segunda-feira, 4 de março de 2024

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (142)


EXPLICAÇÃO NÃO CONVINCENTE E OUTRA MAIS DO QUE CONVINCENTE - EXPLICO AO MEU MODO E JEITO

1 - 
RETRATAÇÃO, PORÉM ALGO DE SUSPEITO CONTINUA SUSPENSO NO AR...
Fiz dois posts sobre o corte sem explicação de dois enormes pinheiros na praça Universitária, ao lado da USP, causando comoção, pois estavam saudáveis, sem nenhuma aparência de estarem com problemas. Coloquei um cartaz lá com os dizeres: “Quem faz isso é criminoso”. Muitos se posicionaram e dentre estes Jairo Alves da Silva, servidor do DAE e diretor do Sinserm: “Fiz vídeo comentando o ocorrido.....também, no ano passado, na avenida Pedro de Toledo, foi cortado um pinus que estava saudável.....lamentável!”. Eis o link de seu vídeo, sacado do youtube: https://www.youtube.com/watch?v=a0Q2hp8Hlsk

Depois de muita revolta, o Jornal da Cidade ouve quem fez o corte e expõe em matéria o outro lado da questão, “Árvores cortadas ao lado da USP não tinham sustentação do solo, diz Prefeitura – Também foi constatado no local início de erosão”: https://sampi.net.br/.../arvores-cortadas-ao-lado-da-usp.... Isso tudo são dessas explicações que passam engasgadas na garganta de qualquer sensato cidadão. É quase a mesma justificativa para interditar o Sambódromo, ou seja, a existência de um oco no subsolo do local e tudo pode ruir, como na vila de Maceió. Lá na cidade nordestina, tudo foi ação predatória de empresa escavando o subsolo, já aqui, dizem que, favorecido pela composição arenosa de nosso solo. Sei lá, acrescentaria a isso muito da negligência administrativa de um poder público lento, lerdo e agindo só quando a coisa já está no seu limite. Dou um exemplo. “Bauru está carente de árvores, especialmente na área central, onde várias foram cortadas devido risco de queda (afetadas por cupim ou broca). Simplesmente cortam e não plantam outra no lugar. E a cidade vai ficando mais feia, poluída e quente. Será tão difícil resolver este problema?”, leitora Lígia Andrade e outro, este mais contundente, Alexandre Octaviano Silva Frabetti sobre algo ocorrendo em paralelo a este corte: “Acho engraçado que quando realmente precisa cortar, a PMB fica com frescura e multa. Essas árvores estavam aí há anos. Entendo que é perigoso, mas creio que a mesma regra que aí foi considerada, seja também, quando pedimos que outras sejam retiradas após as devidas verificações. Próximo a minha casa, sempre pedíamos a retirada de uma árvore que estava podre. Nunca que tiravam, até que um temporal ano passado derrubou ela sobre a fiação elétrica”.

Na justificativa da Prefeitura, algo lacônico, merecedor de melhor explicação: “Elas ocupavam um espaço muito pequeno e as raízes não davam conta da sustentação necessária, além de ter sido observado início de erosão”, consta de nota enviada à reportagem. Novas árvores, com perfis mais adequados, serão plantadas em substituição a essas que foram suprimidas, afirmou a secretaria”. Triste, lamentável. Passei por lá no final da tarde desta segunda, conversei com os dois pequenos comerciantes, que antes permaneciam debaixo da sombra das árvores e estes se mostraram convencidos da necessidade do corte, pois me disseram existir um oco embaixo do local e que, as raízes estavam praticamente suspensas. Foram convencidos desta versão da Prefeitura. Falei também com o Thiago, proprietário de clínica odontológica bem na esquina e ele confirma o problema, mas adverte desconhecer algum projeto para recuperação do lugar, ou seja, cortaram e abandonarão tudo sem que nada ocorra, ou melhor, até que afunde o asfalto. Em outros lugares do planeta e mesmo em Bauru, no caso da copaíba da avenida Getúlio Vargas, obras foram desviadas de árvores, mas essas foram preservadas. Aqui, nada neste sentido e o corte ocorre desmedidamente cidade afora, para depois delas derrubadas, alguma discussão, essa ocorrendo em forma de revolta da população sensível com a falta de arborização bauruense.

Posso até compreender a existência do problema no subsolo, mas não corroboro e aceito o que foi feito. Cortar é o jeito mais simples, prático e cômodo. Outra maneira é estudar como preservar as árvores, promovendo recuperação do local e até com escora destas até finalização de projeto planejado. O planejamento bauruense passa por corte e depois se vê o que vai ser feito. E no mais, uma frase de LIMA BARRETO para ilustrar o final deste texto e constatar como aceitamos tudo, as justificativas apresentadas como as únicas possíveis: “O Brasil não tem povo, tem público. Povo luta por seus direitos, público só assiste de camarote”. Aceitamos tudo de bico quase sempre calado...


2 -
A COERÊNCIA DO VEREADOR PASTOR BIRA É RARA - POSICIONAMENTO SOBRE SEU VOTO NA QUESTÃO PRIVATIZAÇÃO DAE E PAUTA TRAVADA NA CÂMARA
Ouvi sua fala na rádio TOP FM semana passada e aqui a exponho, não para fazer divulgação pessoal de suas atividades, mas para demonstrar da ainda existência de quem ouve seus eleitores antes da tomada de decisões. Pois bem, Bira, ou melhor Ubiratan Cassio Sanches, disse até pouco tempo atrás estava em dúvidas sobre como seria seu voto, mas sua decisão agora é uma e foi tomada baseada no que ouviu dos moradores do lugar onde mora, o bairro Rasi. Uma reunião foi marcada, uma assembléia do bairro e lá todos puderam expor seus pontos de vista sobre essas questões sendo votadas pelos vereadores, principalmente as mais candentes, a da privatização da água e, consequentemente do DAE. Lá Bira ouviu que, a maioria - mais de 80% dos presentes - era totalmente contra e lhe explicaram inclusive dos motivos: por não ter dado certo em Marília e Paris, na distante França. Lá, ele ouviu que nessa cidade, a privatização deu tão errado que estão fazendo sua reentrega para o poder público voltar a administrá-la. De tudo o que ouviu, ele agora expõe sem problemas como será seu voto: "Diante de tudo, sou contra a privatização. Meu voto já está dado e tenho junto de mim a decisão dos moradores do lugar onde moro e que me elegeram".

Resultado ótimo, algo único dentro de incertezas ainda bailando diante de uma decisão prestes a ser tomada pelos vereadores bauruenses, porém, sua decisão já lhe acarreta e acarretará problemas. Como se sabe, a quase imensa maioria dos vereadores pastores neopentecostais está cegamente votando junto do imposto pela alcaide municipal Suéllen Rosim. Bira tem se demonstrado rebelde a estes interesses e isso já é sabido, lhe causa problemas. O principal, já lhe comunicado pela sigla partidatária onde atua, o Podemos, com ligação umbilical com sua igreja, a de não lhe oferecer vaga para disputa no próximo pleito eleitoral. Ou seja, ele, pela sua coerência, terá que buscar nova sigla se quiser concorrer novamente a vereança. Sem tirar nem por, esse o quadro intestino do que rola nas entranhas de como vai ser a intrincada decisão dos vereadores sobre o projeto hoje atravancando a pauta da Câmara. A disputa se dá voto por voto, cabeça por cabeça e o ocorrido com este vereador é a demonstração de como tudo é levado mais do que a sério por quem tenta a privatização a todo custo. "Enquanto vereadores buscam as NOVE assinaturas necessárias para o protocolo pedindo a realização de um plebiscito sobre a concessão do sistema de esgoto, o vereador Pastor Bira agendou uma reunião, com moradores do Otávio Rasi, para apresentação e discussão da proposta", eis o que postou em sua página a 94FM, dias antes da reunião, hoje já ocorrida e ele divulgando o que foi ali decidido. Ah, se todos ao menos ouvissem seus eleitores...

Eis um dos vídeos do vereador e de seu posicionamento: https://www.facebook.com/vereadorpastorbira/videos/1059881138431775

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