CARTA ABERTA PARA SECRETÁRIA EDUCAÇÃO DE BAURU, PROFESSORA MARIA DO CARMO KABAYASHI
A PLACA CONTINUA LÁ, MAS AS INTENÇÕES DA OBRA NÃO SÃO MUITO CERTASNão é do seu tempo de atuação, pois está chegando agora e, como sabemos, sua mesa deve estar cheia de coisas para decidir - cuidado com a volta às aulas -, mas tenho que lhe lembrar de algo, muito mais que mera promessa, tanto que placa indicativa de obra em curso está lá fixada na região da estação da NOB, praça Machado de Mello, abrangendo praticamente um quarteirão inteiro, que segundo planos já em andamento seriam todos transformados em edificações restauradas, recuperadas e devolvidas para a população, todas com finalidade educacional.
Publico aqui a foto da placa colocada ao lado de um dos mais antigos hotéis da cidade - dois deles em ruínas estão ali fincados, tombados pela CODEPAC, o órgão do patrimônio histórico e cultural bauruense. Ela diz respeito somente a uma parte das obras sugeridas, pelo que o ex-prefeito afirmava tudo já devidamente aprovado e em andamento. Seria algo mais do que alvissareiro para a região, o centro velho de Bauru e sua imponente estação férrea, "a mais bonita de todo o interior brasileiro", segundo palavras do escritor Ignácio de Loyola Brandão e corroborada por todos nós, de historiadores a populares.
O projeto num todo é grandioso e tudo, como Gazzeta informava seria bancado pelo primo rico da administração municipal, a Secretaria Municipal de Educação. Todos sonhamos com aquela área remodelada, revitalizada e tendo novas possibilidades daqui por diante, alavancando novamente o sonho de ver aquela região pujante e altaneira. Dê uma passada pela região, constate com seus próprios olhos a decrepitude do lugar e de tudo o que foi idealizado, palmas e cruzar de dedos, pois aqui neste país, a esperança sempre é a última que morre.
A senhora conhece como poucas os meandros da Educação por estas plagas e diante de pessoa tão gabaritada, sei da existência de prioridades, mas essa é daquelas que, se postergarmos mais um bocadinho, tudo aquilo virá abaixo, como já acontece em algumas daquelas históricas edificações. O pedido, o motivo da Carta Aberta é sensibilizá-la para que, volte seus olhos para a continuidade daquele amplo projeto. Não sabemos em que fase se encontra, mas seus assessores daí da Secretaria devem saber, pois muitos estiveram atuando na administração anterior. Bauru precisa e muito caminhar, se renovar e ampliar seus horizontes e para tanto, por favor, não desmereça tão importante obra, simplesmente por ter sido idealizada por outra administração. Os louros todos serão devidamente dados a quem os possibilitou, no caso, se de fato acorrerem, à sua administração.
Pense com todo o carinho em como dar continuidade no projeto, hoje todo paralisado. Contará com o apoio de muitos, como eu, opositores a atual administração, porém, querendo sempre o bem desta tão sofrida e depauperada Bauru. A bola agora está nas suas mãos, ou pés. Leve-a adiante e não a deixe murchar como tantos projetos, ideias surgidas e esquecidas.
Baita abracito e muito boa sorte são os votos do Henrique Perazzi de Aquino, o HPA
Para começar, pontapé inicial, abro o JC e vasculhando suas páginas dou de cara com uma exemplar e a uso aqui para início dos trabalhos de investigação. Essa primeira vem de Pederneiras e está publicada em matéria do último domingo, 03/01, "Após retirada polêmica, crucifixo retorna ao plenário do Legislativo em Pederneiras - Objeto simbólico havia sido transferido para sala interna pela antiga presidência". Eis o link para leitura da matéria completa: https://www.jcnet.com.br/.../745817-apos-retirada.... O atual presidente da Câmara, o que resgata o crucifixo, Chapéu PSDB disse em alto e bom som: "Enquanto eu estiver aqui, essa cruz vai ficar afixada ali" e apontou para a parede principal da Casa de Leis. Não sei o que tinha no lugar, mas é bom conhecer como começou a polêmica. O mesmo JC havia publicado em 18/06/2020 o notícia do desparecimento da peça, com a seguinte chamada: "Sumiço de crucifixo na Câmara gera polêmica em Pederneiras". Eis o link: https://www.jcnet.com.br/.../727109--sumico--de-crucifixo....
O Brasil é mesmo surreal e em breve uma guerrinha santa para acalmar os ânimos, refrear o pensamento e com o que sobrar, talvez um recomeço. Da guerra santa teremos outras tantas, motivos não faltam e o pega é sempre salutar, cada qual defendendo suas benesses e ideias nada ou pouco convencionais. "Seria irônico se não fosse trágico", me diz amigo consultado antes de escrever este texto. Falamos sobre essa juntada que faço e me diz: "Sua intenção é denegrir a classe política?". Respondo que não, pois para isso, o que faço é de pouca valia. Vale mesmo ir construindo com tudo isso um panorama bem real da consistência de quantas anda a boa discussão política pela aí. Confesso, já perdi a esperança de dias melhores na política e em tudo o mais, pois o Brasil se revelou e assim é, sem tirar nem por. Hoje mesmo, tomo conhecimento de vereador de Bauru fazendo de tudo para ser recebido pela nova prefeita e ela, negando a conversa, pois imagina que o papo será para ter ele recolocados na administração todos os seus apaniguados demitidos. Os detalhes dessas conversações toma meu tempo. Bom, encerro com um alívio, ufa!, pelo menos o crucifixo voltou e assim estamos todos salvos.
EDSON FERNANDES RELACIONA O QUE VAI PELA BOCA DOS BOLSOMINIONS E SUAS BABOSEIRAS ARGUMENTATIVAS
"Resolvi enumerar os "argumentos" dos bolsonaristas para defender o indefensável:
1. "O STF e o Congresso não deixam ele governar" (este é o "argumento" mais sofisticado);
2. "O sistema não deixa ele governar" (seja lá o que isso signifique);
3. "Ele é honesto, acabou com a corrupção" (este é o mais risível);
4. "E o Lula?";
5. "E o PT?";
6. "E a Dilma?";
7. "Vai pra Cuba, seu esquerdista!" (às vezes, o inferno muda de lugar e vai pra Venezuela);
8. "E os filhos do Lula?";
9. "E o Dória?" (este é o mais complexo; confesso que não entendi).
Todos estes "argumentos" explanados de maneira educada e civilizada, como é comum entre os defensores. São "argumentos" com alto poder explicativo e de convencimento, tanto que não dá pra contra-argumentar".
1. "O STF e o Congresso não deixam ele governar" (este é o "argumento" mais sofisticado);
2. "O sistema não deixa ele governar" (seja lá o que isso signifique);
3. "Ele é honesto, acabou com a corrupção" (este é o mais risível);
4. "E o Lula?";
5. "E o PT?";
6. "E a Dilma?";
7. "Vai pra Cuba, seu esquerdista!" (às vezes, o inferno muda de lugar e vai pra Venezuela);
8. "E os filhos do Lula?";
9. "E o Dória?" (este é o mais complexo; confesso que não entendi).
Todos estes "argumentos" explanados de maneira educada e civilizada, como é comum entre os defensores. São "argumentos" com alto poder explicativo e de convencimento, tanto que não dá pra contra-argumentar".
O ANO NOVO QUE NÃO CHEGA*
* O amigo Chu Arroyo me pede um texto para encerrar o ano e ser publicado no seu jornal de circulação incerta e não sabida, o PEDRA DE FOGO, que já esteve em Jaú, Pederneiras, Macatuba e hoje sobrevive em Lençóis Paulista. Chu é um resistente, verve afiada e produzindo o que sabe fazer, jornais. Vez ou outra compareço, como neste texto de final de ano, aqui reproduzido na data de hoje, com a devida autorização do mandatário mor do Pedra.
"Em Bauru a coisa é e está assim. Algo atravanca o chegada do Ano Novo, na exata concepção do termo e o final deste fatídico 2020. A pandemia ajuda e aliado com as ações deste Inominável Presidente, negando tudo e afundando com o país a cada novo passo ou abertura de boca, na somatória, algo perturbador e sem perspectivas de futuro. Bauru talvez não seja diferente de tantas outras cidade, dentre as quais Lençóis, enfim, cada qual possui grau insondáveis de perversidade.
* O amigo Chu Arroyo me pede um texto para encerrar o ano e ser publicado no seu jornal de circulação incerta e não sabida, o PEDRA DE FOGO, que já esteve em Jaú, Pederneiras, Macatuba e hoje sobrevive em Lençóis Paulista. Chu é um resistente, verve afiada e produzindo o que sabe fazer, jornais. Vez ou outra compareço, como neste texto de final de ano, aqui reproduzido na data de hoje, com a devida autorização do mandatário mor do Pedra.
"Em Bauru a coisa é e está assim. Algo atravanca o chegada do Ano Novo, na exata concepção do termo e o final deste fatídico 2020. A pandemia ajuda e aliado com as ações deste Inominável Presidente, negando tudo e afundando com o país a cada novo passo ou abertura de boca, na somatória, algo perturbador e sem perspectivas de futuro. Bauru talvez não seja diferente de tantas outras cidade, dentre as quais Lençóis, enfim, cada qual possui grau insondáveis de perversidade.
Descrevo alguns até para lavar a alma e me livrar deste encosto onde alguns se escoram. Por aqui, na terra entendida e vista como “Sem Limites”, a única na região com 2º Turno, a clara demonstração do quanto essa região do Estado continua mais conservadora do que nunca, pois chegaram para a disputa dois candidatos representando, em primeiro lugar o neoliberalismo predatório e dois segmentos muito parecidos, ambos louvando o mercado acima de todas as coisas, nunca o ser humano e suas reais necessidades, depois fundamentalistas, ele na concepção da coisa pública e suas transformações e ela, a prefeita eleita, religiosa, segmento neopentecostal.
Nossa região mostrou mais uma vez a que veio e aliada a quem segue sua vida política. Por aqui, estávamos entre a cruz e a espada, “se ficar o bicho pega, se correr come”. Sem escolhas, ou seja, tanto faz. A cidade se deparou novamente com aquela premissa que nos aniquila, a de votar no menos pior. Neste pleito não deu certo, pois ambos eram horrorosos. O Ano Novo não chega por essas plagas, área predominante do cerrado, centro do estado federativo mais importante da nação, pois não viceja alternativas. Tudo do mesmo, no mesmo velho esquema, rezando na mesma cartilha dos “Donos do Poder”, que diferem muito pouco. Neste quesito Bauru e Lençóis Paulista podem ser considerados irmãos.
O que nos faz não buscar outras alternativas e continuar remando no que já conhecemos e sabidamente faz o jogo para beneficiar os seus, uma minoria em detrimento dos interesses da minoria? Primeiro, infelizmente, a maioria, o povão, não percebeu ou não se dá conta de que, continuando votando nos barões, mas no fundo não propõe de fato mudar nada, assim nada se alterará. Não culpo o povão de nada, pois este é incapaz de perceber o que acontece e quem de fato lhe crava a estaca nos costados. O povo é vítima e comprova isso ao entregar novamente o poder na maioria das cidades brasileiras para as oligarquias locais, representantes do poder econômico, político e também braço coercitivo, quando acham necessário.
Diante de um cenário catastrófico pela frente, com o final do Auxílio Emergencial e a negação da aceitação de uma vacina, estaremos cada vez mais à mercê de algozes, como sempre, disfarçados de bons mocinhos, mas no fundo dignos representantes do status quo. Faltou e continua faltando quem soubesse politizar esse povão, produzindo educação libertadora e hoje diante de tantas dificuldades e adversidades, onde a luta pela sobrevivência se tornou fraticida, como pedir a este povo discernimento e sapiência na escolha de prefeitos? Continuamos sendo enganados e assim, creio eu, mesmo o mundo observando a chegada de salvadora e alentadora vacina, cá no sertão paulista, pouca coisa mudará e será como se tudo de ruim que nos aconteceu em 2020 tenha continuidade na passagem do bastão para outro, pois no mínimo, as dificuldades duplicarão. Daí não dará outra, o Ano Novo não chegou e não chegará tão já. Por aqui, a tendência é piorar e aí em Lençóis, alguma luz no final do túnel?
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História, mentor e idealizador do blog Mafuá do HPA na vizinha Bauru.
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