NOTAS CORRIQUEIRAS
ESSA É DAQUELAS HISTÓRIAS MAIS DO QUE INTERESSANTESQuem nos mais de trinta anos de existência do Armazém Bar ainda não pisou em suas dependências, não sabe o qu está perdendo. Ali não é somente um templo do rock, mas um dos bares mais democráticos desta terra do sanduíche. Tudo ali é altamente convidativo e o algo mais, um dos atrativos maiores é a forma, sem grandes alterações, como o negócio é tocado. Saber da existência de um documentário sobre o bar é reviver essa importante história dos meandros bauruense.https://www.socialbauru.com.br/.../documentario-historia.../
A história do Paulão e da Valéria mereciam desde muito tempo estar registrada em algo mais contundente.
JULIO CORTAZAR, MAIS LATINO-AMERICANO QUE ARGENTINO
Gosto demais de ler literatura argentina. Muitos autores me comovem. Tenho muitos por aqui, mas nada como Cortazar e sua vasta obra. Inebriante não só ler Cortazar, mas viajar pelo que foi sua vida, suas andanças e posicionamentos. Hoje, ao completar 40 anos de sua morte, leio muitos textos dele, na capa e todo conteúdo da revista mensal argentina Caras & Caretas. Parei tudo para dar uma lida e me inebriei. Saco somente um trecho, onde é ressaltado sua latinidade. Vejo como importante ler algo assim, dessa necessária união de interesses e sempre em busca de libertação, soberania. Cortazar esteve plugado nessas lutas.
"Poderia dizer que a pátria definitiva de Cortázar foi a literatura. E que o amor, a música, a tradução e, nos últimos vinte anos, o compromisso político giraram em torno disso: “A Revolução Cubana representará, na vida de Julio Cortázar, uma articulação fundamental, e será a causa de mudanças irreversíveis tanto na sua vida como na sua vida. concepção de mundo, da história latino-americana e dos deveres do intelectual, bem como do sentido de sua própria obra”, reflete Goloboff.
Cortázar fugiu da Argentina no auge do primeiro governo de Juan Perón. E décadas depois, durante esse processo de transformação política, ele entendeu e admitiu que com Perón havia ocorrido o primeiro grande choque de massa no país: “Uma nova história argentina havia começado. Isso está muito claro hoje, mas na época não sabíamos como ver.” A sua viragem fundamental ocorreu quando viajou a Cuba em 1962. “Descobri todo um povo que recuperou a sua dignidade, um povo humilhado ao longo da sua história que, de repente, a todos os níveis, desde dirigentes que praticamente não vi, até o nível de guajiro, alfabetizador, pequeno empregado, machetero, assumiram sua personalidade, descobriram que eram indivíduos com uma função a cumprir. Foi uma experiência que me abalou profundamente.”
A partir de então, comprometeu-se não só com a Argentina e Cuba, mas também com o Chile e a Nicarágua. Na verdade, ele sempre disse que se sentia mais um escritor latino-americano do que argentino".
Em tempo: Encomendei a revista com amigo morando em Buenos Aires, pois não me contento em ler somente pelo modal virtual. Quero emoldurar a capa lá no Mafuá 2.
Nenhum comentário:
Postar um comentário