Nada foi feito para brecar o avanço do Covid. O que está sendo feito, em desrespeito ao momento vivido, com aumento desmedido de casos de infecção e mortes é exatamente o contrário do prega a Ciência. Tudo estará aberto durante os dias da semana e à luz do sol, mas tudo fechado nos mesmos dias quando o sol baixar, como se o danado do vírus só agisse na calada da noite. Perversidade elevada à sua máxima potência. Fechar parques municipais, como propagadores do vírus e manter templos religiosos, todo o comércio, academias de ginástica, bares, restaurantes abertos e uns poucos com fiscalização é chamar a todos de bocós.
O que irá acontecer com essa cidade daqui por diante é culpa exclusiva de quem é paga por nós para cuidar dessa cidade, mas o faz somente para atender interesses de uma minoria. Age com medo, receio, aceita a pressão mais vil, se deixa levar e segue junto, irmanada com os propositores do caos. E, por fim, quando tudo estará com a viola em caco, vem com a conversinha mais ignóbil possível: "Rezem". Ela não sabe o que fazer, mas faz, aceita o que lhe impõe os "donos do poder" local, abaixa a cabeça e faz o serviço sujo. Ao final de tudo, pede compreensão e REZA. Bauru, portanto, deve seguir contrita, resignada, aceitando tudo ser dos desígnios divinos, inexoráveis e irreversíveis, já deixando claro, assim como Bolsonaro faz, "fazer o que?".
São apenas 25 dias de um mandato de quatro anos. A prefeita já disse a que veio. Não existe mais como tapar o sol com a peneira. Nas suas falas continua falando como se estivesse em campanha, respondendo a tudo, palavrinhas escolhidas, versando bonito, porém sem nenhum conteúdo prático, generalidades. Prenúncio de algo muito ruim no ar além dos aviões de carreira. Diante de tudo, me tranco no bunker mafuento, afio a garganta, tento escapar do que virá pela frente - até porque deixei de rezar faz tempo - e, mesmo ciente de não ter tido culpa em ter votado nesse projeto desgraçando a cidade, aqui moro, pago impostos e toco minha vida. Não tenho como fugir, ir embora pra Pasárgada, daí resistir é preciso e colocar a boca no trombone, algo pelo qual ainda não somos impedidos. Esse Governo tem tudo, já dá todas as mostras, tem tudo para dar errado e assim como o de Bolsonaro, quatro anos de infelicidades pela frente. Desde já e diante da publicação da prefeita, DECRETO minha insubmissão. Estou rebelado e desgovernado, assim como a cidade, descendo ladeira abaixo e sem freios. O choque será inevitável...
Ela aceitou de forma bem rápida a pressão exercida pelos tais "donos da cidade" e já afaz o jogo deles, porém, não contava que com a desobediência junto ao que foi prescrito pelo órgão do Governo do Estado de São Paulo fosse já num curto espaço de tempo ser chamada na chincha, ou seja, Notificada Judicialmente para rever sua conduta e procedimentos. Ou ela se adequa ou Bauru, como já se prevê estará colocada, no mínimo, no final da fila do atendimento dos pedidos e atendimentos junto ao Governo de João Dória. Não que se concorde com esse tipo de procedimento, mas neste caso, a desobediência bate de frente com o que prescreve a Ciência mundial. Enquanto muitas cidades no entorno de Bauru fecham as portas na maioria de suas atividades, aqui a abertura é escandalosa e uma bazófia, com abertura total durante o dia, fechamento noturno, uns podendo, outros não e nos domingos, tudo fechado. Ninguém até agora conseguiu explicar como ela conseguiu chegar nessa condução tão esdrúxula para algo tão sério. Ou seja, o que fez não tem nada de sério, científico ou algo parecido. Seria o que Stanislaw Ponte Preta disse certa feita, quando do seu Febeapá, o "samba do criolo doido". Bauru vivencia algo muito doido, patrocinado por uma administração que já decepciona logo de cara.
Os próximos capítulos serão por demais carregados de emoção por aqui. Primeiro, creio que, a prefeita vai necessitar resolver seu problema de "cansaço" mergulhando de vez nos reais problemas do momento. Ouvindo só um dos lados da questão, o representando os interesses de uma minoria, a mais abastada, a que só pensa nos seus botões, ela optou por virar as costas para a maioria da população e daí, se hoje já dá demonstrações de problemas mil, eles se multiplicarão nos próximos dias. Veremos como se dará daqui por diante seu relacionamento também com a Câmara de Vereadores que, na semana que vem já estará em plena atividade. A grosso modo, percebe-se que ela se deixou levar pelo lindo canto da sereia de gente como o diretor do SinComércio, dos donos das escolas particulares, dos gerentes dos templos religiosos, ou seja, a gente vive em função das opções que temos na vida. Se ela assim escolheu, assim será, problemas do começo ao fim. E alguém achava que seria diferente? Alguém, nem que fosse em sonho, ousou acreditar que Bauru foi ungido por uma pessoa preparada e com espírito transformador? Agora, como ela mesmo prescreve, só orando...
MEUS AMIGOS TRANCADOS COMO EU, OSCAR CUNHAOscar é professor de História, passa por problemas de Saúde, como diabetes e afins, portanto grupo de risco. Está apreensivo, se cuidando, medidas mais que necessárias para tentar prolongar a vida. Segue em casa, trancado e saindo somente para as necessidades básicas e necessárias - a maioria faz em casa mesmo e puxa a descarga. Dias atrás o revi no portão, falando comigo mais por símbolos, distantes, cada qual seguindo as regras de distanciamento. Oscar faz pães, divinais, estilo artesanal e com a sapiência de quem foi aprendendo o ofício ao longo dos anos, assim como o de dar aulas, tecer algo sobre nossa História em sala de aula. Está descrente e mesmo no quesito pães, levo os meus e ciente de que minha vizinha, também inquilina também faz guloseimas, prescreve como medida para se precaver: "Compre dela, ela precisa muito mais que eu. Não se arrisque muito, ou melhor, cada vez menos". Não que ele não queira que compre seus pães, mas ele é consciente, tem medo, receio do que está por vir, do que está se formatando como tragédia anunciada. Como os exemplares da última fornada como se fossem joias raras, degusto com desmedida paladar, sinto realmente o gosto divinal do que me foi entregue e me despeço dele no portão, sem o caloroso abraço de anos atrás. Hoje, continuamos nos falando, só por telefone e os meios virtuais. Sonho com o cheiro de seus pães, me contenho em pedir mais. Ele até continua fazendo, pois sei, fumacinha continua saindo da chaminé de sua casa, mas eu cada vez mais cagão, comprei da última vez muita farinha de trigo e tento fazer com minhas próprias mãos algo parecido com um pão. Tento, ou melhor, tendo prolongar a estada por aqui. Eu e Oscar tentamos.
PARA QUEM ACHAVA QUE NINGUÉM FALARIA DE CARNAVAL NESTE ANO, O "TOMATE" APRESENTA SUA MARCHINHA PARA ESPEZINHAR QUEM JUDIA DESTA CIDADE** Hoje a letra da marchinha e amanhã o áudio com Tatiana Calmon e Marcinho Santos cantando para todos aprenderem o mais rápido possível.
Bauru "Terra do Nunca" Fechado?, letra e música de Maurinho Santos.
"Até parece que a covid é uma piada
Terra do nunca, não fazem nada
Flexibilização….
Até parece que Bauru tá vacinada
Até parece que a covid é uma piada
Terra do nunca, não fazem nada
Flexibilização….Até parece que Bauru tá vacinada
É falta d'água na pandemia
Se ainda não morreu, sorria
Até parece que não tem coronavirus
Negacionismo velado é sem limites
Tá tudo aberto
Liberado pra geral
Melhor matar do que ficar
Sem capital
Até parece que a covid é uma piada
Terra do nunca, não fazem nada
Flexibilização….
Até parece que Bauru tá vacinada
Até parece que a covid é uma piada
Terra do nunca, não fazem nada
Flexibilização….
Até parece que Bauru tá vacinada
Fase vermelha só que não
O fechamento é ilusão
ė expertise ou esperteza
A oração ė sem noção ė uma beleza
Bauru sem tomate ė mixto
Decreto insisto, É surreal
Politicagem, sacanagem
Se liga no recado virtual
Até parece que a covid é uma piada
Terra do nunca, não fazem nada
Flexibilização….
Até parece que Bauru tá vacinada".
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