolamento junto aos livros.
“Oi pessoal! Imagine acordar com um poema como quem acorda com um jornal com boas notícias quentinhas. Mais que isso: como se a festa que acabou de acabar já enviasse promessas de uma nova festa. Foi assim que esse poema "improviso para o Luiz Vitor Martinello", do querido José Carlos Brandão, caiu aqui na minha caixa de mensagens. Sempre afirmo que uma das características mais adoráveis dos poetas que conheço e admiro é a docilidade. Há quem discorde, mas o Vinícius de Moraes era doce. Não há quem discorde, Manuel de Barros é dulcíssimo. João Cabral, se fazia de difícil, mas devia cavar o açúcar por trás da pedra. Lázaro Carneiro e seu amor pelo o que é mais genuíno, é uma pessoa de comportamento exemplarmente doce. E o que pensar quando um poeta fala do outro? O não menos doce e gentil José Carlos Brandão, costurou uma homenagem ao querido Luiz Vitor - que voltou a publicar depois de 11 anos. Entre frases-poemas do Vitor, Brandão alinhavou outras, construindo um improviso maravilhoso. Ontem mesmo perguntei ao Brandão se outro livro já está no forno. Ele me disse o que sempre diz quando faço essa pergunta: "material não falta..." É disso de que vivem as esperanças. Saber que poetas estão soltos por aí, preparando boas doses de poemas pra melhorar a vida das pessoas, afiando nossa sensibilidade - cega de tanto desamor. Dêem uma olhadela na mensagem que recebi e vejam se não estou certo. Bauru está voltando a pulsar, cada vez mais.
Grande abraço!” Wellington Leite
Poesia para Luiz Vitor Martinello
“Com as mãos nos bolsos/ eu faço poesia./ Os anjos mascam chiclete?/ Eu faço poesia.
No mundo do consumo/ do lixo da cultura/ só vale a lixetura?/ Eu faço a pura poesia.
Me apaixonei por mim mesmo/ mas não fui correspondido?/ E agora, Maria?/ O jeito foi fazer poesia.
Na sombra do sol/ Deus me espera na esquina/ dançando de braços abertos/ como um velho poeta.
Com um sorriso nos dentes/ como as teclas do piano de Bandeira/ eu sigo tocando a música
da minha poesia”.
Quinta, 20h48, Luiz Vitor Martinello lança dois novos livros de poesia, os "Gosto dos dias de muito sol (só pra ficar na sombra) e Poemas da quase religiosidade" no Automóvel Clube. Revi muita gente que gosto por lá e estava me preparando para escrevinhar um monte de coisas sobre o presenciado, quando recebo via email esse texto do Wellington. Resolvo publicá-lo igualzinho veio, sem tirar nem por. E alinhavo poucas linhas para complementar. Martinello estava radiante, dizendo que sua poesia não necessariamente precisa ser engajada (mais engajada imposssível), atendendo a todos (mais de 150 pessoas), prestativo, cortez e polido até nas discordâncias, como em algo que não nos une. “Henrique, todos meus grandes amigos são da esquerda. Votam diferente de mim, mas continuo votando com eles, os tucanos”, disse-me sem pestanejar. No mais foi tudo muito bom por lá, a voz da filha ecoando pelo espaço, uma fila que não mais terminava de gente querendo seu autógrafo, um vinho que descia suave junto a salgadinhos e o reencontro de gente querida, como o advogado Arthur e sua Lilian, Caleb, Duílio Duka e sua Rosana, o próprio José Carlos Brandão, Wellington e esposa e outro amante da literatura, professor Almir, também conhecido por mim como Almirtão, numa analogia com um ermitão, pelo estilo de vida adotado de isolamento junto aos livros.
Fomos os quase últimos a sair do festim e por fim um história desvendada. Algo a envolver meu amigo Duílio Duka e o irmão de Martinello, que é o representante da Junta Comercial do Estado em Bauru. Tudo se passou décadas atrás quando a Junta foi inaugurada em Bauru e o governador Mario Covas vindo para a solenidade enfrentou professores num manifesto. Os professores foram o algo indigesto daquele evento e Duka aproveitando para cobrar Covas num momento em que alguns achavam inoportuno. E o fez, levando um sonoro soco na cara. Depois disso, um tumulto ocorreu até tudo voltar à normalidade (sic). O autor do soco foi o irmão do Martinello e quase vinte anos depois, ambos se abraçaram. De longe presenciei tudo, pois não sei se teria a mesma fleuma sorridente de Duka. Melhor que tudo, mesmo entre risos, foi notar que Duka não mudou de lado, continua o mesmo .
No mais foi tudo muito bem. Cheguei a ler em voz alta alguns poemas minúsculos do amigo na fila de espera. Vejam alguns:
OREMUS – creio em deus pai todo poderoso/ criador do céu e da guerra.
O CAPITALISTA – inventou um xarope contra tosse/ depois rezou, rezou fervorosamente/ para que todos tivessem tosse/ (muita tosse).
POST SCRIPTUM – o vigário da paróquia/ faz um ano que não/ se confessa, (ora) essa.
DESORDENADO – dês/ordenado é o modo/ de viver/ de quem não tem dinheiro/ pra programar a vida/ (:sem saída).
FÁBULA – contam que quando a gente morre/ uma luz se acende/ e a gente não precisa mais pagar a conta, contam.
MOET CHANDON – meus avós tinham na sala da frente/ um altar/ na minha, há um bar/ cada um, à sua maneira, busca a transcendência.
O CAPITALISTA – inventou um xarope contra tosse/ depois rezou, rezou fervorosamente/ para que todos tivessem tosse/ (muita tosse).
POST SCRIPTUM – o vigário da paróquia/ faz um ano que não/ se confessa, (ora) essa.
DESORDENADO – dês/ordenado é o modo/ de viver/ de quem não tem dinheiro/ pra programar a vida/ (:sem saída).
FÁBULA – contam que quando a gente morre/ uma luz se acende/ e a gente não precisa mais pagar a conta, contam.
MOET CHANDON – meus avós tinham na sala da frente/ um altar/ na minha, há um bar/ cada um, à sua maneira, busca a transcendência.
E sai de lá em estado de graça, pois adoro acarinhar Luiz Vitor Martinello (o único tucano que faço isso) e ele me retribui com uma dedicatória, onde prescreve: “o historiador mais original de Bauru”. Perdi o sono, pudera, com tanto vinho no cocoruto.
VOLTEMOS ÀS ELEIÇÕES: Hoje, sábado, 23/10, nova passeata e concentração no Calçadão da Batista, um novo Ato pró-Dilma, dessa vez sem a presença de ninguém da imprensa. Somos os sem mídia. Muitos esbravejaram com o Bom Dia de hoje nas mãos, onde nosso nada imodesto deputado, Pedro Tobias, diz que pelo prefeito Rodrigo ter optado por estar ao lado de Dilma, as portas no novo governo paulista tucano estão fechadas. É O MODUS OPERANDI TUCANO EXPOSTO. Volto a esse assunto com mais tempo. Tudo foi muito bom nas ruas hoje e o perfomático ator e diretor teatral Carlos Eduardo Martins me aparece com um papelote colado à careca, em tamanho menor ao que acertaram o cocoruto do candidato Serra. Gravei algo como aperitivo do que escrevinharei nos próximos dias (ou seriam capítulos).
4 comentários:
Prezado, competente e impávido Henique Perazzi de Aquino,
Respeitosamente, solicito que o senhor faça chegar ao comando da campanha da Dilma Rousseff esta humilde sugestão, para a devida reflexão e análise!
Já amanhã, se possível, no programa da propaganda eleitoral da Dilma Rousseff, o presidente Lula se dirigiria à nação!
“Estimado e digno povo brasileiro, na condição de presidente da República do Brasil cabe também a mim, além de cuidar dos brasileiros e das brasileiras, advertir-los: todos vocês reconhecem que o meu governo é altamente democrático! Nenhum presidente da República deste país foi tão hostilizado, ofendido e tão agredido! Parte da imprensa, antinacionalista, desde o primeiro dia do meu governo, tentar desestabilizar a nossa governabilidade. Porém, nestes últimos dias, que precedem o segundo turno da eleição presidencial, esta orquestração tem assumido proporções inaceitáveis! Ou seja, esta parte da imprensa, ensandecidamente, quer instituir o golpe midiático. Por exemplo, a revista ‘Veja’, controlada em parte por acionistas/empresários estrangeiros, sistematicamente, produz manchetes negativas e caluniosas que são, articuladamente, repercutidas por outros órgãos em especial a Rede Globo e o Jornal Folha de São Paulo, entre outros! Acusam sem permitir o contraditório, sem ouvir os acusados! Estes veículos de imprensa dão crédito a qualquer “fonte”, até mesmo a indivíduo por mais desqualificado que possa ser, inclusive um empresário recém saído do xilindró [o tal Quícoli]! Esta imprensa instituiu como norma o assassinato de reputações, seletivo, porquanto omite os descalabros perpetrados pelos apoiadores do candidato adversário! Nós queremos, valorizamos e estimulamos uma imprensa livre, fiscalizadora, investigativa, informativa... No entanto, democraticamente, condenamos um torpe modelo de imprensa sectária, caluniosa, (de)formadora da opinião pública, portanto, um modelo de imprensa que significa um estorvo pernicioso ao processo democrático e civilizatório!
Tudo o que estes órgãos de imprensa estão noticiando para interferir no processo eleitoral está e será objeto de investigações! Os resultados dos inquéritos serão revelados à nação, e tomaremos as mediadas cabíveis! Não estamos falando em cerceamento da liberdade de expressão da imprensa! Nós estamos falando, legítima e objetivamente, em responsabilização da delinqüência jornalística!
Por fim, peço aos 96% de brasileiros e de brasileiras que aprovam o meu governo [conceitos ótimo, bom e regular, prevalecendo os dois primeiros, 82-83%] que fiquem atentos às tentativas golpistas, difamatórias, que grupos de interesses inconfessáveis intensificarão nestes próximos dias!
A cada acusação, daremos a resposta a partir das investigações, restabelecendo a verdade dos fatos!
E o mais importante, caro eleitor, dileta eleitora: o seu voto é a demonstração da sua consciência! E, aí, eu tenho certeza absoluta que o futuro do nosso país está em boas mãos!
Muito obrigado!”
Luiz Inácio Lula da Silva – investido da autoridade de presidente da República, conferida, democraticamente, por milhões e milhões de votos!
BRASIL NAÇÃO
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
meu caro bom baiano Messias:
Como eu gostaria que o Lula lesse algo desse tipo, sem tirar nem por, já amanhã em cadeia nacional.
Tomara que a campanbha da Dilma promova falas de Lula nesse sentido.
É tudo o que os lúcidos clamam.
Torço para que isso ocorra e daríamos todo o respaldo nesse sentido para garantir a apuração das responsasibilidades e penalização desses verdadeiros criminosos.
Henrique - direto do mafuá
Não sabia que o irmão do Vitor, uma pessoa tão doce, fosse capaz de um ato tão violento e na defesa de um pensamento político? O Duílio é mesmo diferente, até na forma como reage a descobrir isso vinte anos depois. São histórias dos bastidores de Bauru sendo desvendadas.
Valéria
Meu caro Henrique,
que prazer ler suas matérias no mafuá!!
Mais ainda, quando se trata do lançamento de dois livros de nosso amigo VITOR. Poeta com letras garrafais!
Eu também tenho grande admiração por seu trabalho e sua simpatia!
Um grande abraço
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