E O QUE PODE ACONTECER COM OS TRÊS VEREADORES INSURGENTES DE BAURU?Se nada ocorrer, o Troféu Bananas será devidente entregue para todos os demais. O ocorrido nesta última sexta, 15/03 denota algo mais no patamar de uma despropositura constitucional, ou seja, tudo o que nunca dantes já se viu ocorrer dentro da Casa de Leis bauruense, agora acontece e tudo se sucede como se nada estivesse ocorrendo de bruta anormalidade. Mas ocorreu, e desta feita de grande monta.
Três vereadores, todos aliados e grudadíssimos com o que reza a Cartilha da alcaide Suéllen Rosim, propuseram através da Mesa Diretora da Câmara junto ao Tribunal de Justiça, pedido de liminar com o único propósito de derrubar a necessidade de maioria qualificada na votação do que trava a Câmara, a concessão do Esgoto e Água, projeto este de 3 bilhões e meio de reais. A LOM - Lei Orgânica do Município determina que, para aprovações como a deste projeto se faz necessário MAIORIA QUALIFICADA e o agora decidido através de liminar é que, com MAIORIA SIMPLES, tudo possa ser aprovado.
A tal da mesa Diretora da Câmara é composta pelo presidente Juninho Rodrigues, pelo primeiro secretário Marcos de Souza e pelo segundo secretário Miltinho Sardin, este também líder da alcaide na Câmara. Todos com ligações umbilicais com a alcaide. Agora se sabe dos motivos do vereador Marcos Souza ter pedido vistas, pois queria se informar melhor do processo. Nada disso, na verdade, com o pedido feito ao TJ - Tribunal de Justiça deste terça, 12/03, ele estava a espera a liminar que veio na sexta. Ou seja, se alcaide tinha certeza de perder na votação da concessão, agora já não tem mais e tudo será liberado para ir a plenário na próxima segunda, 18/03.
Um vergonha, porém, como já era de se esperar, nenhuma surpresa. Um grupo de oito vereadores esteve no JC - Jornal da Cidade -, ontem e protestou em alto e bom. "Foi golpe", disseram e bradaram isso num triste lamento. Numa foto do jornal, Lokadora, Borgo, Estela, Bira, Meira, Berriel, Segalla e Chiara sem saber como reagir foram para as redes sociais e para o Espaço Café com Política do JC. Estavam inconformados e de um destes foi ouvido que, se os três não possuem um vínculo muito elevado com tudo o que ocorre dentro das hostes dessa adaministração, são zé-roelas, pois colocaram a cara a tapa, se expondo de maneira mais do evidente, em algo muito anormal dentro de tudo o que pode ocorrer dentro de uma Câmara de Vereadores.
Faz sentido. Os três agiram isolados de todos os demais. Ajuizaram o pedido ao TJ sem comunicar mais ninguém e ao final, conseguiram seu intento, o da alcaide. E se assim agiram, com certeza feriram todas as normas de boa conduta e também regras mínimas de boa convivência democrática. Agiram na calada da noite e rasgaram procedimentos ditos como normais e básicos. E se assim agiram, tudo vai ficar somente na barulheira, com alguns se insurgindo e afirmando ter ocorrido um golpe? Só isso? Muito pouco. Quem entra na chuva é pra se queimar, dizia Vicente Matheus, ex-presidente corintiano. Estes três não só se queimaram, como compraram briga mais do que feia com legislação existente e com todos os demais, pois ocultaram isso de tudo e todos. E não vai acontecer nada com estes?
O certo seria algo ocorrer além da grita geral, que não dará em nada. Tentar reverter junto ao TJ é um passo, mas não ocorrendo, ser faz necessário entrar com ação de improbidade legislativa contra os três, se possível com pedido de cassação dos mandatos. Mais do que justificável o pedido e a cassação. De imoralidades estamos cheios e isso não muda o quadro. Tem quem não altere sua forma de agir só com gritos, palavras de ordem ou dedos na cara. Uma ação real e concreta de cassação seria o mais ajustado para determinar até que ponto ações como essas podem se repetir no futuro. Enfim, passou um boi, passará uma boiada. Sem que nada ocorra aos três, a porteira estará aberta, escancarada e o VALE TUDO decretado como regra de convivência daqui por diante.
Não se trata somente de uma postura de submissão, como afirmou o vereador Berriel, mas de insubordinação e desrespeito à legislação existente, ou regra básica de convivência pacífica. O passo a ser dado na próxima sessão, segunda, 18/02 mostrará se estes revoltados irão permanecer somente na gritaria ou se partirão para algo mais concreto. O fato é que, agora a alcaide acha possível ocorrer a votação, pois possui condições de vencer e os três são os responsáveis pelo ato. O pau deve comer feito nos bastidores da apróxima sessão e, consequentemente, da votação, que legal ou não, com liminar abortada ou não, mas algo foi ferido mortalmente na Câmara e agora, essa Mesa Diretora se mostrou de um autoritarismo retrógrado e inconstitucional como até então não tinha ainda ocorrido em toda história bauruense. Alguém ainda tem dúvidas de como o jogo é jogado nas hostes da atual alcaide? Se tinham, não devem ter mais. Tudo é possível e deixando, tudo é feito. Reafirmo o dito bem lá atrás, nada é novidade dentro do atual desGoverno municipal.
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