sexta-feira, 1 de outubro de 2010

UMA CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (32)

DOIS GOLPES, UM ABORTADO, OUTRO EM CURSO
Se existe algo a mexer profundamente com os meus brios são os golpistas.

Dois violentos golpes no momento, um abortado e outro em curso.

Um no vizinho Equador, quando policiais e militares fardados tentaram dar uma quartelada e derrubar o governo legalmente eleito de Rafael Correa. O motivo alegado é salarial, mas por trás disso tudo, sempre a cruel oligarquia, a que nunca quer perder privilégios. Uma irracionalidade. Mas latina impossível, coisa de republiqueta subserviente, ao estilo anos 70. Imaginava-se que isso não pudesse mais se repetir em nossa América do Sul. No final da noite, as Forças Armadas vencem os amotinados e Correa é levado ao Palácio Presidencial, onde faz um contundente discurso. Fiquei todo o tempo que estive em casa ontem vendo e ouvindo a TeleSURtv (http://www.telesurtv.net/solotexto/senal_vivo.php), a única a transmitir ao vivo, 24 horas o ocorrido. Algo a ser repudiado e combatido, com unhas e dentes. Mas como fazer isso no Brasil, se nosso país, induzido por uma mídia que não mostra quase nada dos irmãos latinos, mas sabemos até a cor da calcinha da atriz hollywoodiana? Só mesmo por periódicos e meios de comunicação desses países. É o que faço e recomendo para todos que ousem querer saber dos fatos como de fato acontecem. A prova disso é a capa dos jornalões de hoje, pífia, mas com fotos do lançamento de um filme com Julia Roberts, etc e etc.

Um segundo golpe, também cruel e impiedoso é que o mais novo partido político brasileiro, o da Grande (sic) Imprensa promove contra a liberdade de expressão e promovendo, de forma ininterrupta e continuada uma censura econômica e divulgando somente a versão que interessa ao patrão, o dono do periódico. Jornalistas de mãos atadas, pois escrevem e falam somente o permitido pelo mandarim que lhe paga o salário. Aqui no Brasil também pregam um golpe contra o resultado das urnas, que demonstram Dilma ganhar no primeiro turno. Por que isso não é aceito? O que um governo Dilma feriria a tal democracia brasileira? Nada, respondo. Seria a continuidade do governo Lula, só isso, nada mais. Não haveria nada do que tanto almejo, o socialismo. Continuaríamos com dantes, mas até isso incomoda. O diferencial de Lula e de Dilma é o de olhar com outros olhos para os problemas sociais do país e promover ações no atendimento de suas reivindicações. Se só isso incomoda, imaginem algo transformador. O golpe ocorre já na forma desigual das informações divulgadas pela imprensa e a maneira que usam para insuflar e enganar a população. Algo repugnante, que felizmente, está sendo combatido, pois, totalmente ciente ou não, a maioria do povo parece que dará uma resposta à altura disso nas urnas no domingo, 03/10. Dilma eleita, outro momento do golpe, quando tentarão algo nos bastidores. Ontem, na votação do Supremo, algo já foi abortado, quando Gilmar Mendes após receber ligação do candidato Serra havia interrompido a votação da obrigatoriedade do uso de dois documentos na hora da votação. Denunciado, votou e perdeu. Usaremos somente um documento para votar. A blogosfera está mais atuante e necessária do que nunca.
OBS.: A charge escolhida a dedo é a última do bauruense GILBERTO MARINGONI, publicada esta semana no site da Carta Maior e reproduzida aqui.

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